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segunda-feira, 15 de julho de 2019

A falta de orçamento move montanhas!!!!

O conceito defendido pelo atual Presidente da Comlurb sobre a cobrança dos serviços de limpeza dos dias de desfile no Sambódromo não é novo.

A muito tempo existe o questionamento sobre a a aplicação de recursos públicos em evento particular intramuros com cobrança de ingressos. A justificativa para a ação da Comlurb nos desfiles sempre foi recheada de "é uma tradição" temperada com "é bom para a imagem da empresa"

O Rock in Rio por exemplo: em 2013 foi totalmente limpo gratuitamente pela Comlurb, em 2015 foi limpo por uma empresa privada. Em 2017 voltou para a Comlurb só que desta vez com um contrato de prestação de serviços assinado. 

Agir como uma empresa prestadora de serviços deveria ser uma prática normal, não somente quando a maré orçamentária está fraca.






Prefeitura do Rio vai proibir que serviços de órgãos públicos sejam usados em eventos privados

Empresas como a Comlurb, Guarda Municipal e Rio Luz não poderão trabalhar em eventos com venda de ingressos. Presidente da Riotur também falou sobre privatização do Sambódromo.



Comissão de frente da União Ilha se apresenta na Sapucaí. Renato Sorriso (de laranja) se juntou a eles - a Comlurb deve deixar de limpar o Sambódromo — Foto: Rodrigo Gorosito/ G1
Por trás do Gari Sorriso existe muito trabalho e recursos públicos envolvidos. 

A Prefeitura do Rio de Janeiro deve publicar esta semana um decreto que proíbe que órgãos públicos, como a Comlurb, trabalhem em eventos privados com venda de ingressos - caso dos desfiles na Marquês de Sapucaí.

“É uma medida de respeito com o recurso do cidadão, no qual entendemos que o recurso público é para eventos que não têm cobrança de ingressos. Então, é uma atitude bem tomada para que possamos economizar e destinar esse recurso a outras prioridades de eventos na cidade”, explicou Marcelo Alves, presidente da Riotur.

Tradicionalmente, a prefeitura arcava com a limpeza, parte da segurança (Guarda Municipal), iluminação (Rioluz) e atendimento médico.

Alves destaca que o investimento que atualmente é destinado à Sapucaí, por exemplo, será investido em outros espetáculos populares, como o desfile da Intendente Magalhães e da Avenida Chile, onde não há cobrança de ingressos.

“O carnaval é de extrema importância para a cidade do Rio de Janeiro. Há um investimento da prefeitura, como um todo, de R$ 100 milhões. Só a Riotur, no desfile das escolas de samba, investe R$ 12 milhões. Então, esse recurso, evidentemente, será destinado a outras áreas de eventos da cidade, para que a gente possa incrementar”, destacou.

O presidente da Comlurb, Tarquínio de Almeida, disse que vai conversar com o prefeito sobre a possibilidade de apresentar um projeto de limpeza para a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para o carnaval de 2020. Segundo ele, agora que a prefeitura atravessa um momento de crise financeira, com receitas menores que as despesas, não faz mais sentido prestar o serviço gratuitamente.

"Era tradição a Comlurb e outros órgãos municipais prestarem serviços gratuitos a eventos privados em espaços públicos. Aliás, desde a criação do Sambódromo era assim. Mas agora, isso não faz mais sentido. Os dez dias de carnaval no Sambódromo custam cerca de R$ 3,5 milhões , uma fábula para quem não tem dinheiro. Então, se não dá mais para fazer de graça, ou a gente cobra ou sai fora", disse Almeida, destacando que outros grandes eventos privados como Rock in Rio, Fun fest, Game XP, pagam à Comlurb pelos serviços de limpeza dentro das áreas dos eventos.

Em nota, a Liesa diz que lamenta e não concorda com as declarações do prefeito sobre os desfiles da escolas de samba na Sapucaí. E destaca que "o evento, gerador de milhares de empregos, recolhe os impostos devidos, inclusive os 5% de ISS sobre todos os valores arrecadados, colaborando, direta e indiretamente, também, para que diversos outros setores da economia da cidade arrecadem mais, com valores revertidos para a prefeitura.

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