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domingo, 31 de março de 2019

Operação com sopradores e sugadores.

Na apresentação do equipamento o que chama a atenção é o uso coordenado dos sopradores portáteis direcionando os resíduos para o ponto de sucção do Trilo T25.

Utilizado pela primeira vez na Cidade do Rio de Janeiro em março de 2013, o soprador portátil nunca foi plenamente utilizado em atividades de rotina como as do vídeo. O equipamento infelizmente está relegado à utilização eventual em grandes eventos, talvez pela ausência de um trabalho consistente de elaboração de procedimentos operacionais padrão. 




Trilo T25
Grande coletor de folhas para serviços de Limpeza Urbana

O depósito de aspiração TRILO T25 é ideal para recolher lixo, folhas e aparas de relva.

O depósito pode ser utilizado independentemente como reboque ou pode ser colocado um caminhão.
A posição da turbina do T25 garante um excelente nível de enchimento do depósito. O ventilador de 6 pás foi reforçado para uma potência de sucção extremamente forte e uma longa vida útil.

Devido à opção de redução de sons de alta qualidade e um ventilador silencioso, o nível de ruído desta máquina atinge apenas o valor máximo de 87 dB(A), (medido do banco do operador), o que o torna ideal para zonas urbanas.

O depósito de água de 500 litros (plástico, sem corrosão) e o depósito de combustível de 125 litros tornam possível a continuidade do trabalho com o mínimo de interrupções. A manutenção diária é facilitada devido à facilidade de alcance dos pontos de acesso.




sábado, 30 de março de 2019

Torcendo para ser fake news!



Cerca de 90% de todo o plástico que chega aos corpos d'água do mundo é carregado por apenas 10 rios: o Yangtze, o Indrus, o Rio Amarelo, o Rio Hai, o Nilo, o Garges, o Rio das Pérolas, o Rio Amur, o Níger. e Mekong (nessa ordem).


sexta-feira, 29 de março de 2019

O fim do mundo chegou...

Parece que o cenário de 2017 de dívidas passadas, pagamentos atrasados por serviços que presta e cortes no orçamento, perdurou até agora quando a   possibilidade concreta "de paralisação dos serviços e da limpeza urbana", mais que nunca assombra a cidade 

Por falta de pagamentos da Prefeitura do Rio, concessionária interrompe transporte de lixo para o Aterro de Seropédica

Concessionária leva em seus veículos 80% do lixo da cidade. Prefeitura terá que usar os próprios caminhões e afirma que está negociando solução.


Por falta de pagamentos da Prefeitura do Rio, a concessionária que opera o Aterro Sanitário de Seropédica vai parar de levar a maior parte do lixo da cidade para o local a partir de segunda-feira (1). Nesta sexta (29), a empresa que opera o aterro anunciou que reduzirá em 80% o transporte de resíduos.



Isso corresponde a 7,2 mil toneladas de lixo por dia que deixam de seguir para o aterro nas carretas da empresa. Segundo a concessionária, a prefeitura teria que levar o lixo em seus próprios caminhões de coleta, que são menores que os normalmente utilizados neste transporte.

A dívida da prefeitura com a empresa que opera o aterro sanitário de Seropédica alcançou o valor mais alto desde o início da administração Crivella: R$ 72.454.049.

O montante equivale a três meses e meio de atraso nos repasses à concessionária.

Em setembro do ano passado, quando a dívida ainda era de sessenta e um milhões de reais, a prefeitura renegociou na justiça o pagamento dos atrasados. A solução foi redividir as parcelas em valores menores, mas nem esse acordo foi cumprido.

No último dia 20, a prefeitura deixou de pagar mais uma parcela mensal de R$ 20 milhões. O item que mais impacta as despesas da empresa é o óleo diesel usado para movimentar mais de cem carretas de lixo. O custo mensal com o combustível é superior a R$ 1,6 milhão.

“Hoje chegou no limite que a gente não tem mais recursos pra manter a operação, e o risco ambiental é muito grande. Não temos recursos mais para colocar óleo diesel nos caminhões, não temos mais recursos para pagar a folha. O acionista já não consegue mais. O prejuizo é muito grande e chegou no limite. Não é que a gente não queira. A gente não consegue porque não tem onde mais de onde vir o recurso”, diz Adriana Felipetto, presidente da Ciclus, que opera o aterro.

Caminhões menores

Na prática, sem o transporte feito por carretas, a prefeitura teria de levar todo o lixo para Seropédica nos caminhões menores que fazem a coleta domiciliar. E isso teria impacto sobre a limpeza da cidade.

“O problema é que a distância é maior e teoricamente se precisaria de uma quantidade maior de caminhões coletores de lixo para levar todo lixo pra Seropédica. Mas essa parte de coleta é uma parte da prefeitura que ela vai ver como ela se organiza pra fazer isso”, acrescentou Adriana.


A falta de recursos compromete também a gestão do próprio Aterro de Seropédica, que produz dois milhões de litros de chorume por dia.

“Esses dois milhões de litros de chorume, se não forem tratados e lançados diretamente em qualquer corpo hídrico, polui. Se a gente não tiver recursos para isso, isso pode gerar uma poluição - contaminação do curso da água, recursos hídricos, Guandu, porque ali é perto da captação de Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro”, diz a presidente da empresa.

A Comlurb reconheceu a dívida e afirma que está negociando com a concessionária.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Compliance: O estudo de caso da "reunião na Estacio"


Não é recente membros da alta gestão tentar influenciar empregados da Companhia em reuniões supostamente técnicas mas que são abordadas questões políticas, sugerindo qual cenário seria positivo para a Companhia. 

Também acontecia de executivos da Companhia organizar algum evento privado, um churrasco ou feijoada, convidando empregados que exercia alguma influência, e receber a visita de algum político em seu evento.

