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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

As Dimensões do Compliance


Em uma abordagem introdutória para os administradores da Comlurb definimos Compliance como: 

Processos e atividades desenvolvidos para prevenir, detectar e corrigir a ocorrência de falhas na conformidade legal, na integridade dos empregados ou na governança corporativa, que venham a ter impacto negativo no cumprimento dos objetivos da organização

Utilizando como referência a Lei das Estatais (Lei 13.303 de 2016) e as boas práticas de administração pública podemos sugerir que o “Compliance” possui três dimensões principais que interagem de forma complementar e existem em um universo de transparência ativa.



Dimensão Conformidade
A Instituição está respeitando normas e regulamentos?

A Dimensão Conformidade trata da verificação sistemática do cumprimento dos dispositivos legais, regulatórios, contratuais pertinentes à área de atuação da empresa tendo como carro chefe a conformidade com a Lei das Estatais. 


Dimensão Integridade
Há garantias da lisura no exercício da atividade pública?

A Dimensão Integridade trata estruturas e práticas de gestão de risco e controle interno para prevenir, detectar e corrigir falhas de integridade na condução das atividades estratégicas, operacionais e financeiras. 


Dimensão Governança
Os Gestores adotam boas praticas da Administração Pública?

A Dimensão Governança trata da observação das regras de Governança Corporativa obedecendo os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37º da CF)


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Novo ciclo do programa Vivência Profissional

A DGC, por meio da Unicom, iniciou nesta terça-feira (18/9) o novo ciclo do programa Vivência Profissional 2018/19. Previsto no acordo coletivo da Companhia, ele é voltado a funcionários que estejam cursando ensino médio técnico, superior ou pós-graduação, e tem como objetivo principal proporcionar experiência prática na futura profissão.

A assessora da DGC, Liana Pettengill, fez a abertura do encontro, e afirmou que o principal ganho dos viventes é a experiência adquirida:

“Esse é um programa extremamente bem-sucedido que já está na segunda edição. Não podemos chamar de estágio, mas é uma vivência para vocês adquirirem uma experiência prática da futura profissão”, pontuou Liana.


Na reta final de sua vivência, o gari Renan Oliveira, de 24 anos, lotado na SG02C, cursa administração de empresas e falou sobre a experiência:

“Essa vivência agregou bastante valor na minha vida. Foi um grande aprendizado. Cada um deve buscar sempre o melhor para si, independentemente do que as outras pessoas pensem ou digam”, afirmou Renan.

Atento a todos os depoimentos e com grande expectativa para iniciar a prática profissional, o gari Alencar Lucio de Oliveira Sobrinho, lotado no Centro de Pesquisa, cursa gestão ambiental e foi designado para fazer a vivência na UCV:

“Estou muito entusiasmado. Trabalho com a caracterização do lixo e é sempre bom aprender mais sobre a profissão que escolhemos”, disse Alencar.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

domingo, 16 de setembro de 2018

Devemos cuidar de nossos verdadeiros doentes - do Seculo XIX ao Século XXI


Mutirão de reavaliação de efetivo devolve 398 policiais que estavam de licença às fileiras da PM do RJ

Número corresponde a mais de 70% das 552 reavaliações psiquiátricas realizadas por ordem da intervenção federal no estado.


O mutirão de reavaliação de efetivo em parte do contingente da Polícia Militar fluminense afastado por motivos psiquiátricos devolveu à ativa 398 policiais. Significa que dos 552 policiais reavaliados, 72% foram considerados aptos a trabalhar nas ruas, em serviços internos ou administrativos.

A 1ª fase do "mutirão" realizado por determinação da intervenção federal ocorreu entre os dias 6 e 31 de agosto deste ano. Dados da PM levantados pela corporação a pedido do G1 demonstram que, no início do mês passado, havia 2,5 mil militares afastados por problemas psiquiátricos.

Porta-voz da PM, a major Claudia Moraes disse que a avaliação na corporação sobre o trabalho desenvolvido em conjunto com as Forças Armadas é positiva. Ela também destaca o baixo número de PMs que, após serem reexaminados, ainda precisaram permanecer em LTS (licença para tratamento de saúde).

