Síndrome de Diógenes.
"O comportamento característico, descrito na literatura, inclui ainda sintomas como a negligência de autocuidados – alimentação e saúde. Mas o que mais chama a atenção é a tal mania de coletar coisas – até mesmo comida deteriorada. Independentemente da situação financeira da pessoa, ela tem receio de ficar pobre. O ponto que permeia todos estes sintomas é justamente a falta de autocrítica. Segundo suas próprias avaliações, os pacientes estão totalmente certos. Apesar de não haver estudo comprovado, segundo especialistas, mais de 50% dos casos de Síndrome de Diógenes são conseqüências de outros transtornos, como a demência, a depressão, paranóia, psicoses, esquizofrenias que se agravam com a idade e com o isolamento social e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo." .
Idoso tenta retirar material acumulado em casa pela esposa por 20 anos: 'Não sei o que fazer'
"O comportamento característico, descrito na literatura, inclui ainda sintomas como a negligência de autocuidados – alimentação e saúde. Mas o que mais chama a atenção é a tal mania de coletar coisas – até mesmo comida deteriorada. Independentemente da situação financeira da pessoa, ela tem receio de ficar pobre. O ponto que permeia todos estes sintomas é justamente a falta de autocrítica. Segundo suas próprias avaliações, os pacientes estão totalmente certos. Apesar de não haver estudo comprovado, segundo especialistas, mais de 50% dos casos de Síndrome de Diógenes são conseqüências de outros transtornos, como a demência, a depressão, paranóia, psicoses, esquizofrenias que se agravam com a idade e com o isolamento social e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo." .
Idoso tenta retirar material acumulado em casa pela esposa por 20 anos: 'Não sei o que fazer'
Imóvel tem tanto material acumulado que idoso precisou abrir um buraco no muro para poder entrar e sair de casa no Jardim Três Marias, em Salto (SP).
Parte do material que estava acumulado na casa foi jogada na calçada — Foto: Jussara Lima/Jornal Taperá |
Um idoso de 82 anos decidiu tentar retirar o material acumulado pela esposa em casa durante 20 anos. Ele conta que a mulher, de 77 anos, sofre de transtorno e costuma recolher objetos na rua e levar para a residência, que fica no Jardim Três Marias, em Salto (SP).
Sem saber como pôr fim à situação, Benedito Togni jogou parte do material na Rua Monteiro Lobato, na segunda-feira (22). A maior parte do lixo é formada por caixas de papelão, vidro e móveis antigos.
"Desde que a mãe dela morreu, nos anos 90, ela [esposa] começou a pegar as coisas na rua e trazer para casa. Não sei o que fazer. Para tentar pôr um fim nisso, joguei um pouco na rua. Estou com pontos de uma cirurgia, sou doente, não dá para viver assim", disse ao G1.
A idosa preferiu não dar entrevista e apenas afirmou que "guarda o que precisa".
Buraco para entrar e sair
O casal não tem filhos e os parentes mais próximos, segundo Benedito, são os irmãos que moram na mesma rua e também são idosos.
A situação preocupa quem mora ao lado. A vizinha Neide Miranda de Oliveira tenta ajudá-los com carona ao hospital ou até mesmo comida.
"Vi ele jogando esse lixo na calçada como forma de protesto para chamar atenção de alguma autoridade para que faça algo. É de cortar o coração", diz.
A garagem está lotada de caixas cheias de papéis, revistas e até colchões. O volume de material é tão grande que o portão da garagem foi totalmente bloqueado. Por conta disso, o idoso precisou abrir um buraco no muro para conseguir entrar e sair.
"Minha preocupação é também com dengue e outras doenças. Vai saber o que pode sair disso tudo", comentou.
Uma equipe da Defesa Civil esteve no imóvel e uma pequena limpeza foi realizada na calçada.
Em nota, a prefeitura informou que tem conhecimento do caso e que já realizou visita por meio da Secretaria de Ação Social. O Departamento de Zoonoses também esteve no local para orientar a pessoa sobre o perigo de reunir animais peçonhentos e a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, visitou o local para ressaltar os riscos à saúde.
Além disso, segundo a administração municipal, está programada mais uma visita da Secretaria de Ação Social, juntamente com o coordenador da Saúde Mental. A Secretaria do Meio Ambiente fará a retirada dos entulhos com o consentimento do esposo da idosa.
Transtorno
A acumulação compulsiva é um transtorno psicológico onde a pessoa tem o hábito incontrolável de juntar roupas, objetos, papéis e todo tipo de entulho que, para ela, possui algum valor.
Em 2013, o transtorno foi classificado como doença mental pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Estatísticas apontam que o transtorno acomete cerca de 5% da população mundial.
As pessoas que sofrem dessa doença têm um olhar distorcido sobre objetos. Para elas, mesmo a peça que parece mais insignificante tem valor de uso, estético, sentimental ou representa algo que é valorizado pelo indivíduo.
Um dos casos mais recentes no estado de SP aconteceu em março, em Bauru. A prefeitura foi chamada para retirar montanhas de entulho da casa de um acumulador. Após um mês, foram retiradas mais de 100 toneladas de material.
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