Ou o próprio candidato organizava um evento aberto para empregados da Companhia para poder expor suas idéias, semelhante à reuniões comunitárias onde moradores são convidados a conhecer o candidato.

O semelhante em todas essas abordagens é que os empregados eram convidados e sua presença era voluntária, e principalmente, o candidato ou o executivo da empresa eram vistos com bons olhos por sua plateia! Parece que isso não foi o que ocorreu na quadra da Estácio de Sá 




Funcionário da Comlurb diz que Crivella distribuiu material de campanha em reunião investigada por CPI

Vereadores apuram uso da máquina pública. TV Globo teve acesso a depoimentos de gerentes e servidores.


Em depoimento na Câmara de Vereadores, um funcionário da Comlurb relatou distribuição de “santinhos” de Marcelo Hodge Crivella Filho, filho do prefeito Marcelo Crivella, em reunião de servidores da companhia convocada pela prefeitura.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito investiga se houve uso da máquina pública do município para pedir votos na campanha de “Crivellinha”, então candidato a deputado federal.

O Bom Dia Rio teve acesso a depoimentos à CPI de servidores e gerentes da Comlurb que foram convocados ao evento, em setembro do ano passado, na quadra da escola de samba Estácio de Sá. Quase 300 pessoas estavam na plateia.

Marcelo Hodge Crivella — Foto: GloboNews reprodução 

Em sessão da CPI na semana passada, o motorista Roberto Pessoa dos Santos contou que, após a reunião, viu funcionários com material de campanha. “Dentro do ônibus, quando eles retornaram, tinha um monte de panfletinho do filho”, afirmou.

O servidor explicou que muitos largaram os santinhos ali mesmo. “Deixaram dentro do ônibus, e ali eu que tive que dar destino. Tinha mais de 100 panfletinhos do Marcelo Crivella”, disse.

Motoristas da companhia também disseram que no dia da reunião precisaram entrar antes do horário. “Me ligaram para pegar mais cedo, porque a gente tinha que levar para a reunião, porque não tinha outra viatura”, contou Luciano Oliveira da Silva.

Comício em reunião

Na sessão desta terça-feira (26), dez gerentes da Comlurb foram ouvidos pela CPI. Eles disseram que não sabiam que a reunião na quadra da Estácio se tratava de um encontro político.

“O intuito do evento que nos falaram era que iriam falar sobre o 14º, sobre uma série de coisas, que algumas pessoas não tinham ganho e isso seria esclarecido”, falou um. “Se nós entendêssemos que era um evento político, nós não compareceríamos. Até porque nós somos apolíticos”, emendou.

Impeachment

No evento, Crivella pediu “humildemente” votos para o filho, que não se elegeu.

“Eu vim aqui pedir a vocês humildemente. Não é o prefeito que tá pedindo. Nem é o pai do Marcelinho. É o carioca”, discursou o prefeito.

Agora, os superintendentes da Comlurb serão ouvidos pelos vereadores.

“Acho que nós já temos elementos suficientes que podem levar a um pedido de impeachment do prefeito”, afirmou a vereadora Teresa Bergher (PSDB), presidente da CPI.

“Vários candidatos do prefeito estavam lá. Essa CPI vai terminar claramente mostrando que essa reunião é política”, emendou Paulo Pinheiro (PSOL). “Vão ter que ser punidos os responsáveis por tratar o serviço público como se fosse o serviço privado deles”, frisou.

O que dizem os envolvidos

Em nota, a Comlurb afirmou desconhecer haver santinhos dentro do ônibus no fim do evento.

A prefeitura informou que não vai se pronunciar sobre o andamento dos trabalhos da CPI.

terça-feira, 26 de março de 2019

princípios e valores são importantes!

Isso sempre aconteceu e continuará acontecendo em uma organização sem princípios e valores:

  • Os inteligentes acabam divididos em mil lutas internas;
  • Os audaciosos na fila do desemprego;
  • Os íntegros esquecidos em um canto;
  • e os inocentes trabalhando sem perspectiva.



Tsunami na maré na Patronagem


Como fica agora a estratégia de patronagem do prefeito, uma vez que a emenda na Lei Orgânica não foi aprovada praticamente por conta da recusa do partido de oposição PSOL em aceitar a manobra?




Câmara veta emenda que facilitaria eleições indiretas em caso de afastamento do prefeito no Rio
Os membros do legislativo aproveitaram uma votação sobre o pagamento do 13 salário para tentar incluir a mudança na Lei Orgânica.


Câmara vota alteração na Lei Orgânica no Município — Foto: Raoni Alves/G1
A Câmara de Vereadores do Rio votou, nesta terça-feira (26), um projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que poderia ampliar o prazo para os parlamentares elegerem, indiretamente, um novo prefeito em caso de impeachment do prefeito. A proposta, entretanto, foi rejeitada por um voto.

A proposta precisaria de 34 votos para passar. Trinta e três vereadores votaram a seu favor, 15 contra e um se absteve.

A estratégia encontrada pelos parlamentares favoráveis ao voto indireto, em caso de impeachment do atual prefeito, foi aproveitar a votação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal, que tinha o objetivo de discutir a data de pagamento do 13º salário dos servidores do município.

A manobra, conhecida como "jabuti", ou seja, quando a proposta de interesse em nada se relaciona com o tema da votação original, foi tentar aprovar uma segunda emenda à Lei Orgânica.

Atualmente, a legislação municipal prevê que os parlamentares possam escolher um novo prefeito apenas se o cargo ficar vago nos últimos 12 meses do mandato. Antes disso, novas eleições deveriam ser convocadas.

Veja como votou cada vereador — Foto: Reprodução 

O texto da proposta apresentada definia que o prazo passaria a dois anos. Ou seja, se o atual prefeito Marcelo Crivella (PRB) sofrer o impeachment, os vereadores poderiam já eleger, indiretamente, um novo prefeito.