"(...) Apenas 60 policiais permaneceram nessa condição de LTS. Quer dizer que a gente está conseguindo fazer um acompanhamento desses policiais que estão com problemas psicológicos e está conseguindo retornar com policiais para o efetivo para apoiar a corporação", disse a oficial.

O trabalho de reexame é realizado por juntas de saúde compostas por um policial militar e dois militares das Forças Armadas. Durante 25 dias, quatro equipes de oficiais avaliaram cada um dos casos e chegaram aos seguintes resultados e conclusão:

Resultados

60 policiais (mais de 10%) permaneceram de licença
188 (34%) foram considerados aptos para trabalhar na atividade fim
210 policiais (38%) foram considerados aptos para trabalhar em atividades internas
15 policiais (2,7%) foram indicados para reforma (aposentadoria)
71 (12,8%) não compareceram e serão reconvocados
8 (1,4%) policiais não estavam mais de licença

Conclusão

72% (398) dos policiais reavaliados foram considerados aptos a voltar às atividades
A PM prevê que até o final de novembro o trabalho de reavaliação dos 2,5 mil policiais esteja concluído.


Fraudes

Em meio aos licenciados, a PM, por meio da Corregedoria da corporação, também tenta identificar casos de fraudes em atestados médicos que liberem os policiais de atividades militares. Um desses casos envolve um capitão-médico que, em maio deste ano, chegou a ser conduzido à 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) suspeito de violar conduta disciplinar da corporação.

O oficial, que é urologista, estava afastado das funções na corporação para tratar de problemas psiquiátricos, mas continuava a atender pacientes em quatro consultórios. As informações constam em investigação da Corregedoria da PM.

Em relação a eventuais fraudes, a porta-voz da PM considera que os efeitos de tentativas de burlar a conduta militar são "terríveis". Simular uma doença para não trabalhar, diz a major, "sobrecarrega outros companheiros que estão em condições de apto".

"A ideia de que alguém está simulando doença também tem um efeito negativo em policiais que estão com algum problema e que acabam se sentindo constrangidos em apresentar as suas necessidades por medo de sofrer algum tipo de crítica ou algum tipo de constrangimento."

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

MP vai investigar conduta de Marcelo Crivella em reunião com funcionários da Comlurb onde o prefeito pede votos para o filho


Crivella pediu votos para vários políticos de seu partido. Seu filho, Marcelo Hodge, concorre a uma vaga de deputado federal.

Por Marcelo Elizardo, RJ2


O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, vai ser investigado pelo Ministério Público depois de uma reunião com funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), durante a qual ele que pede votos para candidatos de seu partido, o PRB, nesta sexta-feira (14).

O MP vai apurar se houve abuso de poder político ou improbidade administrativa por parte de Crivella. Um dos políticos para o qual Crivella pediu votos é seu filho, Marcelo Hodge (PRB), que concorre a uma vaga de deputado federal. O RJ2 desta sexta mostrou vídeos da reunião.

"Eu não podia deixar de vir aqui pedir a vocês, humildemente. Não é o prefeito que tá pedindo, nem é o pai do Marcelinho. É um carioca", disse Crivella.

A Prefeitura do Rio disse a reportagem não mostra nenhuma imagem que comprove qualquer ilegalidade e pede que os órgãos competentes apurem as informações. De acordo com a prefeitura, Crivella participou do evento como convidado e fora do horário de expediente.

O presidente da Comlurb, Tarquínio de Almeida, disse que o evento foi aberto ao público e que repudia qualquer tipo de ação política.

O TRE informou que vai apurar os fatos e que se for confirmada prática de ilícito eleitoral, vai aplicar as sanções previstas na lei.

Crivella usa máquina pública para fazer campanha eleitoral


Um ouvinte da BandNews FM, que é funcionário Comlurb, denunciou que funcionários concursados e terceirizados da empresa foram coagidos a comparecer num evento político de candidatos do PRB na noite desta quinta-feira (13), à pedido do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que é do mesmo partido. Entre os políticos presentes estava Marcelo Hodge Crivella, que é candidato à deputado federal.

