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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Limpeza de praia após o Reveillon

Em agosto de 2009 tive o prazer de apresentar no 24o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental como é planejada e executada a maior operação de limpeza de praia existente no Brasil, o Reveillon no Rio de Janeiro.  

De lá para cá pouca coisa mudou, exceto a incorporação de alguns serviços vespertinos e específicos de coleta seletiva, que embora de iniciativa nobre, carecem de uma análise mais realista sobre a eficácia da operação e se o aumento de custo realmente agrega valor para a limpeza do evento.




Agosto de 2009

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Coletor de lixo recupera livros jogados fora e cria biblioteca com mais de 200 exemplares em casa

Coletor de lixo recupera livros jogados fora e cria biblioteca com mais de 200 exemplares em casa
Luciano Ferreira de Lima, de Sorocaba (SP), encontrou na leitura uma forma de mudar de vida. Quando jovem, foi preso por roubo e, ao sair da cadeia, decidiu que iria recomeçar a estudar.


25/12/2019 08h15  Atualizado há um dia

Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM
Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM

O que pode ser lixo para alguns se torna um tesouro para outros. Foi dessa forma que o coletor Luciano Ferreira de Lima começou a recuperar livros que eram jogados fora e montou a sua própria biblioteca na casa onde mora, em Sorocaba (SP).

Luciano trabalha na coleta de lixo da cidade e, há tempos, começou a notar que diversos livros eram jogados junto ao lixo das pessoas. "Eu pensava 'mas como que pode um livro descartado desse jeito?'. São livros excelentes, que eu sempre tive como muito importantes para a nossa educação e para o nosso país", explica.

O coletor resolveu, então, que iria reaproveitar as histórias que encontrava em meio a embalagens vazias, restos de alimentos e outros objetos.

Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM
Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM

"Alguns estavam sujos, outros precisando de reparos. Mas eu limpava os livros, lia durante o trajeto no caminhão e depois guardava em casa. Comecei com um, dois, depois cinco, dez, até se transformar no que é hoje: mais de 200 livros na nossa biblioteca", conta.

Por causa dos livros, Luciano começou a cursar uma faculdade de história e, hoje, sonha em ser professor. Enquanto o sonho não se realiza, continua encontrando tesouros descartados no lixo pelas ruas de Sorocaba.


Mudança de vida

O hábito de leitura começou na escola. Mas, antes disso, Luciano conta que passou por momentos difíceis na vida. Aos 11 anos, largou os estudos e entrou para o mundo das drogas, onde começou a cometer roubos e furtos para conseguir dinheiro para sustentar o vício.

Com isso, acabou preso. Dentro da prisão, ele conta que decidiu que iria mudar de vida dali para a frente. "Foi ali que eu resolvi mudar a minha história. A primeira coisa que eu queria fazer quando saísse era procurar uma escola. Eu sabia que, através da educação, eu poderia melhorar", relembra.

Foi então que começou a fazer um curso supletivo na Escola Estadual João Clímaco Camargo Pires, em Sorocaba. Na escola, sentiu dificuldades, mas, com a ajuda dos livros, conseguiu dar a volta por cima.

"Encontrei muita dificuldade quando eu retornei para o supletivo, porque eu não tinha coragem de perguntar as coisas. Então, eu acabava me perdendo nas matérias e indo mal, até que uma professora minha de português, a Sueli, me recomendou a leitura", conta.

Anos depois, a TV TEM fez o convite para que Luciano retornasse à escola e se encontrasse com a responsável por lhe incentivar a fazer amizade com os livros, a professora Sueli.

"Foi uma surpresa grande receber essa notícia e ver que ele ouviu as minhas palavras e como isso agiu na vida dele", comemora a professora.
Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM


Para os professores da escola, a vida de Luciano e o caminho que ele traçou depois que decidiu reescrever sua história são uma fonte de esperança e inspiração.

"São essas situações que dão a esperança para a gente continuar e também para falar para os nossos colegas continuarem acreditando. Porque, quando a gente vê o Luciano, a gente percebe que deu certo. É como se ele falasse para a gente: 'continuem'", diz.

Multiplicando a superação

Hoje em dia, Luciano dá palestras em escolas com o objetivo de mostrar aos jovens que tudo é possível com força de vontade e determinação.

"É bem edificante ver a história dele como uma lição de vida que nos motiva a nos posicionar como estudantes e procurar sempre melhorar nosso intelecto e focar nos estudos, correr atrás dos nossos objetivos, porque nós somos capazes", diz a estudante Natali Costa, de 17 anos.


Coletor de lixo monta biblioteca com livros jogados fora em Sorocaba — Foto: Reprodução/TV TEM


Rodeado de histórias nos livros, Luciano pôde reescrever a sua própria. Hoje, serve de exemplo não só para os jovens da escola que frequentou, mas também para seus dois filhos.

"Não foi fácil. A vida não é fácil. A vida é difícil. A gente tem que fazer muito sacrifício para chegar aonde a gente quer chegar. Hoje, graças a Deus, eu tenho uma família maravilhosa e é para eles que eu procuro ser o melhor exemplo. Para os meus filhos terem orgulho do pai que têm", finaliza.


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Justiça proíbe empresa de paralisar serviço de coleta de lixo na Zona Oeste do Rio

Infeccionada com o fenômeno da patronagem e inflada com sua autoestima institucional exacerbada não há esperança para o futuro da Companhia, a menos que haja um drástico choque de conceitos, freio de arrumação e o surgimento de um novo modelo para o sistema. 
Quando fui Diretor na Zona Oeste fui testemunha da capacidade técnica e profissional da Colares como fornecedora da frota. Certamente essa decisão não é leviana e reflexo de muita ponderação e tentativa de solução.


