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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Mudou para nada mudar!

A Comlurb executa a limpeza diurna e noturna do Sambódromo em todos os dias de desfile empregando recursos próprios que incluem efetivo de garis para varrição de arquibancadas, áreas comuns e pista, equipamentos de acondicionamento e coleta de resíduos, remoção rejeito de montagem de camarotes e instalações, lavagem de pista, coleta seletiva, além da alimentação de todos os empregados envolvidos.

Por trás do Gari Sorriso existe muito trabalho e recursos públicos envolvidos. 

Primeiro veio a fala sobre o "desmame do Carnaval"; depois a discussão sobre o Sambódromo ir para a iniciativa privada e por fim um decreto da prefeitura para por fim dos serviços públicos durante desfiles na Sapucaí...

Pelo andar do carro alegórico, nada mudará para o serviço da Comlurb no Sambódromo.






Witzel estuda carnaval fora de época no Sambódromo em outubro, com escolas de samba e blocos

Previsão é que evento ocorra em 2020, ano em que a gestão da festa de Momo na Sapucaí será compartilhada entre estado e prefeitura. Governador também anunciou festa junina na Avenida



Witzel pedirá a Crivella que Comlurb continue atuando na limpeza da Avenida durante o carnaval Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Witzel pedirá a Crivella que Comlurb continue atuando na limpeza da Avenida durante o carnaval Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RIO — Durante quatro dias do mês de outubro, o Sambódromo poderá sediar um carnaval fora de época, com apresentações de escolas de samba e blocos de rua do Rio e do Nordeste. O governador Wilson Witzel passou a estudar a possibilidade de um carnaval fora de época ao receber, nesta segunda-feira (19), uma proposta da inicativa privada. Witzel também pedirá a Marcelo Crivella que, durante os desfiles do carnaval oficial, a Comlurb continue atuando na limpeza da Avenida — o prefeito previa a extinção do apoio logístico. A cerimônia que oficializará a transferência do Sambódromo da prefeitura para o estado ocorrerá em duas semanas, com a presença de escolas samba. Em 2020, durante a festa de Momo, a gestão da Sapucaí será compartilhada entre governo estadual e prefeitura.

— Recebemos proposta para a realização de um grande carnaval na Sapucaí em outubro. Um espetáculo diferenciado, com a beleza e a energia do carnaval, mas sem o clima de disputa entre as escolas. Como quero manter o Sambódromo ativo durante todo o ano, estamos estudando essa e também outras propostas — disse Witzel ao GLOBO.

— Também incluiremos outras manifestações de impacto, como as quadrilhas em época de festas juninas e apresentações de Natal. Assim, o Sambódromo terá intenso uso cultural e passará a impactar na geração de emprego e renda — disse o secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Ruan Lira.

Subsecretário de Eventos da Secretaria de Cultura, Rodrigo Castro deu mais detalhes sobre o carnaval fora de época:

— A ideia é que sejam quatro dias de evento, com escolas de samba do Rio e também blocos de rua do Rio e do Nordeste, provavelmente da Bahia e de Pernambuco. Algo como um Rock in Rio do samba, com público de 40 mil pessoas por dia. Entraria para o calendário de grandes eventos do estado — avaliou Rodrigo Castro, subsecretário de Eventos da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa. Na proposta apresentada pela iniciativa privada, parte dos ingressos seria vendida a preços populares.

— Hoje, só exploramos a propaganda do carnaval durante o evento oficial. Com o uso do Sambódromo aos sábados, essa propaganda vai durar o ano todo. Vai trazer recursos para o estado — projetou Witzel, que também quer promover, em junho, uma festa junina na Avenida: um circuito de danças de quadrilha pelo interior do estado que culminaria com um grande evento na Sapucaí.

Em 2020, quando o Sambódromo já terá migrado para as mãos do estado, a gestão do espaço durante o carnaval oficial será compartilhada.

— Por conta da experiência, a RioTur (da prefeitura) vai continuar no setor 11 da Sapucaí, administrando o carnaval de 2020, que terá também a atuação e a supervisão do estado. Vou pedir ao prefeito a cessão da Comlurb para fazer a limpeza nos dias de desfiles (Crivella tinha a intenção de retirar o apoio da empresa municipal). Acho que é justo. Afinal, estou ajudando o município com R$ 6 milhões por mês para a gestão de hospitais — afirmou Witzel.

Crivella, por sua vez, disse à reportagem que "só depende do governador" para assinar a transferência do Sambódromo para o estado. A cerimônia, que estava prevista para ocorrer esta semana, foi postergada para daqui a duas semanas, já que Witzel quer incluir escolas de samba na solenidade, que será na Sapucaí.

O prefeito pretende usar a verba que será economizada com a manutenção do Sambódromo para investir em aulas de reforço, aos sábados, para alunos da rede municipal. O dinheiro será usado para o pagamento de hora extra a professores e para a alimentação de estudantes nos fins de semana. Segundo a Riotur, a prefeitura desembolsou R$ 12 milhões nos seis dias de carnaval de 2019 com a logística da Sapucaí.

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