Translate

sábado, 10 de outubro de 2020

Retorno ao trabalho presencial demanda psicologia corporativa, alerta especialista

Diretora da Prime Talent orienta profissionais desenvolverem inteligência emocional, enquanto empresas devem adotar ações de acolhimento.

CIO magazine

A medida que muitas empresas dão sequência aos seus planos de retorno às atividades presenciais ou ainda passam a optar pelo modelo híbrido de trabalho, uma das grandes preocupações neste momento é em relação ao gerenciamento das emoções e do bem-estar mental dos profissionais.



Para a diretora, board advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, é preciso que as organizações tenham particular atenção neste momento, pois o retorno aos escritórios pode desativar as defesas psíquicas e exacerbar sentimentos como estresse, angústia, ansiedade e depressão. De um lado, para os profissionais, indica-se desenvolver ainda mais sua inteligência emocional, ao passo que as empresas precisam adotar estratégias de acolhimento, escuta e acompanhamento para identificar sinais de transtornos, ainda que leves.

Bárbara, que também tem formação em psicologia, lembra que, diante da pandemia, todos tiveram que se reinventar e alterar completamente suas rotinas. Agora, novamente, precisam se adaptar a um “novo normal” no local de trabalho, com alguns vivenciando o medo do contágio pelo coronavírus, outros que estavam felizes com a atuação remota, além daqueles que apresentam sequelas do isolamento ou dificuldades particulares.

“A volta pode ser até mais desafiadora para as lideranças, por isso o gerenciamento das emoções é muito importante. Não se pode negligenciar esse aspecto, que tem grande impacto na motivação da equipe, na performance dos profissionais, nos resultados e no lucro das companhias”, destaca.

A executiva observa que, assim como estão atentas à segurança e à saúde física dos colaboradores, os líderes devem ampliar a psicologia corporativa, com implementação de avaliações de sintomas emocionais e de ações eficazes para reduzir ou prevenir eventuais problemas, garantindo o bem-estar mental de todos. Inclusive, daqueles que seguirão em home office. “É necessário, mais uma vez, que as organizações se adaptem com rapidez e da forma mais natural e humanizada possível, minimizando possíveis abalos psicológicos”, completa.

Por outro lado, Bárbara lembra que cada pessoa também tem que fazer a sua parte. “No mundo atual, mais do que nunca, a necessidade de buscar o autoconhecimento e trabalhar as próprias emoções de forma inteligente e produtiva aumentou exponencialmente. A inteligência emocional é, hoje, um dos principais diferenciais no mundo corporativo. Está ligada ao autocontrole, automotivação, empatia e relações sociais”, detalha.

Assim, a dica para evoluir nessa habilidade é ampliar a consciência de si próprio e a capacidade de reconhecer os desencadeadores emocionais, os pontos fortes e fracos, valores e objetivos, aconselha a executiva. "E de que maneira tudo isso afeta os pensamentos e comportamentos no dia a dia", finaliza.

Nenhum comentário: