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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O custo da Cessão de Empregados

Diagnóstico realizado no início de 2017 apontou que existem 123 empregados da Comlurb cedidos a outros órgãos a um custo mensal de R$ 1.2 milhões em salários e encargos.

A maior parte, 88 empregados, é cedida a órgãos da administração direta municipal, sendo que são 37 para a Secretaria Municipal de Fazenda. Outros estão cedidos à Câmara Municipal, ao Tribunal de Contas e órgãos da Administração Indireta municipal como fundações, institutos e até mesmo outras empresas públicas! Existem casos também de cedidos ao Estado do rio de Janeiro e seu tribunal de contas.

O maior valor individual de salário com encargos chega a R$ 42 mil para um Arquiteto cedido a Secretaria Municipal de Saúde.

A cessão mais antiga é de um Agente Administrativo trabalhando fora da Companhia desde 1998 a um custo mensal de R$ 18 mil. Fora da Companhia a mais de 10 anos são 71 casos e os anos de maior evasão são 2000 e 2009 com 30 e 20 casos respectivamente.

Chama atenção o Biólogo cedido à Prefeitura Municipal de Paracambi e o borracheiro cedido à Prefeitura Municipal de Queimados.

Em um ambiente de recursos escassos é estratégico buscar meios de maximizar o uso dos recursos. Ceder empregados para outros órgãos reduz a capacidade administrativa e operacional da Companhia e gera um custo mensal que em nada agrega valor a sua missão.

Em 2017 os empregados passaram a ser cedidos com contrato de trabalho suspenso, ou seja, sem ônus para a empresa e foi publicada Ordem de Serviço “N” 056, de 09 de agosto de 2017, determinando a analise de todos os processos de cessão de empregados considerando as normas e regulamentos vigentes na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, promovendo as ações necessárias para retorno do empregado ou, na medida do possível, prorrogação da cessão com suspensão de contrato de trabalho. No entanto, a iniciativa foi esquecida após a mudança de administração da Companhia.

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