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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

LIXO EM ENCOSTAS

A maior evidência da falta de compromisso de uma pessoa com o espaço público que a cerca é a existência de lixo em uma encosta. O que pensa alguém que joga o lixo na encosta ao lado de sua casa? Pensa? Será que tem a convicção que o lixo desaparece quando a cobertura vegetal aparecer? Passa por sua cabeça que o lixo não tem relação com os ratos, com o odor, com o risco de deslizamentos? Talvez seja uma forma de expressão buscando algo incompreensível quando aparece a turma de garis para limpar a encosta, algo tipo: “veja como eu consegui fazer alguém trabalhar por mim!” Pior que existe o Sistema de Limpeza Urbana presente logo ao lado, provavelmente no início da viela ou escadaria, está ali com sua rotina de containers, veículos e garis.













Se a pessoa sobe com o saco de compras porque não desce com o saco de lixo que é mais leve?
Lixo em encosta é pior do que o também desastroso lixo jogado em rios, pois quem arremessa algo nas águas tem a esperança, ou desculpa, de que a correnteza levará o resíduo para longe. O lixo em encosta fica ali, inerte, exposto, causando um problema sanitário, social, estético, moral visível até os garis aparecerem para removê-lo.

Surpreendente é as diversas vezes que os Garis são postos como vilões do lixo em encosta. A encosta está suja porque os garis não limparam... Não! Não! A encosta está suja porque o lixo é arremessado por pessoas! Por moradores! Por cidadãos!
Uma rotina de limpeza de encostas que exige uma turma específica até de especialistas em escalada e rapel é uma triste necessidade pelo comportamento selvagem de pessoas que usam o discurso da exclusão para fazer o que bem entendem.


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