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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Banhistas reclamam da falta de lixeiras em praias da Zona Sul do Rio

De Ipanema ao Leme, reportagem não viu nenhum contêiner da Comlurb na areia. Companhia afirma que garis trabalham em até três turnos de limpeza.


Quem tem ido à praia na Zona Sul do Rio neste verão reclama da falta de contêineres da Comlurb. O Bom Dia Rio percorreu a orla e só encontrou lixeiras no trecho do Leblon.

De Ipanema ao Leme, em cerca de seis quilômetros de areia, o lixo se acumulava em latões improvisados por barraqueiros ou nas papeleiras, que não dão conta do volume de resíduos.

Contêiner da Comlurb no Calçadão de Copacabana, na altura do Posto 6, transbordado de lixo — Foto: Reprodução/TV Globo 

“As papeleiras nas ruas internas de Copacabana são insuficientes”, diz Tony Teixeira, presidente da Associação de Moradores de Copacabana. “O bocal dela é pequeno. Não cabem garrafas PET. Então, acaba não sendo satisfatório para atender”, continua.

“Na praia faltam os contêineres de lixo. Então acaba o quê? O povo jogando o lixo fora, na areia”, lamenta Tony.

A vendedora Maria das Graças Ferreira Mendes improvisou recipientes perto de sua barraca. “Tem mais de três meses que a gente não tem lixeira na praia”, diz. “A gente tenta fazer o máximo para não deixar o lixo esparramado, porque os turistas chegam e passamos até vergonha”, emenda.

O petroleiro Sérgio Melo também não tem visto contêineres da Comlurb. “Nunca tem lixeira aqui. É normal não ter. A única que você encontra é das barracas”, afirma. “Isso dificulta, além da educação das pessoas. Não custa nada pegar e levar até a lixeira mais próxima e jogar fora”, pondera.

O que diz a Comlurb

Em nota, a Comlurb afirma que todas as praias do Rio são atendidas regularmente. “São adotados dois turnos de trabalho, das 7h às 15h e das 16h à meia-noite”, informa.

A companhia destaca ainda o Praia Limpa, campanha para que “o banhista dê o destino correto ao seu lixo”. “Os garis estão praticamente removendo os resíduos o tempo todo nas praias e atuando em até três turnos de trabalho, inclusive madrugada, para deixar os locais limpos”, frisa.

“O lixo da areia e da orla é coletado pelos garis em sacos plásticos e colocado no minitrator, que sai juntando tudo até alcançar sua capacidade máxima. Daí é feita a descarga para que na sequência o caminhão compactador que percorre toda orla faça a coleta dos resíduos e leve até o destino final. Nada fica na praia”, detalha a Comlurb.

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