Translate

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ninguém é de ferro...

Barcelona - Espanha


Egon Zehnder - A praga da incompetência


Autor(es): Duda Teixeira
Veja - 15/10/2012

 O suíço especialista em recrutamento Egon Zehnder diz que a falta de qualificação dos funcionários públicos nomeados por padrinhos políticos chega a ser mais danosa do que a corrupção. Defensor apaixonado da meritocracia, ele critica a proliferação de cargos de confiança na administração pública brasileira. Nenhuma nomeação de diretor de estatal ou de autarquia deve ser 100% política.

A escolha errada de um funcionário de alto escalão traz mais consequências indesejadas em instituições governamentais. Elas têm um papel na sociedade que vai muito além dos interesses econômicos dos acionistas. Um erro na nomeação reduz a possibilidade de a empresa estatal ou o órgão público desenvolver seu papel social e limita a capacidade do país para alcançar seus objetivos estratégicos.
Uma pesquisa publicada na revista da Harvard Business School em 2001 mostrou que, entre os diversos fatores que determinam o desempenho de uma empresa e que podem ser controlados, a seleção dos gestores é a que tem a maior relevância estratégica. A escolha certa do presidente de uma empresa pode ter um impacto positivo de 40% no seu resultado.
Estatisticamente a corrupção é menos nociva do que a escolha de um gestor ineficiente. Uma companhia que possui um quadro de pessoal sem brilho produzirá uma fração de uma concorrente cheia de talentos. É absolutamente necessário combater a corrupção, mas também se deve evitar o escândalo oculto das nomeações de funcionários incompetentes, cujos efeitos chegam a ser piores do que os desvios éticos.
De modo geral, quanto mais o conceito de meritocracia está enraizado em uma sociedade, menos provável é que a população aceite pessoas ineptas para ocupar funções executivas. Meritocracia é um valor que anda de mãos dadas com os níveis de ensino. Uma sociedade bem-educada entende mais claramente as consequências desastrosas das nomeações erradas. Um ministro sem credibilidade em seu campo de atuação ou sem habilidade para montar uma boa equipe pode paralisar os serviços públicos sob sua responsabilidade.
O consultor americano Jim Collins enumerou vários fatores que levam uma organização a obter sucesso. Colocar um grande líder no topo do organograma é apenas um deles. Também conta a capacidade de demitir os piores funcionários e manter os melhores. De preferência, nas posições certas. Uma companhia sem liberdade de dispensar as pessoas que não atendem às expectativas obviamente terá de operar de forma precária. Nessas situações, a qualidade dos produtos e dos serviços quase sempre é ruim. Um contexto em que é quase impossível demitir os funcionários não faz sentido no sistema capitalista. Nos países em que foram adotadas medidas para facilitar os processos de demissão, as empresas privadas e públicas ganharam competitividade.
As situações de crise extrema são uma exceção um tecnocrata, ou seja, um economista ou um administrador qualificado para a gestão pública pode tomar uma série de decisões polêmicas e urgentes que seriam extremamente difíceis para os políticos tradicionais.  Em longo prazo, os tecnocratas devem ocupar apenas cargos de nível ministerial para baixo.
Singapura, uma cidade-estado com 5 milhões de pessoas, conseguiu formar alguns dos melhores executivos do mundo. Os fundadores de Singapura decidiram que, por serem pobres em recursos naturais e terem um mercado interno restrito, a única saída econômica era investir no talento humano. Então, enviaram os estudantes mais promissores às melhores universidades no exterior e por fim os contrataram para trabalhar dentro do governo. Depois de décadas de decisões acertadas no setor público, Singapura se tornou uma das nações mais competitivas do planeta. Esse processo disciplinado de formar, selecionar, e reter os melhores talentos na administração pública levou a uma transformação incrível. Singapura comprovou que a meritocracia no governo tem ótimos resultados. Esse caminho não foi o escolhido, por exemplo, pela Jamaica. Os dois países deixaram de ser colônia inglesa ao mesmo tempo, no início dos anos 1960. Eram duas nações situadas em ilhas subtropicais, igualmente pobres e com populações equivalentes. O que é a Jamaica hoje? Um país irrelevante.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Apresentação do projeto "Vamos Reciclar"

Considerar apenas como exercício acadêmico
Plano do Projeto "Vamos Reciclar" desenvolvido como trabalho de término de curso de gestores  PCRJ realizado no COPPEAD. Tem como objetivo implantar coleta seletiva em comunidades, desenvolvendo modelo de governança, operação e mobilização para a questão ambiental.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sábado, 13 de outubro de 2012

McDonalds contrata gari

O McDonalds da cidade de Oxford garante a limpeza nas ruas próximas às suas lojas. Assumiu também a responsabilidade por duas lixeiras no centro da cidade e doou 200 libras à campanha da prefeitura “Oxford Cleaner Greener” para a compra de apanhadores de lixo.  

O dono das lojas afirmou: "Todo mundo tem a responsabilidade de garantir que Oxford fique livre de lixo, das empresas aos clientes. O McDonald é uma grande marca e precisamos mostrar às pessoas que estamos fazendo a nossa parte”.


