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quarta-feira, 3 de abril de 2019

"É possível governar sem o povo ou sem o Legislativo, mas não sem o povo e sem o Legislativo"

Trabalho de Conclusão de Curso de Especialista em Gestão Pública com ênfase em governo Local:

estratégia da patronagem consiste principalmente na negociação com membros dos partidos de oposição na busca de mais segurança no apoio parlamentar. No entanto, a adoção desta estratégia produz uma falta de coesão entre os membros dos partidos da base inicial de sustentação preteridos das oportunidades de indicação de cargos. A construção de apoio através da patronagem é uma atividade renovada a cada votação independente do posicionamento anterior do parlamentar, seja ele dito de oposição ou situação. 



Falta de diálogo, promessas não cumpridas, acordos frustrados: vereadores analisam perda de apoio de Crivella na Câmara


Há seis meses, a base aliada do prefeito Marcelo Crivella (PRB) enterrou um pedido de impeachment na Câmara Municipal do Rio. Teve o dobro de votos: 28 a 14. Nesta terça (2), o apoio do bispo licenciado ruiu. Os vereadores aprovaram, por 35 a 14, a admissibilidade do impeachment, e o futuro de Crivella será decidido nos próximos três meses. De uma votação para a outra, 13 vereadores mudaram do "não" para o "sim"
"A perda de base dele, na minha opinião, é um ato de brutal incompetência. Ele entende: se não tive o apoio desses vereadores para eleger meu filho, vou governar para quem me elegeu", diz um parlamentar. "É possível governar sem o povo ou sem o Legislativo, mas não sem o povo e sem o Legislativo", resume.

O que dizem os parlamentares


"A impressão é de que o Crivella perdeu o apoio da base por quebrar os acordos, baseados em cargos e obras, com os vereadores aliados. Ele que fala tanto ser contra o 'toma lá, dá cá'. A informação que temos é que parou o 'toma lá', mas continuou o 'dá cá'. O que se diz é que, até mesmo alguns cargos que ele deu, pediu de volta. O apoio foi cortado no meio", opina o oposicionista Paulo Pinheiro (PSOL).

"O prefeito foi perdendo o diálogo com a Câmara de Vereadores, e isso fez com que tivesse uma insatisfação. É a terceira denúncia que votei contra, mas isso não quer dizer que, durante o processo, a gente não possa ter tempo para estudar e emitir um parecer com transparência e seriedade. Ele estava se posicionando errado, manda as mensagens erradas para a Câmara", disse Luiz Carlos Ramos Filho (PTN).

"No terceiro ano, não há mais justificativa. Provavelmente, terá mais receitas que em 2016, quando tudo funcionava. Por completa absoluta incapacidade de gestão, ele permite que irregularidades como essa [da denúncia do impeachment] acabem acontecendo. A prefeitura perdeu algo em torno de R$ 25 milhões. Isso não é brincadeira", queixou-se Fernando William, do PDT

"Ele mexe nas pedras do tabuleiro sem obedecer às regras do jogo. Há uma lógica de que o vereador indica superintendente, diretor de hospital", lamentou o petista Reimont. "E o Crivella, na verdade, tem inabilidade pra lidar com essas questões."


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