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terça-feira, 3 de março de 2020

Atacado e Varejo na Limpeza Urbana



Existem dois modus operandi na Limpeza Urbana: os serviços por “atacado” e os serviços no “varejo”


Os serviços por atacado são as grandes operações programadas que mobilizam recursos de várias regiões para atender algum evento específico. São exemplos destes serviços por atacado a limpeza das praias no Réveillon, limpeza dos festejos de carnaval de rua e sambódromo, limpeza dos Jogos Olímpicos e por aí vai.


Também podem ser considerados serviços por atacado os mutirões operacionais para resolver alguma lacuna de atendimento. Mesmo com nomes mais sugestivos como “ação integrada”, “operação conjunta”, “operação concentrada”, não deixam de ser uma solução emergencial de alguma lacuna causada por falta de ação rotineira.


Na ação rotineira estão os serviços no varejo, ou seja, aquelas atividades repetitivas do dia a dia, a varrição, o roteiro de coleta, a roçada do canteiro, quase em sua maioria realizadas por um ou poucos empregados, com supervisão eventual durante a jornada.





A festa!

Nos serviços por atacado estão as apurações de resultado e os noticiários. É no trabalho de empreitada, com muitos empregados e recursos concentrados, com supervisão de vários níveis presente, que se constrói a imagem da excelência. 

Os serviços por atacado tem uma grande chance de atingir seus objetivos, serem eficazes, pois são programados com redundância e proximidade de supervisão, e, fugindo da rotina, são agradáveis para os empregados que trabalham mais motivados e com alguma sinergia. 

No entanto, os serviços por atacado estão longe de serem eficientes pois, sendo programados com redundância de recursos e supervisão, não tem condições de conseguir o melhor rendimento, são essencialmente dispendiosos!

A rotina!

Na rotina do dia a dia, nos serviços no varejo, residem a disciplina, capacitação, motivação e efetividade operacional, a capacidade de produzir um real efeito na limpeza da cidade. É no empregado sozinho realizando sua atividade em logradouro com pouca ou nenhuma supervisão é onde está a verdadeira força operacional! 

A busca da excelência, a verdadeira, não a imaginária, está na atenção dedicada na efetividade da operação rotineira.

Quem percebe essa diferença entre atacado e varejo, entre festa e rotina, entre imagem operacional e força operacional, provavelmente direciona os faróis para a melhoria dos processos rotineiros, e encara as festas somente como projetos, que tem início e fim. 

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