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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Comlurb investe na coleta seletiva... para que?

Investir na coleta seletiva é uma daquelas máximas do politicamente correto que pessoas bem intencionadas, como o caso do meu colega ao redigir o artigo abaixo, repetem constantemente sem parar em algum breve momento para discutir a questão de forma mais holistica.

A coleta seletiva é apenas um componente de um sistema que vai da geração do material recicável até sua efetiva reciclagem. 


  • Falar em coleta seletiva sem falar regulamentação da logistica reversa onde os geradores de embalagens deveriam arcar com as despesas de sua reciclagem?
  • Falar em coleta seletiva sem falar em fomento a utilização de recicláveis na industria garantindo mercado para o material que for separado?
  • Falar em coleta seletiva quando existem opções tecnologicas para separação de reciclaveis como por exemplo o centrais mecanizadas de triagem no conceito "one bin for all" (uma lixeira para tudo)?
  • Falar em coleta seletiva sem falar na inclusão dos atuais catadores como agentes produtivos e empreendedores em todo o ciclo de vida do produto reciclável?

A verdade é que a reciclagem é um MERCADO DE COMMODITIES com potencial empreendedores interessados em lucro!

A Comlurb deveria estar focada em regulamentar e fiscalizar o mercado de reciclaveis com máxima inclusão dos atuais catadores como futuros empreendedores. 

Não deveria estar focada em aumentar seu custo operacional, despesa pública, investindo em somente um elo de uma cadeia maior!

Investindo dessa forma em coleta seletiva fica somente no politicamente correto, ou só no politicamente.








A Comlurb acaba de lançar duas iniciativas para incentivar a adesão da população do Rio à coleta seletiva. A primeira é um questionário que está sendo distribuído a 10.200 moradores e síndicos de prédios para saber o que acham e consideram incluir no serviço prestado pela Comlurb.

O trabalho será por amostragem e o objetivo é utilizar os resultados para adequar melhor o serviço para que a população participe mais do processo de separação dos recicláveis em suas casas.

A segunda foi a renovação total da frota de coleta seletiva. São 17 novos veículos, mais modernos, ágeis e desenvolvidos especificamente para o transporte deste tipo de resíduos. Além de terem mecanismos que reduzem os esforços físicos dos garis que atuam nessa área, inclusive alguns com guindaste hidráulico para facilitar a colocação de materiais mais pesados. Toda a nova frota também tem porte menor para garantir maior mobilidade e alcançar ruas mais estreitas, inclusive comunidades.

Atualmente, a coleta seletiva atende a 113 bairros, abrangendo 4,2 milhões de pessoas. A meta da Comlurb é alcançar todos os 160 bairros da cidade. Mas a questão não é apenas ampliar o raio do serviço, mas também ganhar maior adesão da população.Isso porque os caminhões circulam com a ocupação inferior a sua capacidade. O serviço que é realizado porta a porta uma vez por semana, em dias alternados aos da coleta domiciliar, funciona de segunda a sábado, em dois turnos, inclusive feriados, atendendo perfeitamente a demanda.

De acordo com o SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, o Rio de Janeiro se encontra entre as sete capitais que mais reciclam, ficando atrás de Brasília, Porto Alegre, Maceió, Curitiba, São Paulo e Campo Grande.

Hoje coletamos cerca de 10% do percentual máximo de 30% de resíduos potencialmente recicláveis. Se a população aderir mais a separação dos recicláveis dentro de casa, podemos alcançar a meta mais alta.

É muito simples, basta separar os resíduos secos e limpos dos úmidos e orgânicos. Além de colaborar com o planeta, já que reduz a quantidade de lixo levada para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica, aumentando a vida útil do aterro, garante emprego, renda e a sobrevivência digna de muitas famílias.

Todo o resíduo reciclável recolhido é encaminhado a 22 cooperativas de catadores cadastradas na Comlurb, que fazem a separação, enfardamento e comercializam com empresas recicladoras. Não temos outra saída para questão ambiental que não seja aderir aos 3 Rs da sustentabilidade (Reciclar, Reduzir e Reutilizar). Estamos investindo para isso.

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