Na avaliação do vereador Tarcisio Motta (PSOL), o governo sai da votação "bastante frágil". "Foram 33 votos contra o governo, portanto quase 2/3 da casa, com parte dos votos que o governo teve sendo da oposição. Então é um governo frágil que precisa se rearticular. Se alguém aqui que votou favorável a essa emenda depois vier votar contra o impeachment aí fica mais que provado o casuísmo. Eles só votariam o impeachment se eles tivessem o controle do processo e isso é ruim para a democracia", opinou.

“Desafio do Lixo“ do Luciano Hulk

O desafio do lixo lançado por um internauta na plataforma reddit gerou o #trashtag está sendo divulgado pelo apresentador  Luciano Huck com o #DesafiodoLixo. 

Em uma mobilização de limpeza para o desafio realizada na Praia da Bica, na Ilha do Governador, o apresentador aborda um grupo de garis elogiando seu trabalho.


segunda-feira, 25 de março de 2019

Capina mecânica em granes áreas - Steel Máximo

O maravilhoso mundo da mecanização



O implemento de capina mecanizada do vídeo utiliza escova tripla com uma largura de trabalho de mais de três metros capaz de trabalhar em superfícies grandes e muito sujas de forma rápido e fácil.

A vegetação cortada é transportada com a terra para a direita ou para a esquerda por meio de três escovas, para que possam ser facilmente recolhidas por um varredor. A largura de trabalho pode ser ajustada pelo dispositivo de articulação dupla no braço da escova.

O sentido de rotação e a posição das unidades de escovas podem ser ajustadas a partir da cabine, para que diferentes áreas possam ser processadas.


quinta-feira, 21 de março de 2019

Compliance: O estudo de caso da "reunião na Estacio"

O depoimento do motorista contradiz o depoimento do Presidente da Empresa realizado em 11 de dezembro de 2018. 

A Justiça Eleitoral multou em R$ 5 mil o presidente da Comlurb pelo encontro que, em setembro, reuniu funcionários da Comlurb na quadra da Estácio de Sá em torno de candidatos na eleição de 2018.



CPI da Comlurb:
motorista confirma ordem para levar servidores a reunião




Motoristas confirmaram à CPI da Comlurb, presidida pela vereadora Teresa Bergher (PSDB), que usaram microônibus da companhia para levar funcionários a uma reunião com o prefeito Marcelo Crivella (PRB), em setembro de 2018. E que as ordens partiram... dos próprios chefes.

O transporte saiu de gerências Zona Oeste e rumo à quadra da Estácio de Sá, onde também estavam os então candidatos do PRB Eduardo Lopes, Marcelo Crivella Filho e Alessandro Costa.

Depois de afirmar que, em sete anos de companhia, seu rotina nunca incluiu o trajeto entre Marechal Hermes e Estácio, um motorista ainda contou que alguns garis foram levados à reunião em pleno expediente.

E que o gerente não convidou, e sim, "convocou" o pessoal para o evento.

Para completar, seu horário de trabalho foi antecipado em duas horas naquele dia específico.

Ao receber o agradecimento dos vereadores pelo depoimento, ele apenas respondeu que disse a verdade porque é um homem temente a Deus.

Compliance: O estudo de caso da esculhambação carioca

Reunir empregados públicos para discursos políticos de alguém que almeja uma reeleição não seria propaganda eleitoral antecipada?




Crivella diz que Rio é ‘uma esculhambação completa’
Em discurso para servidores, prefeito acusa PMs de corrupção e chama o VLT de ‘porcaria’


O prefeito Marcelo Crivella em café da manhã com servidores da Fundação Parques e Jardins Foto: Divulgação Prefeitura do Rio
Para uma plateia de cerca de 80 servidores, o prefeito Marcelo Crivella, que está em seu terceiro ano de mandato, fez um discurso ontem em que afirmou que o Rio é “uma esculhambação completa”. Ele chegou a dizer que PMs sobem o morro para pegar arrego, o que chamou de “o troco da cocaína”. Referiu-se ao VLT como “porcaria”. E voltou a atacar o carnaval.

A reunião, não divulgada na agenda oficial do prefeito, aconteceu na Divisão de Hortos da Fundação Parques e Jardins, na Taquara. Antes da chegada de Crivella — que já anunciou que será candidato à reeleição —, foi exibido um vídeo institucional. Nem a gravação nem a fala de Crivella, avisaram os assessores, poderiam ser filmadas.

Logo no começo, o prefeito disse que os morros estão dominados por bandidos com fuzis. Ele correlacionou a pobreza e a violência na cidade com a corrupção.

— Por que esses meninos (do tráfico) são tão valentes? É porque, quando o político rouba e fica rico, o comandante do batalhão também quer ficar rico. O coronel quer ficar rico. O tenente, o sargento querem ficar ricos. Aí, eles sobem o morro para pegar o arrego. O arrego é o troco da cocaína — disse.

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Irritado, Crivella culpa assessoria de comunicação por vazamento de áudio
Para prefeito do Rio, café da manhã com servidores não deveria ser divulgado


Irritadíssimo, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) pôs a culpa da crise provocada pelo vazamento do áudio em que critica a PM e diz que o "Rio é uma esculhambação" em sua assessoria de comunicação.

Em reunião nesta quarta-feira com assessores, Crivella alegou ter sido um erro a divulgação, no site da Prefeitura, do café da manhã com servidores.

Nos bastidores, os cafés, na verdade, serviriam apenas para abrir o caminho da reeleição. Foram oferecidos em vários órgãos e no Hospital Lourenço Jorge. Nesta quarta-feira, seria na Geo-Rio, mas cancelaram.


