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sábado, 31 de dezembro de 2011

Lixo na areia da praia

Colocar um container na areia é uma mensagem para o usuário da praia de que aquele ponto é o correto para colocar o lixo. Como se estivéssemos dizendo para o cidadão: “sua participação na limpeza da praia termina quando você coloca seu lixo neste ponto”. Uma vez feita a parte do cidadão a responsabilidade a partir daquele ponto é do gari.

A questão operacional é onde colocar o container. Se ficar em um local próximo ao banhista, mas de difícil acesso o acúmulo de resíduos significa que a população fez a parte dela, mas o gari não. Portanto, o container deve ficar onde for melhor operacionalmente considerando acessos de equipamento e esforço do gari.
A faixa de areia da calçada até o mar pode ser dividida em faixas de uso. A primeira faixa, mais próxima da calçada, é a dos esportes com quadras de vôlei e futebol de areia, a segunda faixa é uma linha de barraqueiros e a ultima mais próxima da areia é a faixa de uso dos banhistas que ficam concentrados de tal forma que inviabiliza o manejo de resíduos e acesso de equipamentos. Copacabana tem uma faixa de areia tão larga que podemos acrescentar também uma zona desértica onde a areia é tão quente que não é usada, mas é ideal para a circulação de equipamentos mecanizados

Colocar containers na faixa de uso dos banhistas é suicídio, não haverá acesso produtivo para a remoção dos resíduos acumulados, o acúmulo é certeza de reclamações. Na faixa dos barraqueiros os containers serão usados pelos barraqueiros e o acumulo exigirá esforço do gari para puxada do resíduo até o ponto onde os equipamentos têm acesso. Colocar os containers na faixa de esportes seria mais produtivo, mas pode gerar reclamações por interferência nas quadras de vôlei e futebol.
Considerando o que foi dito acredito que a melhor posição para os containers é a mais próxima possível da calçada. Neste ponto o acesso de viaturas e equipamentos garante a maior freqüência de remoção com menor esforço dos garis. O objetivo operacional durante o dia seria percorrer a linha de containers tantas vezes quanto necessário para garantir o fluxo de escoamento dos resíduos da areia.


Uma campanha direcionada ao banhista para levar seu lixo para os sei lá quantos containers dispostos junto à calçada reforçaria a mensagem que a participação da população na limpeza da praia está em levar o lixo para fora da areia.
Também os barraqueiros, da mesma forma que se esforçam para transportar barracas de praia, cadeiras, geladeiras de isopor cheias de gelo e latas, diariamente para dentro e fora da areia, teriam por imposição de alvará que transportar o lixo gerado na barraca devidamente ensacado para a linha de containers junto à calçada.
No final do dia o lixo remanescente espalhado na areia seria um indicador da incivilidade do banhista e desrespeito do barraqueiro às normas impostas ao seu lucrativo comércio. Claro que continuaria havendo a limpeza das areias, mas a imagem seria de um serviço necessário porque a adesão à boa prática de levar o lixo para fora da areia não é total, culpa do banhista.

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