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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Sindicato de trabalhadores da Comlurb decreta paralisação por tempo indeterminado no Rio

Coleta de lixo foi suspensa na madrugada desta sexta-feira. Sindicato pede 10% de reajuste salarial e diz serviços essenciais não serão suspensos.


26/04/2019 09h53  Atualizado há uma semana

Parte de funcionários da Comlurb fazem paralisação reivindicando reajuste de salário

Parte dos trabalhadores da Comlurb faz uma paralisação desde meia-noite desta sexta-feira (26), segundo o sindicato da categoria. Em alguns pontos do Rio, o lixo já começa a se acumular pela calçada.

Em ruas da Tijuca, moradores ressaltam que o caminhão da Comlurb ainda não tinha passado até as 8h e o lixo estava espalhado por calçadas das ruas Uruguai e Conde de Bonfim.

Eliano Souza, porteiro de um prédio da região, passou a madrugada esperando os garis. Segundo ele, o lixo é colocado na calçada por volta das 20h e o caminhão passa entre 21h e 22h.

“Mas hoje, à 1h35 e não passou ainda. É esperar para ver”, disse o porteiro que até às 7h desta sexta não teve o lixo do prédio recolhido.

Os quatro caminhões que recolhem o lixo na Tijuca ficaram parados na Praça da Bandeira, na Zona Norte. O responsável pela coleta noturna no bairro, Valter Tomás, explica o que aconteceu. Ele conta que estava trabalhando normalmente.

“Estava aqui fazendo a coleta domiciliar. E aí, o pessoal do movimento sindical passou, segundo os colegas de trabalho, e falou que eles tinham que parar porque a partir da 0h era greve. Resolvemos parar para evitar aí um confronto”, disse o funcionário.

A greve dos trabalhadores da Comlurb começou à meia-noite e vai durar por tempo indeterminado, até que a prefeitura atenda à reivindicação da categoria: reajuste salarial de 10%. Os trabalhadores também querem adicional de insalubridade para agentes de preparação de comida, vigias e auxiliares de serviços gerais.

O movimento tinha sido suspenso pelos trabalhadores na terça-feira (23), depois que a Comlurb apresentou uma nova proposta de reajuste. Na quinta-feira (25), a categoria recusou a oferta de 4% de aumento. No domingo (21), a Justiça do Trabalho determinou que pelo menos 60% do efetivo da Comlurb continuasse trabalhando.


No Leme, na Zona Sul, o expediente dos garis foi normal durante a madrugada. Caminhões e tratores circularam para recolher o lixo. Duas grevistas foram até a gerência da Comlurb no bairro para convencer os colegas a aderirem ao movimento.

“Os serviços essenciais não serão suspensos. Nós vamos respeitar o limite de greve, se sair alguma nota de algum desembargador pedindo que aumente mais ainda o efetivo isso será respeitado, nós não queremos prejudicar em nada a população”, disse a gari Elaine Ferreira, membro da comissão de negociação do sindicato.

Em nota, a Comlurb informou que menos de 20% dos garis aderiram ao movimento e que as gerências na Zona Oeste, incluindo Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Bangu, Campo Grande, funcionam normalmente.

A companhia também informou que iniciou as áreas afetadas por piquetes de funcionários sofrerão atrasos pontuais, mas que os serviços não deixarão de ser realizados.


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