O funcionário, que teve a identidade preservada, afirma que todos tinham que estar presentes para “prestigiar” o evento, que aconteceu na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no Centro do Rio. 

No local, além de Marcelo Hodge Crivella, estavam presentes os seguintes candidatos: Alessandro Silva da Costa, que é candidato à deputado estadual, e Eduardo Lopes, candidato ao Senado. Todos do PRB.

O prefeito do Rio, que chegou ao local por volta das sete e meia da noite, discursou por cerca de 30 minutos e questionou o fato de ter sido proibido pelo Supremo Tribunal Federal de fazer campanha para o filho.

No evento aproximadamente 200 pessoas estiveram presentes. A grande maioria com crachá da Comlurb. No local, recebiam adesivos de candidatos do PRB. Inclusive, os nossos repórteres receberam o material. Em uma roda de conversa uma funcionária disse “tem que estar aqui”, “tem que estar aqui”.



Dois microônibus, duas vans e um carro da Comlurb, caracterizados, estavam em frente ao Centro de Operações da Prefeitura. Eles levaram parte dos funcionários ao evento. Os veículos pertencem à empresa JSL, que tem cinco contratos de prestação de serviço com a Comlurb.

Um dos candidatos, que estavam no palco com Crivella e contaram com o apoiado do prefeito no evento de ontem, era Alessandro Costa. Ele foi subsecretário da Casa Civil na gestão de Crivella e atualmente é sócio administrador da empresa Crivella Produções Artísticas e Culturais, que pertence à Raquel Crivella, filha de Marcelo Crivella.

Já Eduardo Lopes e Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito, são investigados pelo MP Eleitoral por suspeita de abuso de poder religioso. Eles são acusados de favorecimentos após um culto religioso no Templo da Glória do Novo Israel, em Del Castilho, dia 26 de agosto.

Ao fim do ato, os funcionários recebiam santinhos de campanha dos três candidatos do Partido Republicado Brasileiro. Até o momento, a Prefeitura do Rio, o Tribunal Regional Eleitoral e os demais citados não se pronunciaram sobre o caso.

Crivella reúne funcionários da Comlurb, com ônibus oficiais, para pedir votos para filho

Pelo menos dois veículos da empresa foram usados para transportar funcionários


RIO - Funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana ( Comlurb ) do Rio foram convocados, na noite de quinta-feira, para um encontro na quadra da escola de samba Estácio de Sá  com o prefeito Marcelo Crivella e correligionários que são candidatos nessas eleições. O GLOBO foi ao encontro e presenciou ao menos dois ônibus da Comlurb buscando funcionários ao fim da reunião, fora de horário de expediente, por volta das 21h.


Segundo uma fonte ouvida pelo GLOBO, pelo menos outros três veículos da empresa pública, estacionados nas redondezas da quadra da Estácio, foram usados no transporte dos participantes da reunião, destinada a pedir votos aos candidatos do PRB. Além de Crivella, estavam presentes seu filho Marcelo Hodge Crivella, candidato a deputado federal, Alessandro Costa, candidato a deputado estadual, e Eduardo Lopes, candidato ao Senado. A rádio "BandNews" informou que quatro veículos da Comlurb - dois ônibus e duas vans - levaram e buscaram participantes do encontro.

Em seu pronunciamento, Crivella disse que "pediu ao Tarquinio que se pudesse também nos ajudasse" nesta eleição. Tarquinio Prisco Fernandes de Almeida é o presidente da Comlurb desde fevereiro, quando substituiu Rubens Teixeira, outro correligionário de Crivella. Teixeira foi afastado da presidência da Comlurb pela Justiça, depois assumiu a secretaria municipal de Transportes e agora é candidato a deputado federal, também pelo PRB.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Estudo da Comlurb traça perfil de moradores da Barra e de bairros vizinhos a partir do lixo


Região é a que mais descarta garrafas de uísque, cosméticos e perfumes importados

Maíra Rubim


Diariamente, milhares de embalagens plásticas são descartadas por moradores da Barra e do Recreio, felizmente, bairros com grande adesão à coleta seletiva. Embalagens de comidas congeladas e produtos com entrega em domicílio (principalmente pizza e comida japonesa) também são encontrados em grande volume, assim como garrafas de vinho e uísque. Estas são algumas particularidades reveladas pela Comlurb ao analisar o lixo domiciliar da Área de Planejamento 4 (AP 4), a pedido do GLOBO-Barra. Por mês, a região gera 26 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares.