Justiça proíbe empresa de paralisar serviço de coleta de lixo na Zona Oeste do Rio
Juíza determinou que a companhia está proibida de manter a paralisação. Se descumprir a ordem, terá que pagar multa de R$ 20 mil por dia.


A Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Rio) conseguiu na Justiça, nesta terça-feira (24) uma decisão liminar – provisória – que obriga a empresa Colares a voltar a coletar lixo na Zona Oeste do Rio.

Na segunda-feira (23), a Colares, que é uma das empresas responsáveis por fornecer veículos e motoristas para a Comlurb, decidiu paralisar parte dos serviços.

A firma serve, com 40 caminhões, as áreas de planejamento de Campo Grande e Santa Cruz, que englobam oito bairros da Zona Oeste. Nesta terça, apenas metade da frota de veículos da companhia estava nas ruas.

Na decisão desta terça, a juíza Soraya Pino Bastos, do plantão judiciário, determinou que a companhia está proibida de manter a paralisação. Se descumprir a ordem, terá que pagar multa de R$ 20 mil por dia.

Lixo acumulado na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Lixo acumulado na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
A magistrada afirmou que ausência ou deficiência na coleta de lixo afeta diretamente o direito à saúde.

E complementou afirmando que, "nessa época do ano, é evidente o aumento da produção de lixo pela população, o que ressalta ainda mais a impossibilidade de interrupção ainda que parcial dos serviços de coleta".

Para a juíza, a empresa deve procurar a Justiça para cobrar o valor devido pela prefeitura, e não paralisar o serviço .

Após a decisão, a Comlurb informou que a coleta de lixo na Zona Oeste voltou ao normal. Comunicou, ainda, que a Colares opera com toda a capacidade.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Medida de insatisfação

Deixar de pagar o décimo terceiro. 
O que era considerado inimaginável até alguns anos atrás agora é considerado vitória de gestão!
Lenha na fogueira na negociação do acordo coletivo de 2020



quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Prefeitura corre para pagar 13º de garis enquanto arresto da Saúde não vem

O que era considerado inimaginável até alguns anos atrás agora é considerado vitória de gestão!


Prefeitura corre para pagar 13º de garis enquanto arresto da Saúde não vem

A Comlurb informou no início da tarde desta quarta-feira (11) que a primeira parcela do 13º dos garis estará na conta ainda hoje.

O restante dos funcionários, como os demais servidores, deverá receber apenas no dia 17.

Coincidência ou não, os representantes da Prefeitura do Rio estão tentando adiar o desfecho da audiência com os sindicatos dos terceirizados da Saúde na Justiça do Trabalho, que está sendo realizada desde o início desta tarde.

As péssimas línguas apostam que o adiamento foi, na verdade, uma estratégia: enquanto o prefeito Marcelo Crivella (PRB) tenta, sem garantia, conseguir dinheiro em Brasília para cobrir o rombo, ele ganha tempo e raspa as contas da Fonte 100 — ou seja, do caixa único — pagando o 13º de algumas categorias, antes que a Justiça limpe tudo para cobrir as dívidas com as Organizações Sociais.

Pelo menos o alcaide tenta afastar o fantasma da greve dos garis.

Comunicado interno distribuído na Comlurb
Comunicado interno distribuído na Comlurb

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Câmara discute incorporação de servidores da Comlurb aos quadros

Um Projeto de Lei Complementar que propõem transformar uma pequena parte dos funcionários da Comlurb em servidores estatutários, apresentado praticamente às vésperas da eleição municipal, não passaria desapercebido pelos agentes mobilizadores dos empregados. 

Lenha na fogueira na negociação do acordo coletivo de 2020





Câmara discute incorporação de servidores da Comlurb aos quadros
Servidores da Comlurb no plenário da Câmara
Audiência na Câmara do Rio
O plenário da Câmara do Rio está cor de laranja nesta terça-feira (10), com a presença de servidores de Comlurb que compareceram ao velho Palácio Pedro Ernesto para acompanhar uma audiência sobre o projeto da prefeitura para incorporar 2.440 servidores celetistas aos quadros permanentes — todos com mais de 35 anos de casa, sendo que 1.315 já estão aposentados e cerca de 1.600 recebem acima do teto do regime geral de previdência.

Se o Legislativo aprovar a medida, as aposentadorias de todos — cujas contribuições previdenciárias sempre foram para o INSS — serão responsabilidade do Funprevi, o fundo previdenciário dos servidores municipais.

Os trabalhos são comandados pela presidente da Comissão de Orçamento, Rosa Fernandes (MDB) e por seu vice, Rafael Aloisio Freitas (MDB). Também estão na plateia Babá (PSOL), Leonel Brizola (PSOL), Jones Moura (PSD), Teresa Bergher (PSDB) e Fernando William (PDT).

Compareceram o secretário de Fazenda, Cesar Barbiero, o presidente da PreviRio, Bruno Louro, a controladora-geral Márcia Andréa dos Santos, além do presidente da Comlurb, Paulo Mangueira, do subsecretário de Orçamento Municipal Carlos Eduardo Lima do Rego e do subsecretário de Serviços Compartilhados da Casa Civil, Mauro Barata.

No entanto, algumas ausências chamam a atenção: a Secretaria de Infraestrutura e Habitação — à qual o prefeito Marcelo Crivella (PRB) quer vincular a Comlurb — não mandou nenhum representante.

E a Procuradoria Geral do Município também ficou de fora. Rosa Fernandes já avisou que vai querer uma nova audiência apenas para ouvir o órgão sobre a legalidade da medida.