Mudança da maré na Patronagem


Passado metade do mandato, a estratégia de patronagem adotada até aqui começa a perder eficácia, pois entra em jogo as expectativas quanto ao próximo resultado eleitoral em outubro de 2020. Candidatos fortes e eleição começam a influenciar, e a possibilidade ou não de uma reeleição passa a ser contabilizada politicamente.


Trabalho de Conclusão de Curso de Especialista em Gestão Pública com ênfase em governo Local:

A estratégia da patronagem consiste principalmente na negociação com membros dos partidos de oposição na busca de mais segurança no apoio parlamentar. No entanto, conforme Santos, a adoção desta estratégia produz uma falta de coesão entre os membros dos partidos da base inicial de sustentação preteridos das oportunidades de indicação de cargos. A construção de apoio através da patronagem é uma atividade renovada a cada votação independente do posicionamento anterior do parlamentar, seja ele dito de oposição ou situação. Santos (1997)

Conforme o tempo passa e novas eleições municipais se aproximam, segundo Santos, existe uma diminuição “do valor da patronagem corrente” e um aumento no valor “da patronagem potencial a ser auferida da adesão a coalizões eleitorais alternativas”. O valor atribuído pelo vereador para a indicação de um cargo oferecido pelo Executivo passa a considerar também expectativas quanto ao resultado eleitoral próximo. A patronagem “está permanentemente exposta a problemas de horizonte temporal dos deputados”. Santos (1997).




Câmara derruba veto de Crivella — e prefeito fica enfurecido com aliados

Por: Berenice Seara


O prefeito Marcelo Crivella (PRB) enviou mensagens bem zangadas por aplicativo, ontem, para mais de 20 vereadores.

Estava furioso com a derrubada de seu veto ao projeto que torna obrigatória a aprovação da Câmara para a venda de imóveis do município transferidos ao Fundo de Previdência (Funprevi).

Agora, para passar qualquer terreno ou prédio nos cobres, o prefeito terá que pedir autorização aos nobres do Pedro Ernesto.

Até tu, PRB!

O prefeito criticou duramente o desempenho do líder do governo, Jairinho (MDB). Desancou o ex-vereador Professor Uóston, recém nomeado seu subsecretário de Acompanhamento Legislativo. Sobrou até para a bancada do seu PRB — que, afinal, também votou a favor da derrubada, com exceção de Tânia Bastos.

Amostra

As péssimas línguas dizem que foi a primeira das derrotas que a Câmara pode impor a Crivella — já que o prefeito andou desrespeitando acordos e demitindo os indicados dos vereadores sem qualquer gentil aviso.

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'Fomos induzidos a erro', diz Jorge Felippe sobre aumento do IPTU



O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe (MDB)
O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe (MDB) Foto: Divulgação / CMRJ
Autor do projeto para reduzir o imposto predial, depois do reajuste aprovado pela Câmara do Rio em 2017, o presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB) argumenta que o aumento saiu muito acima do esperado.

"Fomos induzidos a erro", diz o moço sobre as apresentações de técnicos da Secretaria municipal de Fazenda aos vereadores.  "O aumento foi acima do previsto pelas simulações, absolutamente injusto e atingiu patamares muito elevados", afirma.

Ele não é o único arrependido: junto com o presidente, outros seis nobres que aprovaram a revisão dos valores venais assinam o PL 1193/2019. São eles: Zico (PTB), João Ricardo (MDB), Célio Lupparelli (DEM), Rocal (PTB), Marcello Siciliano (PHS) e Rafael Aloísio Freitas (MDB).

Já Carlo Caiado (DEM), Junior da Lucinha (MDB), Luiz Carlos Ramos Filho (Pode) e Verônica Costa (MDB) se posicionaram contra o aumento — e pagaram o preço por isso. Na época, tanto Caiado como Junior perderam indicações na prefeitura.

Completam o time de autores da proposta Jimmy Pereira (PRTB) e Wellington Dias (PRTB), eleitos como suplentes em 2016 — e que ainda não estavam na Casa quando o novo IPTU foi aprovado.

Trabalho remoto: uma nova prática na gestão pública

Barragan diz que o trabalho remoto é pouco frequente no setor público em comparação à quantidade de servidores que trabalham presencialmente

Barragan:"É preciso que a gestão pública faça com que o aparelho estatal se torne menos custoso e mais eficiente para a população

Resultado de imagem para trabalho remoto


Já pensou em comandar uma equipe que trabalhe remotamente, ou seja, em que nenhum dos seus funcionários – e nem você - estejam presentes ao mesmo tempo em cadeiras e mesas em uma mesma sala?

Eis o trabalho remoto, uma das inovações que a Era Digital alavancou (apesar de ser uma prática não tão recente). Para o setor privado, o trabalho remoto já é mais comum do que se imagina, chegando a existir setores de empresas que são totalmente remotos.

Claramente, os números demonstram o crescimento vertiginoso do trabalho remoto no mundo, que aumentou 115% nos últimos dez anos. Entretanto, ainda se apresenta pouco frequente no setor público em comparação à quantidade de servidores públicos que trabalham de forma presencial.

Na área privada, pela análise do resultado das empresas que optaram por adotar aquela modalidade de trabalho, é possível constatar que se tornaram muito menos custosas, como é o caso da Dell, famosa empresa do ramo tecnológico, que já conseguiu uma economia de 60 milhões de dólares.

Logo, a redução de custos é notória com a adoção do trabalho remoto, tornando-se desnecessária a manutenção do custo fixo de aluguel de imóveis (como salas, andares e prédios inteiros), bem como o custo variável de energia elétrica, água, gás, telefonia, entre outros, que a empresa teria que arcar.

Assim, ao decidir aumentar a quantidade de trabalho remoto no setor público, além da economia que o país fará, haverá um aumento da flexibilidade, da agilidade nos procedimentos e, principalmente, da produtividade.

Com o trabalho remoto, o servidor público passa a ter maior flexibilidade para a execução das tarefas que lhes são designadas, podendo organizar melhor o seu tempo para as etapas de cada daquelas tarefas até a conclusão.

