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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Metade dos grandes geradores de lixo no DF não cumprem lei, diz Agefis

Diferentes cidades... Mesmas questões...

Cerca de 4 mil estabelecimentos não separam, coletam e destinam corretamente os resíduos.


 Lixo em quadra comercial no Plano Piloto, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Pouco mais de um ano depois de a Lei dos Grandes Geradores começar a valer no Distrito Federal, boa parte dos estabelecimentos da capital que descartam mais de 120 litros de resíduos sólidos por dia ainda descumprem a norma.

Cerca de 4 mil pontos de comércio não descartam o lixo que produzem de forma adequada, segundo levantamento da Agência de Fiscalização do DF (Agefis). O número equivale à metade dos bares, restaurantes e cafés identificados pelo órgão.

No entanto, apenas uma pequena parcela acaba sendo multada pelo descumprimento. No ano passado, foram autuados 74 estabelecimentos – 1,85% do total. O SLU espera regularizar todos os grandes geradores até o fim de 2019.

O correto, de acordo com a norma, é que os estabelecimentos se responsabilizem pela coleta, transporte e destinação do lixo que produzem.  Eles devem separar o que é descartado entre orgânico, vidro, reciclável e rejeito – que é tudo aquilo impossível de ser reutilizado, como papel higiênico, fraldas e absorventes.

Os serviços podem ser feito pela própria empresa ou pela contratação de alguma que esteja cadastrada no Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

Funcionário de café na Asa Norte leva lixo reciclável para container do Instituto Ecozinha — Foto: TV Globo/Reprodução
A alta taxa de inadequação é reflexo da carência de fiscalização efetiva, segundo o presidente do Instituto Ecozinha, Paulo Mello, que desenvolve estratégias empresariais com enfoque na educação ambiental e na preservação do meio ambiente.

"É necessário que o poder público mostre aos grandes geradores que eles são responsáveis pelos resíduos, é isso o que diz a lei. Então, cada um tem que assumir esse compromisso."

Cozinha de restaurante em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução 
O instituto faz parceria com 70 restaurantes do DF na coleta seletiva. Juntos, eles contrataram empresas especializadas na coleta e reciclagem de cada tipo de material – plástico, vidro e resto de comida.

Na maioria deles, segundo Mello, cerca de 90% do que é descartado é reaproveitado, sendo reciclado ou transformado em adubo. O que, efetivamente, vai para o aterro não enche um saco do modelo preto.

E o morador, onde descarta lixo?

Para residências, a recomendação é separar o lixo entre seco e orgânico e depositá-los em contêineres diferentes, com a identificação adequada, para que o caminhão do SLU faça a coleta corretamente.

Lixo se acumula em contêiner na comercial da quadra 302/303 Norte nesta segunda (18)

Os "papa-lixos" também funcionam como coletores de alta capacidade em pontos de grande descarte. O equipamento foi criado para atender à demanda da população que reside em locais de difícil acesso dos caminhões de coleta.

Neles, podem ser descartados todo o lixo doméstico. Vidros, latas e peças pontiagudas e perfurocortantes devem ser embalados cuidadosamente, para não ferir quem trabalha com os materiais.

Papa-entulho do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do DF — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília/Divulgação
Entulhos, podas, materiais recicláveis em grandes quantidades e óleo de cozinha devem ser descartados nos "papa-entulho" espalhados em oito pontos do DF.

Os recicláveis devem ser entregues separados e limpos. Já para o óleo de cozinha, o SLU recomenda que seja levado envasado em frascos, como de amaciante e xampu.

Não são permitidos resíduos domésticos, industriais, de serviços de saúde e eletrônicos, pneus, embalagens de agroquímicos, produtos fitossanitários e óleos lubrificantes, lâmpadas, pilhas e baterias, equipamentos ou materiais que tenham metais pesados, assim como gesso, espelhos, vidros, amianto, tintas, solventes e tonner.

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