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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Vereadora pede ao MPRJ afastamento cautelar do presidente da Cedae



Com um custo com pessoal crescente parece ser necessário promover ações para alterar a tendência da curva. Um Plano de Demissão Voluntária em uma estatal é uma destas ações. 

Por ser voluntário, teoricamente se engajam no plano aqueles que não desejam permanecer na empresa, podendo ser funcionários antigos vislumbrando um bom momento de aposentadoria, ou funcionários não tão antigos mas que percebem oportunidades em outras organizações.

cedae
https://percolado.blogspot.com/2019/09/a-privatizacao-da-cedaerj.html


É preocupante quando o Sindicato dos Funcionários da Cedae aponta o PDV como possível causa de problemas operacionais da Companhia, afirmando que o conhecimento acumulado por anos de trabalhos deixaram os quadros da empresa "sem que houvesse a realização de concurso público para substituí-los e absorver parte desse conhecimento técnico e prático".


Em um ambiente altamente técnico como é o tratamento de água e esgoto os procedimentos devem estar, ou deveriam estar, escritos, regulamentados, automatizados. O conhecimento acumulado pelos funcionários ao longo dos anos certamente é valioso e ajuda a melhorar as práticas existentes revisando os procedimentos, que é onde deve estar armazenado o conhecimento da Companhia.

Na rotina operacional, o importante é o conhecimento institucional traduzido por normas, padrões, procedimentos e protocolos. Ou será somente o Sr fulano consegue ligar a bomba A ou acionar o registro B?

Além disso, realizar concurso público para substituir os que voluntariamente se dispensaram não ajuda na curva de custo com pessoal. 

Resta saber se a água estaria turva se houvesse o PDV sem haver a privatização da CEDAE presente no radar.




Vereadora pede ao MPRJ afastamento cautelar do presidente da Cedae

Por: Aline Macedo
Cariocas reclamam de água turva

Cariocas reclamar de água turva
Cariocas reclamam de água turva Foto: Agência O Globo


Na representação que encaminhou ao Ministério Público do Rio de Janeiro pedindo a instauração de um inquérito sobre os problemas na água fornecida pela Cedae, a presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara do Rio, a vereadora Vera Lins (PP) incluiu outro pedido.

A moça requer o afastamento cautelar do presidente da companhia, Hélio Cabral, e o "pronto restabelecimento dos serviços prestados, de acordo com as normas técnicas e de vigilância sanitária".

No documento, a vereadora também solicita reembolso ou abatimento nas contas dos consumidores.

Perda de conhecimento

Em um documento enviado ao gabinete de Vera Lins pelo presidente do Sindicato dos Funcionários da Cedae, Humberto Lemos, o Programa de Demissão Voluntária (PDV) da campanhia é apontado como possível causa do problema.

Ele afirma que mais de 1000 trabalhadores com conhecimentos acumulados por anos de trabalhos deixaram os quadros da empresa — sem que houvesse a realização de concurso público para substituí-los e absorver parte desse conhecimento técnico e prático.

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