O "Camarote da Comlurb" no Sambódromo é um container localizado no início do setor 1 junto a outros containers destinados à órgãos públicos estaduais e municipais para servir de base de apoio aos que trabalham no evento.
Para a operação de limpeza do Sambódromo esta base de apoio no setor 1 é totalmente desnecessária pois existe uma verdadeira base operacional na Rua Benedito Hipólito com escritório, ferramentaria e refeitório.
Com o passar do tempo a "base da comlurb no setor 1" teve sua função distorcida para "camarote"" onde pessoas credenciadas pela Companhia junto a Liesa, mas não escaladas para trabalhar na operação de limpeza, permaneciam assistindo os desfiles.
Com exceção de 2017, quando a base do setor 1 ficou trancada e indisponível por ordem da direção da Companhia, o "camarote" continua existindo.
Container "camarote" da Comlurb |
Liesa afirma a CPI que prefeitura e Riotur têm 30 camarotes na Sapucaí
Acareação da CPI dos Camarotes Foto: Mário Vasconcellos / Divulgação / CMRJ |
O coordenador de captação de recursos do município, Victor Travancas, confirmou, diante de Isaías Zavarise, assessor-chefe do gabinete do prefeito, que o viu, na sexta de carnaval, no camarote leiloado pela prefeitura.
O pregoeiro Alexandre Gonçalves garantiu que não incluiu o artigo que reduziu o preço do camarote a um quarto do lance inicial — e afirmou que já recebeu o edital com a mudança.
Diante do que já foi apurado, Tarcísio Motta (PSOL), membro da comissão, disse que é possível afirmar que houve conluio entre as quatro participantes do leilão.
Quantos?
Mas a revelação mais bombástica foi da presidente da CPI, Rosa Fernandes (MDB). A moça disse ter recebido documentos oficiais da Liesa, dando conta de que são 30 os camarotes de uso da Prefeitura e da Riotur na Marquês de Sapucaí.
Para fazer graça com os eleitores, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) manda leiloar... os cinco do setor 9. E os outros 25 (13 da prefeitura e 12 da Riotur)?
De quem é a caixa-preta?
Rosa Fernandes (MDB), presidente da CPI dos Camarotes, cobrou de Isaías Zavarise, assessor-chefe do gabinete do prefeito, a resposta ao ofício enviado à Prefeitura do Rio no dia 22 de maio (e o prazo para o retorno era de cinco dias úteis).
No documento, a comissão de inquérito pediu a lista detalhada de todos os camarotes, frisas e cadeiras de uso da prefeitura que não foram leiloados.
E respostas às perguntas: quem fica responsável por estes espaços, qual o custo deles para o município e — o grande segredo — qual o número de convidados do poder municipal para a festa, nos anos de 2017 a 2019.
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