A companhia coleta este tipo de informação há 23 anos, mensalmente, em seu Centro de Pesquisas Aplicadas, em Vargem Pequena. É a chamada análise gravimétrica, que tem como objetivo levantar os hábitos de consumo da população de cada área da cidade para nortear o trabalho da companhia, ajudando a definir do número de postos de reciclagem necessário ao de caminhões.

— O estudo gravimétrico da Comlurb tem um diferencial, porque em outros locais do Brasil e do mundo essa análise é encomendada pontualmente. Aqui, ela é feita o ano todo — diz Bianca Quintaes, gerente do núcleo.
O plástico compõe a segunda maior porcentagem do lixo domiciliar, perdendo apenas para o material orgânico. O maior consumo é na Barra. Eletroeletrônicos passaram a ser encontrados em maior escala a partir de 2009, e hoje representam 0,48% do lixo total. O uso de vidro, metais e papel/papelão também são quantificados pela Comlurb, e servem ainda como indicadores de poder aquisitivo.

— Nos últimos anos, o consumo de eletroeletrônicos aumentou, e eles se tornaram quase que descartáveis. Ninguém mais conserta celular. Em relação aos recicláveis, em todo o mundo é sabido que, quanto mais desse material no lixo, maior o PIB e o poder aquisitivo. Reclicláveis são artigos que custam mais: pedir comida é mais caro que cozinhar em casa — exemplifica Bianca.

Além de grande quantidade de supérfluos e produtos de valor — é na AP4, por exemplo, que se encontra o maior volume de importados, incluindo bebidas, perfumes e cosméticos, de toda a cidade —, o lixo da região concentra uma grande quantidade de seringas e outros materiais hospitalares, indicando alta frequência de tratamentos em sistema de home care. Fraldas geriátricas são outro produto muito encontrado na Barra e no Recreio, indicando a faixa etária elevada da população local, tendência já apontada pelo IBGE no Censo de 2010.

Outra curiosidade diz respeito aos alimentos. Na matéria orgânica dispensada no Recreio, há uma grande quantidade de alimentos crus. Alimentos cozidos costumam ser indicativo de menor poder aquisitivo: não, por acaso, no bairro, são mais encontrados na área do comunidade do Terreirão.

— Isso significa que os moradores da área comem mais em casa — avalia Bianca.

O lixo de Vargem Grande e Vargem Pequena, por sua vez, apresenta altos percentuais de matéria orgânica, mas, neste caso, a interpretação é que seus moradores têm melhores hábitos alimentares, com aposta em comida caseira e hortas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Game XP: Comlurb realiza limpeza e recolhe 15,5 toneladas de resíduos

A Comlub realizou a limpeza do Game XP, o maior evento gamer da América Latina, realizado no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, nos dias 6, 7, 8 e 9 de setembro. A Companhia recolheu 15,5 toneladas de resíduos e os materiais recicláveis contabilizaram 6,4 toneladas.

Foi mobilizado um contingente de 130 garis por dia, na parte interna e nos acessos ao Parque Olímpico. Além disso, foram disponibilizados 200 contêineres de 240 litros de capacidade em toda a área do evento.


Estrutura de Governança

Na estrutura de governaça de uma empresa é onde reside a lisura administrativa capaz de criar a energia necessária para manter a companhia viva. É onde emanam as diretrizes que alinham os esforços todos os empregados na direção de resultados que agregam valor a companhia.

É simplório pensar que toda a condução de empresa está na mão do diretor-presidente. Se é assim, algo tipo "a empresa é presidencialista", salvo em casos muito excepcionais onde o presidente é por si só um exímio executivo, a companhia corre constantes e elevados riscos de, no mínimo, rodar atrás do próprio rabo.

Em uma estrutura de governança de sucesso os agentes conhecem seu papel e sabem que na sinergia de suas capacidades está o presente e futuro da companhia.