É o que ocorre, por exemplo, em muitas empresas privadas localizadas no Vale do Silício, nos Estados Unidos, que adotam o trabalho remoto e são extremamente eficientes.

Neste sentido, percebe-se com evidência que a gestão de pessoas adaptou o seu formato para as novas tecnologias e o trabalho remoto passou a ser a realidade atual que avança cada vez mais para dentro dos setores das empresas e para as repartições públicas ao redor do mundo. E o Brasil não pode ficar para trás.

Então, aproveitando a vibe da redução de custos por parte de muitos dos atuais prefeitos, governadores e do presidente da República, os gestores públicos brasileiros dos três Poderes deveriam começar a alinhar os seus pensamentos e atos no sentido de incentivar e permitir o trabalho remoto de seus subordinados.

O Poder Judiciário, por exemplo, possui plenas possibilidades para colocar a maioria de seus funcionários em trabalho remoto, porquanto os processos judiciais eletrônicos já são realidade no país.

Portanto, é preciso que a gestão pública faça com que o aparelho estatal se torne menos custoso e mais eficiente para a população, sendo o trabalho remoto, por sem dúvida, a melhor escolha para atingir aquele objetivo.



* Antonio Carlos Barragan é gestor público; empreendedor; advogado; contador; professor de Empreendedorismo, Educação Financeira, Direito Tributário e Digital; MBA em Gestão, Empreendedorismo e Marketing; Pós-graduado em Direito Público e Mestre em Direito Econômico e Desenvolvimento.

Bode expiatório náutico

A Comlurb executa uma série de serviços que não fazem parte de suas atribuições institucionais. Alguns destes serviços foram impostos pela Prefeitura, outros foram criados pela própria Comlurb. 

A remoção de lixo flutuante da Baia de Guanabara não é uma atribuição municipal nem deveria ser considerada Limpeza Urbana, todavia, na época das olimpíadas de 2016, em mais um surto de autoestima institucional exacerbada, alguém dentro da Companhia achou por bem contratar um ECOBOAT para garantir a limpeza do espelho d´água no em torno do Museu do Amanhã.

Extinta a chama olímpica, o ECOBOAT permaneceu em operação.  

Então, apesar de não ser sua atribuição, por estar executando o serviço, havendo falha, a culpa recai na Companhia em um caso de bode expiatório náutico. 



Baía de Guanabara, perto do Museu do Amanhã, está tomada pelo lixo; veja imagens

Comlurb diz que tira quase duas toneladas de lixo por dia daquele trecho da Baía de Guanabara. Nas principais praias da Zona Sul, lixo plástico toma conta do espelho d’água.




Um dos cartões postais do Rio está tomado pelo lixo. Imagens enviadas ao Bom Dia Rio mostram a Baía de Guanabara, perto do Museu do Amanhã, na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio, repleta de sujeira.

Segundo a Comlurb, quase duas toneladas de lixo são recolhidas diariamente só no trecho da baía perto do museu. A companhia esclarece que isso acontece, principalmente, por causa do descarte irregular nas margens de rios, nas praias e nos canais que desaguam na Baía de Guanabara.

A Comlurb afirmou, ainda, que limpa o espelho d'água do entorno do museu de segunda a sábado, com a ajuda de um ecoboat - uma espécie de barquinho - e que faz esse trabalho das 9h às 17h20.

Na terça-feira (19), o Bom Dia Rio mostrou como as principais praias da Zona Sul da cidade – Copacabana, Ipanema e Leblon. ficaram com o mar tomado por lixo neste verão. Principalmente resíduos plásticos, como copos, garrafas e embalagens, que ficam boiando bem próximos da areia.

Capinadeira subaquática


Por ser um equipamento único e antigo, sua manutenção é complexa e seu período operacional disponível é muito baixo.

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Esta Capinadeira Subaquática pode cortar e coletar vegetação aquática e remover quantidades excessivas de lixo em cursos d'água de todos os tamanhos.

A Cleantec Infra fez a máquina que funciona de forma semelhante a um cortador de grama subaquático. Sua correia transportadora desce na água e corta, coleta e armazena a vegetação aquática ou até que seja necessário descarregá-lo.


quarta-feira, 20 de março de 2019

Potencial do Sistema de Coleta Automatizada Lateral

A Coleta Automatizada Lateral, equipamento utilizado a décadas na Europa e fortemente difundido na América Latina, com capitais como Buenos Aires atendida e cidades brasileiras como Porto Alegre, fracassou na Cidade do Rio de Janeiro.

Containers de Coleta automatizada em um dia normal em Rio das Pedras
Se as premissas elaboradas no teste de campo tivessem sido respeitadas, seria possível em um cenário conservador adotar como meta o atendimento de 57% da população alterando revolucionariamente o modelo de coleta domiciliar na cidade.

Em nome de uma autoestima institucional exacerbada somos refratários à novas idéias e amantes de nossos sentinelas. Infelizmente, cada vez mais apegados à patronagem de serviços onde interesses diversos se sobrepõe ao que é tecnicamente viável.



Laranjao DSO.pdf by on Scribd

terça-feira, 19 de março de 2019

Compliance: O estudo de caso da "fala com a Marcia"

'Fala com a Márcia': servidora da Comlurb diz que assessorava Crivella graças a 'horário flexível'. 

Márcia Nunes ficou conhecida após divulgação de áudio do prefeito a líderes religiosos. Na gravação, ele recomendava que a funcionária fosse procurada para agilizar cirurgias.