Só parece que os garis não estão muito empenhados no serviço

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

SAIBA O QUANTO DE LIXO VOCÊ JÁ PRODUZIU NA VIDA


Utilizando informações de limpeza urbana de Florianópolis este vídeo apresenta de forma bem didática como calcular o peso de lixo gerado per capita e como transformar esta informação em volume.Para muitos resolve a mágica do peso específico.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Acredite!


No Plano Estratégico da Prefeitura do Rio de Janeiro uma das metas de Meio Ambiente e Sustentabilidade é coletar seletivamente 25% de todo material reciclável gerado na cidade até 2016.

 Pela análise gravimétrica o percentual de material com potencial para reciclagem fica em torno de 40% do todo. Se a meta é coletar 25% de todo o reciclável então na verdade seriam 25% de 40%, ou seja, 10%. Isso significa decuplicar a situação atual.


NOVO CICLO - Fidelidade no Lixo


A NOVOCICLO é uma empresa de educação ambiental e gestão de resíduos, pioneira na aplicação do conceito de "lixo zero" em atividades de reciclagem.
A empresa é responsável pelo “Espaço Recicle”, um Ponto de entrega voluntária de material reciclável localizado em Florianópolis montado em um container naval que possui uma área de triagem e armazenamento de materiais que serão reciclados e uma loja de produtos fabricados com material reciclável.



A novidade é a chance de acumular pontos em um cartão como em um programa fidelidade. O material reciclável que chega é pontuado e a pessoa pode trocar pontos por produtos.

Segundo a NOVOCICLO mais de 15 toneladas de resíduos são coletadas mensalmente.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Juntos por una ciudad limpia!


Lixo não nasce em encosta


Lixo em encosta é pior do que o também desastroso lixo jogado em rios, pois quem arremessa algo nas águas tem a esperança de que a correnteza levará o resíduo para longe. O lixo em encosta fica ali, inerte, exposto, visivelmente causando um problema sanitário, social, estético, moral, fica ali como um símbolo da falta de cuidado do morador com seu próprio lugar. 

A rotina de limpeza de encostas exige uma turma específica de garis especialistas em escalada e rapel. É uma triste necessidade pelo comportamento leviano de pessoas que usam o discurso da exclusão para fazer o que bem entendem. A encosta é suja porque o lixo é arremessado por pessoas, muitas vezes as mesmas que reclamam da sujeira na encosta! 

Commodities não comercializadas

Os gráficos representam a quantidade de hectares globais per capta da Pegada Ecológica, demanda em vermelho e a respectiva Biocapacidade, disponibilidade de recursos naturais para atender a Pegada. Vale a pena uma visita no site www.footprintnetwork.org para ver as curvas de diversos países.



Hectares globais per capta BRASIL
Atenção para a diferença nas escalas

Hectares globais per capta ESTADOS UNIDOS
Países como o Brasil tem uma biocapacidade superior à sua Pegada Ecológica, são países fornecedores de Biocapacidade, enquanto países como os Estados Unidos tem um cenário inverso, a demanda por recursos supera a oferta em seus próprios territórios, ou seja, precisam usurpar a Biocapacidade dos outros.

Países fornecedores de biocapacidade em verde e consumidores de biocapacidade em vermelho

"Pegada Ecológica: uma medida da quantidade de área de terra biologicamente produtiva e de água que um indivíduo, população ou atividade requer para produzir todos os recursos que consome e para absorver os resíduos que gera, usando a tecnologia vigente e práticas de gestão de recursos. A Pegada Ecológica é geralmente medida em hectares globais. Pegada varia de acordo com o consumo e a eficiência da produção".

"Biocapacidade: A capacidade dos ecossistemas para a produção de materiais biológicos úteis e para absorver os resíduos gerados por seres humanos, utilizando sistemas de gestão e tecnologias atuais de extração. "Os materiais biológicos" são definidos como aqueles exigidos pela economia humana. Assim, o que é considerado "útil" pode mudar de ano para ano. Por exemplo, utilização de palha de milho para produção de etanol celulósico poderia dar utilidade a esse material anteriormente descartado, aumentando a biocapacidade. Biocapacidade é normalmente expressa hectares globais. Biocapacidade varia a cada ano com a gestão de ecossistemas, práticas agrícolas (como o uso de fertilizantes e irrigação), a degradação do ecossistema e clima, e tamanho da população". 


Transilvânia...


Varredor em Sibiu, cidade romena com 155 mil habitantes


terça-feira, 2 de outubro de 2012

"parece uma seara recém semeada cheia de espanta pardais"




Oeiras foi uma das primeiras cidades de Portugal a ter coleta seletiva de lixo e ecopontos para reciclagem além de ser pioneira na utilização de containers enterrados. Quanto à coleta seletiva em praias parece que o cuidado com poluição visual não foi considerada.

O saco plástico não é um vilão!




O saco plástico é a etapa de acondicionamento de resíduo em um processo de varrição entre o término da ação de varrer e o início da ação de transporte para o destino final.  

Outras formas de armazenamento podem existir com a intenção de eliminar a presença do saco plástico no logradouro: containers enterrados, containers plásticos ou metálicos, caixas metálicas. Todas as opções operacionalmente viáveis desde que todo o processo de varrição seja reorganizado e as mudanças sejam dimensionadas, custeadas e efetivamente implantadas.



Contudo, o saco plástico continuará a ser a opção mais simples em um processo que precisa ser simples para ser operado de forma simples!