A Assembléia Geral é a representação da propriedade da empresa responsável pela decisão societária para a indicação dos conselheiros. Subordinada a Assembléia Geral está o Conselho de administração responsável pelas decisões estratégicas.  Estratégia que será excutada pela Diretoria Executiva apoiada por seus Gestores Designados para as questões tecno operacionais.

Chamar a empresa de "Presidencialista" é jogar todas as fichas em alguém que não tem a autoridade para tomada de decisão estratégica, nem musculatura para sozinho fazer a gestão do negócio e junto a gestã técnica operacionalmda Companhia.

Apoiando os proprierários fica o Conselho Fiscal.

Servindo como olhos e ouvidos do Conselho de Administração estão o Comite de Auditoria Estatutário e a Controladoria Interna que verificam e avaliam se a estratégia está sendo bem conduzida pela Diretoria Executiva e Gestores Designados.

Todo esse pessoal é acompanhado externamente pela Controladoria Geral e Tribunal de Contas que apontam falhas na governança e necessidades de melhoria nos sistemas admnistrativos da Companhia.


quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Garis alpinistas - Os heróis que tratam o efeito do problema.

O trabalho dos garis alpinistas deve ser louvado, porém, sem esquecer que seus esforços tratam somente os efeitos da ineficaz gestão de resíduos sólidos em comunidades.

Soldados de uma guerra perdida, não estariam pendurados em encostas se os moradores de comunidade tomassem para si a responsabilidade de escoar seus resíduos de forma consciente nos equipamentos disponibilizados para o acondicionamento e coleta. Ou, na falta destes, buscassem formas de mobilização coletiva para a solução compartilhada da questão.









‘Alpinistas da Comlurb’ passam horas por dia no alto de morros para retirar lixo de encostas

Maioria dos trabalhos é em favelas. Além da altura, tiroteios também são desafio



RIO - Enquanto a maioria dos garis do Rio não tira os pés dos chão, uma turma muito corajosa vive nas alturas. São os alpinistas da Comlurb, que têm como missão explorar as encostas para retirar toneladas de lixo despejadas diariamente morro abaixo. Com capacetes brancos e suspensos por cordas, eles têm muito trabalho, mas também uma visão privilegiada. “Trabalhamos no alto do Vidigal, da Niemeyer, na Rocinha... Você imagina as vistas”, diz um deles.

A pausa para apreciar a beleza do Rio, no entanto, precisa ser curta, porque o serviço é árduo. Eles passam de seis a sete horas nas encostas, que, às vezes, levam até quatro dias para serem limpas. O trabalho também é difícil porque a equipe é pequena. Os alpinistas da Comlurb são apenas cinco.

Os profissionais, treinados por técnicos do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, usam equipamentos como rapel e outros de alpinismo, além de instrumentos como ceifadeiras, foices e enxadas.

— A dificuldade maior é subir até o local. É preciso esforço físico, concentração e visão para que nenhuma casa seja atingida e para que a vida de nossos colegas não seja colocada em risco. — conta um dos alpinistas, Fernando Cunha, de 31 anos.

A subida é só um dos desafios. Boa parte dos trabalhos de limpeza é feita dentro de favelas — a maioria dominada pelo tráfico de drogas e alvo constante de tiroteios.



NO MEIO DE CONFRONTOS

O supervisor da equipe, Moisés de Brito, lembra um dos episódios de violência:

— Em 2016, ficamos presos cerca de uma hora e meia dentro do teleférico do Morro da Providência, porque, quando estávamos subindo, começou um forte confronto. Essa não foi a única vez. Por isso, quando o clima está tenso, a gente nem sobe — disse ele, explicando que há dias em que a missão é mais amena. De vez em quando, somos convocados para retirar propagandas irregulares de lugares altos.



quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O maior risco de todos!

Quanto perdemos por fazer coisas que não precisamos e quanto perdemos por não fazer coisas que precisamos?