RIO - A servidora municipal Márcia Nunes, que ficou conhecida pelo episódio “Fala com a Márcia”, afirmou em depoimento à CPI na Câmara, nesta terça-feira, que é comum Marcelo Crivella indicar assessores para receberem pedidos sobre diversas demandas, como na área de saúde. Ela negou, porém, que tenha atuado para burlar a fila do Sistema de Regulação (Sisreg) e conseguir cirurgias de cataratas para indicados do prefeito

- Se não fosse eu (naquela reunião), ele teria falado com outra pessoa. Ele sempre fala: 'Fala aqui com fulano’, e sai (de perto) - disse Márcia, nomeada por Crivella para atuar em cargo comissionado como coordenadora técnica da Comlurb.

A servidora, que admitiu ter trabalhado na campanha de Crivella à prefeitura em 2016, negou ter atuado para furar a fila do Sisreg em beneficio de algum indicado do prefeito.

- Eu não tenho acesso ao Sisreg, nem à Secretaria de Saúde. Nunca marquei nenhuma cirurgia. Não possuo a senha do Sisreg e nunca tive.

Indagada pela vereadora Rosa Fernandes (MDB) se Crivella a indicava apenas para “se livrar das pessoas” que faziam pedidos, Márcia não deu uma resposta assertiva. Na saída, jornalistas a interpelaram sobre essa questão, mas a servidora preferiu sair sem dar entrevistas. Ao GLOBO, o advogado da Comlurb Carlos Macedo, que acompanhou Márcia durante o depoimento, afirmou:

- O prefeito falava para a Márcia anotar os pedidos para que, depois, ela desse o encaminhamento adequado para cada caso. Dizer qual a unidade hospitalar adequada para cada situação, mas sem desrespeitar a fila do Sisreg.

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Márcia Nunes, assessora de Crivella, depõe na CPI do Sisreg da Câmara

Por: Aline Macedo e Berenice Seara em 19/03/19 14:17

A assessora Márcia da Rosa Pereira Nunes, lotada na Comlurb — porém famosa por ser indicada pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) como alguém capaz de ajudar a encaminhar pacientes ao sistema de Saúde — presta depoimento na Câmara do Rio, na CPI do Sisreg.

E minimizou sua participação no "Café da Comunhão", reunião entre o alcaide e líderes evangélicos, na qual foi oferecida ajuda no encaminhamento de pacientes de catarata a cirurgia, na mudança da localização de pontos de ônibus e na obtenção de isenção de IPTU, entre outras benesses.

Segundo a moça, ela chegou com o evento já em andamento e estava lá apenas para ajudar a orientar quem não sabia como entrar para fila do Sisreg. Porém, em áudio gravado pela reportagem, Crivella foi muito mais enfático sobre o poder de fogo da assessora:

"Então se os irmãos tiverem alguém na igreja com problema de catarata, se os irmãos conhecerem alguém, por favor falem com a Márcia. É só conversar com a Márcia que ela vai anotar, vai encaminhar, e daqui a uma semana ou duas eles estão operando", declarou, na ocasião.

A moça confirmou ser a primeira vez que trabalha na prefeitura. Antes disso, dava expediente no Senado, no antigo gabinete de Crivella.

A coordenadora técnica da Comlurb afirmou que, atualmente, toca o projeto "De bem com a vida", voltado a funcionários da companhia com dependência química.

"Já acompanhei (o prefeito) várias vezes em eventos, até porque, quando o prefeito tem agendas externas, surgem agendas ligadas à Comlurb", disse ela

Reunião do prefeito Marcelo Crivella (PRB) com líderes evangélicos Foto: Bruno Abbud


segunda-feira, 18 de março de 2019

Reino do Butão - gestão de resíduos é responsabilidade coletiva

Cada súdito do Reino do Butão que participa do “Desafio do Lixo“, uma brincadeira sustentável que tomou conta das redes sociais, está recebendo uma mensagem de reconhecimento onde se destaca que a  "gestão de resíduos é nossa responsabilidade coletiva".

O governo está animado para testemunhar essas tendências socialmente produtivas e a participação do nosso povo.
Elogiamos o desenvolvimento positivo e encorajador; indicando claramente que a gestão de resíduos é nossa responsabilidade coletiva. Encorajamos mais essa participação. O governo tem um programa emblemático sobre o programa nacional de gestão de resíduos que envolverá todos nós com responsabilidade.
Nós estamos orgulhosos de você.









“Desafio do Lixo“, uma brincadeira sustentável que tomou conta das redes sociais.

Desafio do lixo é o melhor desafio que a internet já viu


A ideia surgiu quando um usuário do reddit publicou fotos de uma área repleta de lixo, com uma pessoa mostrando o antes e depois do local. A mensagem ia mais longe e desafiava os outros a fazer o mesmo: “Aqui vai um novo desafio para vocês, adolescentes entediados. Tire uma foto de uma área que precisa de um pouco de limpeza ou manutenção, então tire uma foto depois que você tiver feito algo sobre isso e poste aqui“.



Após a publicação, os usuários da plataforma decidiram em conjunto utilizar a #trashtag para postar imagens de áreas que passaram por suas intervenções. Só no Instagram, mais de 24 mil pessoas já utilizaram a hashtag, mostrando o resultado do desafio.

No reddit, um fórum com mais de 1,5 mil inscritos foi criado para compartilhar os resultados e mostrar que, se cada um fizer a sua parte, podemos juntos caminhar rumo a um mundo mais limpo. 



sexta-feira, 15 de março de 2019

Eu sou você amanhã...

O efeito “Orloff” pode muito bem acontecer com a Comlurb caso não: 
  1. Volte a ter uma governança insulada de interesses eleitoreiros;
  2. Incorpore os preceitos de transparência e Compliance; 
  3. Promova uma rigorosa reforma em sua política de remuneração; e, 
  4. Desenvolva uma gestão que realmente abrace as boas práticas da moderna Administração Pública.



