Diretora da Prime Talent orienta profissionais desenvolverem inteligência emocional, enquanto empresas devem adotar ações de acolhimento.
A medida que muitas empresas dão sequência aos seus planos de retorno às atividades presenciais ou ainda passam a optar pelo modelo híbrido de trabalho, uma das grandes preocupações neste momento é em relação ao gerenciamento das emoções e do bem-estar mental dos profissionais.
Para a diretora, board advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, é preciso que as organizações tenham particular atenção neste momento, pois o retorno aos escritórios pode desativar as defesas psíquicas e exacerbar sentimentos como estresse, angústia, ansiedade e depressão. De um lado, para os profissionais, indica-se desenvolver ainda mais sua inteligência emocional, ao passo que as empresas precisam adotar estratégias de acolhimento, escuta e acompanhamento para identificar sinais de transtornos, ainda que leves.
Bárbara, que também tem formação em psicologia, lembra que, diante da pandemia, todos tiveram que se reinventar e alterar completamente suas rotinas. Agora, novamente, precisam se adaptar a um “novo normal” no local de trabalho, com alguns vivenciando o medo do contágio pelo coronavírus, outros que estavam felizes com a atuação remota, além daqueles que apresentam sequelas do isolamento ou dificuldades particulares.
“A volta pode ser até mais desafiadora para as lideranças, por isso o gerenciamento das emoções é muito importante. Não se pode negligenciar esse aspecto, que tem grande impacto na motivação da equipe, na performance dos profissionais, nos resultados e no lucro das companhias”, destaca.
A executiva observa que, assim como estão atentas à segurança e à saúde física dos colaboradores, os líderes devem ampliar a psicologia corporativa, com implementação de avaliações de sintomas emocionais e de ações eficazes para reduzir ou prevenir eventuais problemas, garantindo o bem-estar mental de todos. Inclusive, daqueles que seguirão em home office. “É necessário, mais uma vez, que as organizações se adaptem com rapidez e da forma mais natural e humanizada possível, minimizando possíveis abalos psicológicos”, completa.
Por outro lado, Bárbara lembra que cada pessoa também tem que fazer a sua parte. “No mundo atual, mais do que nunca, a necessidade de buscar o autoconhecimento e trabalhar as próprias emoções de forma inteligente e produtiva aumentou exponencialmente. A inteligência emocional é, hoje, um dos principais diferenciais no mundo corporativo. Está ligada ao autocontrole, automotivação, empatia e relações sociais”, detalha.
Assim, a dica para evoluir nessa habilidade é ampliar a consciência de si próprio e a capacidade de reconhecer os desencadeadores emocionais, os pontos fortes e fracos, valores e objetivos, aconselha a executiva. "E de que maneira tudo isso afeta os pensamentos e comportamentos no dia a dia", finaliza.
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