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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Garis fazem manifestação no Centro e dizem que a Prefeitura não cumpriu acordo coletivo da categoria

Acordo firmado em abril garantia que todos os funcionários da Comlurb seriam contemplados pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) até o final de agosto. Prefeitura diz que vem implementando os benefícios de forma gradativa.



Funcionários da Comlurb cobram do prefeito Crivella o acordo coletivo firmado em abril — Foto: Divulgação
Funcionários da Comlurb cobram do prefeito Crivella o acordo coletivo firmado em abril — Foto: Divulgação


Funcionários da Comlurb se encontraram, nesta segunda-feira (16), em frente a sede da Prefeitura do Rio, no Centro, para protestar contra a quebra de um acordo coletivo, que garantia que todos os trabalhadores da empresa seriam contemplados pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), até o final de agosto.

O acordo firmado em abril foi proposto pela Comlurb e aprovado em assembleia do Sindicato dos Empregados das Empresas em Asseio do Município do Rio (Siemaco-Rio). O Ministério Público e o Tribunal Regional do Trabalho também participaram das conversas na época. O acerto entre as partes fez com que os garis suspendessem uma greve que afetava a coleta de lixo em vários pontos da cidade.

Na data da última reunião, a Prefeitura, a Comlurb e os trabalhadores aceitaram um aumento de 4,7% apenas no salário dos funcionários, mantendo o vale alimentação e outros benefícios congelados. Na ocasião, também ficou acertado que, até o final de agosto, todos os funcionários da empresa estariam contemplados pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Segundo o vice-presidente do sindicato da categoria, Gilberto Cesar de Alencar, a Prefeitura quebrou o acordo proposto e só incluiu no PCCS os garis com funções de coleta de lixo, poda de árvores, alpinistas e outras funções de serviços de rua.


O representante dos trabalhadores afirmou que os funcionários administrativos, os que trabalham na preparação de comida, vigias e auxiliares de serviços gerais não foram contemplados. Do total de 22 mil funcionários ativos da Comlurb, cerca de 5 mil ficaram de fora do Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

"Desde 2017 esse plano está sendo empurrado de ano para ano. Foi feito o acordo coletivo e mesmo assim não foi cumprido. O Ministério Público já determinou que isso deveria ser cumprido até o final de agosto", disse Gilberto durante o protesto.

O sindicalista também disse que a falta de diálogo com o Poder Executivo é um problema para a categoria. Gilberto comentou que os trabalhadores esperam um encontro com o prefeito Marcelo Crivella.

"A assembleia de hoje foi para convocar esses trabalhadores e para começar uma nova forma de cobrança. Estamos tentando evitar uma grave, mas não vamos medir esforços se a Prefeitura não cumprir com a promessa que foi feita", comentou o vice-presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas em Asseio do Município do Rio (Siemaco-Rio).


O que diz a Comlurb

Em nota, a Comlurb informou que "até agosto de 2019 promoveu significativos investimentos e implementou de forma gradativa o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), beneficiando 3.318 empregados".

"Vale destacar que todos os enquadramentos realizados obedecem ao disposto no Acordo Coletivo celebrado, com os efeitos financeiros retroativos a outubro de 2018, condição negociada com a categoria, garantindo, a um só tempo, o cumprimento responsável por parte da Comlurb e ausência de prejuízo por parte dos empregados".

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