Resíduos Sólidos e o Estado do Rio de Janeiro




Em 2012, com o encerramento das operações em Gramacho, a capital do Estado do Rio de Janeiro deu um grande passo para a destinação adequada dos resíduos sólidos no Estado do Rio de Janeiro. Nas palavras do Prefeito Eduardo Paes: "A partir de agora o Rio não vai mais admitir as violências contra o meio ambiente como foi esse crime ambiental por mais de 30 anos aqui em Gramacho".



Instituído 2007, o programa “Lixão Zero” não alcançou sua meta de erradicar os lixões no Estado até 2014. Nos últimos anos, resíduos dispostos em aterros sanitários voltaram a ser jogados a céu aberto sem o devido tratamento causando danos ambientais. 

A ausência de coleta de lixo ou varrição dos logradouros é rapidamente percebida pelos moradores, diferente da correta disposição final, distante dos olhos de todos. O que os olhos não veem, o coração não sente, ou melhor o orçamento não contempla. Da gestão de resíduos sólidos a primeira coisa a sentir as dificuldades orçamentárias nos municípios é a manutenção de um aterro sanitário.

Apesar de ser competência municipal a gestão dos resíduos sólidos carece de apoio do Governo Estadual promovendo organização, planejamento ou até mesmo execução de serviços na busca de soluções consorciadas ou compartilhadas entre os municípios para obter o manejo adequado do lixo visando a eliminação dos lixões de forma permanente.

Integrar os municípios por si só não garante a sustentabilidade da operação de um aterro sanitário, também não é prudente ser dependente de subsídios ou repasses estaduais ou federais, é necessário explorar o potencial econômico dos resíduos sólidos!

Principalmente criar condições para o uso de material reciclado pelas indústrias como forma de garantir o escoamento do material recolhido seletivamente. Também, incentivar a pesquisa e utilização de tecnologias que ofereçam oportunidades de redução da quantidade de resíduos destinada a aterros sanitários; regulamentar acordos setoriais visando uma logística reversa favorável aos diversos atores; e tratar os catadores como empreendedores na cadeia de valor.

O Estado deve estar presente promovendo ações para i) Redução da geração de resíduos; ii) Coleta e utilização industrial de material reciclável; iii) Compostagem da parcela orgânica; iv) Geração de energia de material não reciclável; v) Regulamentação de acordos setoriais. Completando, destinar, o que sobrar, aos aterros sanitários intermunicipais.










segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Comlurb investe na coleta seletiva... para que?

Investir na coleta seletiva é uma daquelas máximas do politicamente correto que pessoas bem intencionadas, como o caso do meu colega ao redigir o artigo abaixo, repetem constantemente sem parar em algum breve momento para discutir a questão de forma mais holistica.

A coleta seletiva é apenas um componente de um sistema que vai da geração do material recicável até sua efetiva reciclagem. 


  • Falar em coleta seletiva sem falar regulamentação da logistica reversa onde os geradores de embalagens deveriam arcar com as despesas de sua reciclagem?
  • Falar em coleta seletiva sem falar em fomento a utilização de recicláveis na industria garantindo mercado para o material que for separado?
  • Falar em coleta seletiva quando existem opções tecnologicas para separação de reciclaveis como por exemplo o centrais mecanizadas de triagem no conceito "one bin for all" (uma lixeira para tudo)?
  • Falar em coleta seletiva sem falar na inclusão dos atuais catadores como agentes produtivos e empreendedores em todo o ciclo de vida do produto reciclável?

A verdade é que a reciclagem é um MERCADO DE COMMODITIES com potencial empreendedores interessados em lucro!

A Comlurb deveria estar focada em regulamentar e fiscalizar o mercado de reciclaveis com máxima inclusão dos atuais catadores como futuros empreendedores. 

Não deveria estar focada em aumentar seu custo operacional, despesa pública, investindo em somente um elo de uma cadeia maior!

Investindo dessa forma em coleta seletiva fica somente no politicamente correto, ou só no politicamente.








A Comlurb acaba de lançar duas iniciativas para incentivar a adesão da população do Rio à coleta seletiva. A primeira é um questionário que está sendo distribuído a 10.200 moradores e síndicos de prédios para saber o que acham e consideram incluir no serviço prestado pela Comlurb.

O trabalho será por amostragem e o objetivo é utilizar os resultados para adequar melhor o serviço para que a população participe mais do processo de separação dos recicláveis em suas casas.

