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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Casa de Banho de Dom João VI

A Casa de Banho de Dom João VI, na cidade do Rio de Janeiro, é um casarão do início do século XIX de nove cômodos e alpendre, de propriedade do negociante de café Antonio Tavares Guerra. A construção adquiriu certa fama por D. João VI, após a instalação da família real portuguesa no Rio de Janeiro, ter a usado para tomar banhos de mar na região, atual bairro do Caju, que, à época, desfrutava de uma paisagem natural intocada.

 Os banhos de mar de D. João VI foram uma recomendação médica para curar a infecção da mordida de um carrapato. Além disso, à época, o trajeto percorrido da residência da corte no Paço de São Cristóvão até o Caju era concluído sem dificuldades.

Em 1938, o casarão foi tombado pelo IPHAN. Entretanto, como não abrigava nenhuma instituição, acabou sendo ocupado por um grupo de pessoas. Décadas depois, em 1961, já no governo de Carlos Lacerda, a construção foi desocupada. Mas continuou sem utilidade e, por mais de uma vez, quase desabou.

Em 1979, o escritor Rubem Fonseca, então diretor da Fundação Rio, sugeriu que a casa se transformasse em centro de artesanato. Todavia, o plano não foi adiante.

No ano de 1985, foram iniciadas obras de restauração do imóvel. As obras foram finalizadas, o casarão voltou a ser como era nos tempos de glória, mas seguiu sem função e três anos depois foi ocupado por uma família sem-teto.

Na década seguinte, em 1996, foi feita uma nova restauração, com financiamento da COMLURB em parceria com a Região Administrativa da Zona Portuária, e passou a ser o Museu da Limpeza Urbana, ganhando função e valorização.  No entanto, em 2012, o museu foi fechado para visitação devido à falta de segurança no bairro do Cajú.

O casarão resiste ao tempo pronto para ser útil em alguma nobre função.  Em seu interior, jaz o acervo histórico da Limpeza Urbana aguardando pacientemente por um novo momento de valorização cultural. 








Antiga carrocinha de lixo

Acervo guardado no interior do casarão

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