Ao longo de algum tempo desenvolvi uma metáfora que compara a rotina operacional da Limpeza Urbana com a prática do remo olímpico, esporte que tanto gosto e pratico.
O remo olímpico é uma repetição contínua de um mesmo ciclo, o ciclo da remada composto de um conjunto de movimentos iguais para todos no barco e também para todos de todos os barcos em regata. Diferente de outros esportes como o futebol onde um ou outro jogador se destaca em relação aos demais e o movimento é livre dentro do gramado, o remo olímpico exige que todos façam a mesma rotina de movimentos.
Da mesma forma o dia a dia da Limpeza Urbana é uma repetição contínua de mesmos procedimentos e protocolos. O varrido ontem é varrido hoje e o será amanhã, os roteiros de coleta percorrem os mesmos logradouros, as feiras são no mesmo dia a cada semana. O gestor de Limpeza Urbana gerencia a rotina, que é semelhante entre as diversas regiões.
Barcos com remadores executando os mesmos movimentos têm velocidades diferentes alcançadas pelo esforço e dedicação de seus atletas e, principalmente atenção aos detalhes do conjunto de movimentos de cada remada, da primeira a última na regata. Não adianta ser a melhor gestão de Limpeza Urbana no inverno quando a demanda é menor e perder a regata no verão quando tudo parece complicar, das férias escolares ao aumento na velocidade de crescimento da vegetação, passando é claro por eventos tipo Reveillon e Carnaval.
No remo olímpico também existe a figura do timoneiro, o “patrão”, atleta que não rema, mas conduz o barco, orienta o ritmo das remadas, motiva. Nas palavras de um remador: “o timoneiro ajuda quando a saca de arroz cai nas costas”, lá pelo meio da regata quando todo o corpo grita para reduzir o esforço e o cérebro se questiona o porquê daquele sofrimento, o timoneiro faz o remador fazer mais que gostaria. O gestor de Limpeza Urbana seja ele Diretor, gerente, encarregado é o timoneiro do conjunto de atletas garis.
Somente uma equipe muito entrosada, disciplinada e experiente prescinde de um timoneiro, como os barcos “sem patrão”. Mesmo nestes casos a figura do timoneiro é substituída pela lembrança do treinador acompanhando o barco com sua lancha.
Enfim o dia a dia da Limpeza Urbana é como o remo olímpico, maravilhoso!
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