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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Paes anuncia plano para reduzir gastos com limpeza

Publicada em 23/11/2009 às 23h43m O Globo

    A praia do Leme, com garrafas plásticas abandonadas por banhistas / Foto: Fábio Rossi - O Globo
RIO - O prefeito Eduardo Paes lançou nesta segunda-feira um desafio à população: diminuir o lixo nas praias já no próximo fim de semana. Paes apelou aos cariocas para que tomem a iniciativa de jogar as sobras nas lixeiras e afirmou que, se o apelo não funcionar, não descarta retomar a medida da Secretaria de Meio Ambiente (SMA) de proibir a venda de coco verde pelos barraqueiros nas praias.
" As pessoas têm que ser menos porcas e parar de jogar coisas na areia "

- As pessoas têm que ser menos porcas e parar de jogar coisas na areia. Vamos fazer o seguinte: no próximo fim de semana de praia lotada, ninguém joga o coquinho na areia. Leva para o lixo. Senão, o coco será proibido de novo, como castigo.
Paes disse que irá propor uma meta de limpeza para os cariocas dentro do planejamento estratégico do Rio, que será anunciado em 7 de dezembro. A meta será atrelada a investimentos: o que deixar de ser usado pela Comlurb na limpeza será aplicado em obras, sobretudo na área de saúde.
Secretário vai dar explicações a Paes
A proibição havia sido anunciada pelo Comitê Gestor da Orla e confirmada pelo secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz. Nesta segunda-feira, ele disse que a proibição não tinha como foco principal a questão do lixo, mas sim a saúde dos banhistas. Segundo o secretário, como as barracas não têm ligação de água corrente, não há como garantir um manuseio adequado de alimentos:
- Não era questão de lixo grande ou pequeno. O lixo a Comlurb tira.
Ainda segundo Muniz, o aspecto do lixo na areia era secundário, porque o novo padrão de barracas que será adotado na orla já disporá de contêineres da Comlurb para separação dos detritos. Ele disse que vai procurar Paes para explicar sua ideia.
Uma enquete realizada pelo site do Globo perguntou a opinião dos leitores sobre a proibição e recebeu 1.553 votos. Quase 44% das pessoas responderam que são contrários, porque é delicioso tomar água de coco na praia. Cerca de 26% também não concordaram com a medida, já que o coco é biodegradável. Menos de 25% foram a favor, apoiando o argumento da sujeira que a fruta causa na praia; e 5 % alegram que o coco pode machucar as pessoas na areia.

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