Governo Witzel não descarta demissão voluntária na Cedae

Desde que as ações da companhia foram colocadas como contragarantia de empréstimo de R$ 2,9 bilhões do BNP Paribas ao Rio que funcionários da companhia temem o fim de estabilidade


Funcionários da Cedae articulam para evitar privatização da estatal - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia

A demissão de 54 funcionários da Cedae, nesta sexta-feira — como anunciou o Informe do Dia —, voltou a deixar a estatal em voga. Depois que as ações da companhia foram colocadas como contragarantia de empréstimo de R$ 2,9 bilhões feito pelo BNP Paribas ao governo fluminense, em dezembro de 2017, os trabalhadores passaram a temer o fim da estabilidade na empresa. 

Fato é que o governo Witzel ainda não decidiu o que fará com a Cedae, mas trabalha sim com a possibilidade de privatizar a companhia. Além disso, não descarta implementar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na estatal. 

"Em relação à Cedae é mais amplo do que só a privatização. Pode ser a privatização, pode ser PPP (parceria público privada para compartilhamento de operações da companhia). Então, é ganhar mais, dar mais eficiência à Cedae, e isso pode ser por meio de privatização, por meio de abertura do capital, por consequência há entrada de investidores privados que dão mais governança para a empresa, uma nova forma de parceria público-privada. Há uma série de medidas...", declarou o secretário estadual de Fazenda, Luiz Cláudio Carvalho
Instabilidade 

Neste cenário de incerteza, a apreensão toma conta de funcionários. Muitos trabalhadores da companhia são empregados públicos (regidos pela CLT, mas com algumas garantias constitucionais de estabilidade) e temem demissões em massa.

Especialista em Direito Constitucional e Administrativo, o professor da PUC-Rio Manoel Peixinho já esclareceu à Coluna que, no caso de privatização da estatal, ou seja, se o controle acionário for do setor privado, os funcionários poderão ser ou não incorporados ao quadro da (nova) empresa.

"Se for privatizada, os funcionários perderão garantias que têm como empregados públicos celetistas, como a estabilidade. Atualmente, a Constituição garante que empregado público não pode ser demitido imotivadamente. Tem que passar por processo administrativo", explicou. Peixinho relembrou ainda o que ocorreu quando a Vale do Rio Doce foi privatizada: os funcionários foram incorporados ao quadro da empresa privada, mas perderam garantias de estabilidade.

Os empregados poderão ser demitidos, desde que todas as verbas trabalhistas e FGTS sejam pagas.

quinta-feira, 14 de março de 2019

E a cobrança da limpeza de Blocos de Carnaval?




A Lei Municipal N.º 3273, de 06 de setembro de 2001, que dispõe sobre a Gestão do Sistema de Limpeza Urbana no Município do Rio de Janeiro, deixa claro em seu Art. 57 que "o manuseio, coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final do lixo de eventos é da exclusiva responsabilidade dos seus geradores".

Adicionalmente o Art. 57 oferece aos geradores responsáveis a opção de acordar com o órgão ou entidade municipal competente, ou seja, a Comlurb, a realização dos serviços elencados. Aceita essa opção, conforme o Art. 59, deverão ser aplicadas as taxas ou tarifas previstas na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente.

ABORDAGENS DA QUESTÃO

Se um Bloco de Carnaval é um evento previamente agendado com hora de início e término, local e percurso, e também possui responsável identificado segundo os procedimentos da RIOTUR, então, pela Lei de Limpeza Urbana é necessário haver cobrança dos organizadores pela limpeza realizada pela Comlurb.

Se considerarmos a RIOTUR como um grande organizador de um mega evento "Carnaval de Rua", ainda assim deveria haver cobrança dos organizador, RIOTUR, pela limpeza realizada pela Comlurb. Os recursos para o pagamento desta cobrança poderia ser via Caderno de Encargos utilizado pela licitação que busca patrocinadores, que atualmente instalam os banheiros químicos nos blocos.

Se o Poder Executivo, acionista majoritário da Comlurb, isenta a cobrança que é determinada em lei, não seria uma espécie de renuncia de receita, coisa proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal?

Tanto se discute sobre o "desmame"de dinheiro público no Sambódromo, mas parece que este pequeno detalhe de abandono de um dispositivo legal em benefício da folia carnavalesca passa longe de qualquer agenda.

Reforma libera estatal para demitir funcionário que se aposentar

Os dedicados profissionais da Comlurb estão envelhecendo. No inicio de 2017, mais da metade dos empregados operacionais e administrativos estavam acima dos 44 anos de idade. Existiam mais de mil garis com idade superior a 60 anos trabalhando ativamente nos logradouros da cidade. Oito garis otagenários estavam varrendo! Praticamente nenhum trabalhador com menos que 28 anos.


Esse envelhecimento é um risco grave para a viabilidade de uma empresa que se dedica a serviços operacionais que exigem esforço físico continuado e por vezes intenso. A capacidade física geral dos trabalhadores se reduz, a produtividade cai e a quantidade de ausências se eleva. 

Para enfrentar esse risco discutia-se ainda que superficialmente o Plano de Dispensa Assistida e um Plano de Previdência Complementar





A Lei Nº 13.467, de 13 de julho de 2017, alterou a redação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) definindo em seu Art. 484-A que, havendo acordo entre empregado e empregador, as verbas rescisórias poderão ser reduzidas pela metade na a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.


Isso facilita a elaboração de um Plano de Dispensa Assistida ao oferecer vantagens compensatórias pela redução da indenização para empregados já aposentados, por exemplo.

Mas também ajuda na negociação para dispensa de empregados de menor produtividade ou com problemas disciplinares que eventualmente poderiam acabar sendo dispensados por justa causa.







Colocando uma pá de cal na discussão sobre a dispensa de empregados aposentados surge  a Proposta da Reforma Trabalhista de 2019, onde, para a empresa pública, não será possível manter o vínculo empregatício após a aposentadoria. Ou seja, o aposentado deve ser desligado sem a  indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Na Comlurb, com as informações do início de 2017, seriam mais de mil garis e outros mil profissionais administrativos e operacionais aposentados com idade superior a 60 anos que poderiam ser dispensados compulsoriamente.



