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sábado, 19 de janeiro de 2019

Usinas de reciclagem de lixo de SP operam abaixo da capacidade



Duas usinas de reciclagem podem receber 12 mil toneladas de material por mês, mas só recebem 4 mil. Coleta seletiva de lixo reciclável não chega a 30% das ruas da capital.

Por Natália Ariede, SP1

A capital paulista tem duas usinas de reciclagem modernas, que atuam no programa de reciclagem de São Paulo, mas elas operam abaixo da capacidade que possuem.

As duas usinas podem receber 12 mil toneladas de materiais recicláveis por mês, mas elas só recebem 4 mil toneladas mensais – nem metade da capacidade. Para piorar, grande parte do material que chega às usinas não pode ser reciclada.

São coletadas, no município, 12 mil toneladas de lixo por dia, só que 360 toneladas são recicladas – 3% do total, segundo informações da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e da Prefeitura da capital.

Descarte correto

Na região do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, um condomínio repassa a cooperativas formadas por ex-moradores de rua o material que pode ser reciclado. As cooperativas chegam a receber R$ 90 mil mensais pelo material.

O condomínio contratou um instituto para ensinar aos funcionários e moradores como realizar a reciclagem, com lixeiras estrategicamente posicionadas, com tamanho proporcional à necessidade, pra não faltar espaço pro descarte correto, e também comunicação visual diferenciada.

O condomínio possui informações sobre quais são os materiais recicláveis e quais não são em português e também traduzidas em mandarim porque no prédio, das 100 famílias que residem no local, 30% são imigrantes chineses.

Números da reciclagem de lixo na capital, segundo dados de associação e da Prefeitura — Foto: TV Globo/reprodução


Coleta seletiva

Na segunda-feira (14), o Bom Dia SP divulgou que a coleta seletiva de lixo reciclável não chega a 30% das ruas da cidade de São Paulo, quase um terço do total.

Nas ruas onde não há coleta, uma alternativa para os moradores é levar os resíduos a um dos 102 ecopontos ou 1.500 lixeiras de entrega voluntária que ficam perto de metrôs, terminais de ônibus e parques.

Além de ser importante para o meio ambiente, a coleta também gera empregos. Todo o lixo reciclado na cidade é encaminhado para cooperativas e emprega cerca de 900 catadores.

Em nota, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) afirmou que trabalha em um projeto para aumentar a área de cobertura do serviço para todas as ruas da cidade, mas não deu um prazo para que isso ocorra.

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