A Comlurb executa a limpeza diurna e noturna do Sambódromo em todos os dias de desfile empregando recursos próprios que incluem efetivo de garis para varrição de arquibancadas, áreas comuns e pista, equipamentos de acondicionamento e coleta de resíduos, remoção rejeito de montagem de camarotes e instalações, lavagem de pista, coleta seletiva, além da alimentação de todos os empregados envolvidos.
A ideia inicial de estadualizar o Sambódromo evoluiu para a entrega do equipamento para a iniciativa privada, onde, segundo o Governador, já haveria uma empresa interessada.
A limpeza realizada pela Comlurb será remunerada por meio da assinatura de um contrato de prestação de serviço, ou será o fim da participação da Comlurb no evento?
A ideia inicial de estadualizar o Sambódromo evoluiu para a entrega do equipamento para a iniciativa privada, onde, segundo o Governador, já haveria uma empresa interessada.
A limpeza realizada pela Comlurb será remunerada por meio da assinatura de um contrato de prestação de serviço, ou será o fim da participação da Comlurb no evento?
Após troca de insultos, Crivella e Witzel selam a paz de olho na imagem com o eleitorado
Marcelo Crivella e Wilson Witzel: prefeito e governador anunciaram projetos em conjunto no Palácio Guanabara Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo |
RIO - Um mês após trocarem farpas publicamente, quando pareciam em rota de colisão, o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella selaram a paz, ontem, em um almoço no Palácio Guanabara. O combustível inicial para a união partiu do desejo de ambos de trazer a Fórmula 1 para o Rio. Em uma agenda com Jair Bolsonaro semanas atrás para tratar do assunto, Witzel e Crivella decidiram deixar as desavenças para trás. Às vésperas da eleição de 2020, prefeito e governador parecem ter encontrado interesses em comum.
Pesquisas de opinião que chegaram ao conhecimento dos dois mostram que ambos atraem o mesmo perfil de eleitor, e, portanto, não seria conveniente protagonizar embates públicos. Indagado sobre a recente aproximação com Crivella, Witzel desconversou sobre um possível apoio visando à disputa pela prefeitura no ano que vem:
— Ainda é cedo para falar em eleição — disse Witzel, preferindo enumerar razões mais imediatas, como as dificuldades de caixa do município. — Entendo as dificuldades do prefeito Crivella e as limitações do município. Estou ajudando todos os prefeitos. Sou o governador de todos. Eu não poderia governar o estado fechando os olhos para a Cidade Maravilhosa e para o prefeito Marcelo Crivella.
Crivella, por sua vez, foi mais incisivo e lembrou ter votado em Witzel em 2018:
— Sou parceiro do governador. Sinto nele confiança. Votei nele na última eleição.
Em bate-boca envolvendo os dois há cerca de um mês, o clima não era nem um pouco de “paz e amor”. Depois de críticas de Crivella à decisão judicial de fechar a Avenida Niemeyer, após deslizamentos de terra, o governador, que é ex-juiz federal, recomendou que ele instalasse “um filtro entre o cérebro e a boca”. Crivella, na ocasião, respondeu citando a polêmica sobre um curso “sanduíche” de doutorado que Witzel citava no currículo Lattes, mas que não fez, alegando ter adiado devido a compromissos como governador: “Vou procurar o filtro em Harvard”, ironizou o prefeito.
Recuo sobre Sambódromo
Para fechar com chave de ouro, após o almoço com Crivella, Witzel recuou da ideia, antes alimentada por ele, de estadualizar o Sambódromo. Agora, o plano é privatizar o espaço.
— Chegamos a um acordo de que o Sambódromo precisa ir para a iniciativa privada — explicou Witzel, informando que já há uma empresa interessada.
Ao lado do governador, Crivella acenou positivamente com a cabeça. Graças a essa boa vontade entre os dois, outro assunto foi pacificado: Witzel prometeu repassar mensalmente à prefeitura R$ 6 milhões para ajudar a manter os hospitais Rocha Faria e Albert Schweitzer, em Campo Grande e Realengo. Crivella, até pouco tempo, insistia em devolver as unidades, que foram municipalizadas, para o estado. Witzel não as queria de volta.
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