A segunda foi a renovação total da frota de coleta seletiva. São 17 novos veículos, mais modernos, ágeis e desenvolvidos especificamente para o transporte deste tipo de resíduos. Além de terem mecanismos que reduzem os esforços físicos dos garis que atuam nessa área, inclusive alguns com guindaste hidráulico para facilitar a colocação de materiais mais pesados. Toda a nova frota também tem porte menor para garantir maior mobilidade e alcançar ruas mais estreitas, inclusive comunidades.

Atualmente, a coleta seletiva atende a 113 bairros, abrangendo 4,2 milhões de pessoas. A meta da Comlurb é alcançar todos os 160 bairros da cidade. Mas a questão não é apenas ampliar o raio do serviço, mas também ganhar maior adesão da população.Isso porque os caminhões circulam com a ocupação inferior a sua capacidade. O serviço que é realizado porta a porta uma vez por semana, em dias alternados aos da coleta domiciliar, funciona de segunda a sábado, em dois turnos, inclusive feriados, atendendo perfeitamente a demanda.

De acordo com o SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, o Rio de Janeiro se encontra entre as sete capitais que mais reciclam, ficando atrás de Brasília, Porto Alegre, Maceió, Curitiba, São Paulo e Campo Grande.

Hoje coletamos cerca de 10% do percentual máximo de 30% de resíduos potencialmente recicláveis. Se a população aderir mais a separação dos recicláveis dentro de casa, podemos alcançar a meta mais alta.

É muito simples, basta separar os resíduos secos e limpos dos úmidos e orgânicos. Além de colaborar com o planeta, já que reduz a quantidade de lixo levada para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica, aumentando a vida útil do aterro, garante emprego, renda e a sobrevivência digna de muitas famílias.

Todo o resíduo reciclável recolhido é encaminhado a 22 cooperativas de catadores cadastradas na Comlurb, que fazem a separação, enfardamento e comercializam com empresas recicladoras. Não temos outra saída para questão ambiental que não seja aderir aos 3 Rs da sustentabilidade (Reciclar, Reduzir e Reutilizar). Estamos investindo para isso.

sábado, 1 de setembro de 2018

Treinamento para o Futuro!

Em 2010, em uma época anterior aos grandes eventos, houve uma série de encontros com empregados de nível médio, Agentes de Limpeza Urbana, visando estimula-los para o que estava porvir. 

Tomaram ciência do 5º Jogos Mundiais Militares de 2011, a volta do Rock in Rio no mesmo ano, a Rio+20 em 2012, a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo de 2014 e a Copa América de 2015, para finalmente chegar os Jogos Olímpicos de 2016. Ficaram sabendo de antemão sobre o Porto Maravilha, da revitalização da Praça Mauá, do fechamento da avenida Rio Branco.

Operacionalmente conheceram os novos equipamentos de Limpeza Urbana disponíveis e os conceitos inovadores da coleta lateral automatizada, novos lutocares.

Naquele ano, tudo parecia uma grande viagem ao futuro, para alguns coisa de ficção científica. A coisa mais interessante é que tudo aconteceu! Chegando em 2016 praticamente tudo que foi apresentado em 2010 foi realmente vivenciado por aqueles profissionais.

Uma capacidade de entrega e realização que dificilmente será sobrepujada! Orgulho para todos os envolvidos.



Quase um "de volta para o futuro"

Ao longo de minha vida profissional sempre tive prazer em compartilhar conhecimento através de palestras, treinamentos ou simplesmente uma boa conversa. Para mim, todos os momentos de reunião deveriam ser encarados como oportunidades de troca de conhecimento. 

Foi com alegria que recebi o convite para ser instrutor do Programa de Desenvolvimento Gerencial PDG, programa que iniciei a modelagem em 2017, e que agora inicia com turmas regulares.

Interessante é que estou apresentando um módulo sobre "Ferramentas da Qualidade" e "Análise Causa Efeito", assuntos que tomei conhecimento e estudei nos primeiros meses de trabalho no estaleiro Ishikawagima no início da década de 90 do século passado! Quase um "de volta para o futuro"