segunda-feira, 28 de maio de 2012
Um caminhão coletor de 15m3 manobra em uma rua para coletar lixo público acumulado em um ou dois sacos verdes pelo gari de varrição. Algum tempo depois, iniciado um novo turno de trabalho outro caminhão exatamente do mesmo tipo manobra na rua para, desta vez coletar os sacos de coleta domiciliar dispostos no calçamento pelos moradores.
Dois caminhões passando no mesmo logradouro com diferença de poucas horas, um para coletar lixo público e outro para coletar lixo domiciliar. Não seria melhor um caminhão passando somente uma vez para coletar todo o resíduo do logradouro?
A coleta de lixo, sendo ele público ou privado, é uma operação logística, trata de trazer o resíduo de inúmeros pontos para poucos pontos, as centrais de compactação, estações de transferência ou direto para o aterro sanitário.
A dinâmica da separação do lixo público e lixo domiciliar parece com uma empresa de logística passando em um ponto de entrega para deixar um pacote azul para depois passar novamente para deixar o pacote vermelho. Parece que em nome da diferenciação lixo público e lixo domiciliar oportunidades melhorias na eficiência da frota.
Como opção poderia haver diferenciação baseada no tipo de equipamento: "Lixo Compactável" como sendo todo aquele, público ou domiciliar, que pudesse ser transportado em caminhões com compactação dentro de suas características operacionais. "Lixo não compactável" como sendo todo aquele, público ou domiciliar, que devesse ser transportado em caminhões sem compactação (basculantes, poliguindastes, carroceria fixa).
Sabendo o histórico de “lixo compactável” podemos quantificar frota de caminhões coletores, por sua vez, com o histórico de “lixo não compactável” decidimos pela frota de basculantes ou poliguindastes.
Outro aspecto é que quanto mais ordenado é o lixo, público ou domiciliar, maior será o uso de caminhões coletores com compactação, mais produtivos em peso e volume que os sem compactação. O ordenamento do lixo não compactável fica por conta da remoção programada de entulho e bens inservíveis em basculantes e a remoção de caixas metálicas com os poliguindastes. O uso de basculantes para cata a cata em logradouro ou remoções mecanizadas (uso de pás mecânicas) em pontos de despejo irregular é a medida da desordem no sistema.
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