Medida poderia afetar 500 mil funcionários e reduzir passivos trabalhistas 

13.mar.2019 às 2h00 



A reforma da Previdência estabelece a demissão de empregados de estatais aposentados. A medida agiliza o enxugamento de empresas públicas e de economia mista.

Funcionários de empresas como Petrobras, Eletrobras, Correios e Banco do Brasil são contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), apesar da exigência de concurso. Eles contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Hoje, tribunais superiores proíbem o desligamento de trabalhadores dessas empresas em razão de aposentadoria voluntária — ou seja, quando o empregado atinge os requisitos para obter o benefício.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência altera o parágrafo 10º do artigo 37 da Constituição Federal, que trata da estrutura da administração pública.

Pelo texto atual, apenas servidores públicos estatutários estão proibidos de receber simultaneamente aposentadoria e remuneração decorrente de cargo, emprego ou função pública.

O projeto estende a proibição para funcionários de estatais, já aposentados no INSS, de modo que eles também não recebam salários decorrentes desses empregos.

O Boletim de Empresas Estatais Federais, do extinto Ministério do Planejamento (hoje vinculado a Economia), mostra que 67,7 mil funcionários, de um total de 500 mil, têm mais de 56 anos -- já se aposentaram ou são potenciais candidatos à aposentadoria. Os dados são do terceiro trimestre de 2018.

É significativo também o número de trabalhadores com muitos anos de serviços prestados às estatais: 48.697 deles trabalham há mais de 31 anos.

Nos Correios, por exemplo, cerca de 6.800 funcionários, de um total de 106 mil, estão aposentados. Na Petrobras são 4.400 de um universo de 47 mil trabalhadores.

"Do jeito que está, não dá para não acontecer de outra forma: a demissão será automática. Ou o contrato de trabalho segue ao longo do tempo ou cessa de uma vez", diz Marcus Orione, professor de direito previdenciário da USP. 

Orione critica a mudança e afirma que ela será questionada na Justiça.

Há a leitura de que a medida ajuda a tornar as estatais mais atrativas no plano de privatização do governo federal.

Para a economista Ana Carla Abrão, sócia da consultoria Oliver Wyman, a mudança prevista na PEC pode proporcionar uma reciclagem de profissionais no setor público, com resultado positivo sobre a produtividade.

"É um modelo que não incentiva a oxigenação. As pessoas que estão lá fazem a mesma coisa e ninguém faz igual a elas. No fim, se aposentam, não tem sucessão porque o modelo não tem gestão de pessoas e não tem transferência de conhecimento nem tecnologia", afirma Abrão.

Com o fim da multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), também previsto na reforma, especialistas veem ainda a possibilidade de redução de passivos trabalhistas das empresas.

De acordo com Jorge Boucinhas, professor de direito da FGV Eaesp, caso a PEC seja aprovada, poderá haver, imediatamente, a demissão de todos os profissionais que hoje trabalham nessa situação.

"Isso não só barateia as rescisões dos contratos como dá uma justificativa jurídica para essas rescisões. Facilita o projeto de privatizações", diz.

Guedes é entusiasta da venda de todas as estatais. Segundo ele, é possível arrecadar R$ 802 bilhões com a privatização só das empresas da União.

Para Cintia Barudi Lopes, professora de direito administrativo da Universidade Mackenzie e da FMU, a mudança tem um objetivo: "A proposta foca as estatais".

"Antes a restrição era só para servidor público estatutário, agora gera restrição de se aposentar e trabalhar para empregados de estatais, que são do Regime Geral de Previdência Social [INSS]", diz Lopes.

Em nota, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informou que "o objetivo do dispositivo é evitar aposentadorias precoces de servidores públicos de prefeituras sem regimes próprios e de empresas públicas e sociedades de economia mista".

Atualmente, pelas regras do INSS, não há idade mínima para aposentadoria. São necessários 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35, para homens.

Por tempo de contribuição, as mulheres se aposentam em média aos 53 anos, e os homens, aos 56 --número muito próximo da idade do contingente dos servidores mapeados pelo boletim das estatais do governo.

Ainda segundo a secretaria, esses funcionários "acabavam recebendo aposentadoria do INSS com seus salários de natureza pública". Questionado, o órgão não respondeu se a regra autoriza a demissão automática.

Dados do Tesouro Nacional mostram que o governo federal precisa socorrer as estatais para fechar suas contas. Em 2017, foram repassados R$ 9,3 bilhões às empresas. A União tem 148 estatais.

Em 2018, o rombo do INSS foi de R$ 195,2 bilhões.

Agência dos Correios, a empresa tem 6.800 funcionários aposentados que ainda trabalham


Com as mudanças, Thiago Barison, professor de direito da FGV Eaesp, diz que a reforma prejudica o empregado.

"Tem uma camada importante de empregados públicos e de sociedade de economia mista que ganha acima do teto do INSS [R$ 5.839,45] e é a inteligência dessas empresas", afirma. "Para eles, vai ficar desinteressante continuar no serviço público."

A proposta de proibir empregado público de receber salário e aposentadoria é recorrente. Em 2017, o relator da reforma da Previdência de Michel Temer (MDB), deputado Arthur Maia (DEM-BA), apresentou a mesma medida.

Na época, ele disse que isso resultaria em economia anual de R$ 2 bilhões à União. A reforma de Temer parou no Congresso após a revelação dos áudios de Joesley Batista.

Em 2006, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional um trecho da CLT, modificado em 1997, que previa a dispensa de trabalhadores de estatais que se aposentam.

A retorno da medida agora, segundo especialistas em direito, poderá ser questionado.