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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Lean Service - Cultura da Humildade

Executivos que fazem tarefas manuais são valorizados.



O budismo (que na verdade não é uma religião, pois nela não há deus) prega a humildade para fazer a limpeza. Daí vem o costume de, uma vez por ano, o presidente da empresa participar de eventos de limpeza também ao redor da fábrica. O aprendiz de monge budista (e também o lutador de sumô) deve limpar a toalete do templo.

Para os japoneses, executivos que fazem tarefas manuais são valorizados. Isso não ocorre na China e na Índia, onde as tarefas intelectuais são mais valorizadas. Nem na maioria dos países do ocidente onde essas atividades são consideradas “inferiores”.

Nas escolas japonesas, os próprios alunos limpam as salas de aula e, nos bairros, é comum ver voluntários fazendo mutirões de limpezas dos bueiros, praças e ruas.

                                          Funcionários limpam ao redor da empresa           


No Japão, é muito comum, uma vez por ano, a diretoria da empresa tendo na frente o CEO ou o fundador, realizar mutirões de limpeza na empresa e nos arredores. Perguntem a “dekaseguis” (brasileiros ou não que vão para o Japão trabalhar).





Uma questão de bom senso!

Interessante que as pessoas não estão acostumadas a ver um gerente, executivo, chefe realizar atividades comuns aos demais trabalhadores. Enquanto algumas ficam positivamente surpresas por sua “humildade”, outras alimentam sentimentos negativos acusando de “gesto midiático”.

A verdade é que realizar tarefas comuns aos demais trabalhadores é uma forma do gestor perceber a dinâmica do processo que é responsável e perceber coisas que podem ser melhoradas. Nenhum estudo substitui a experiência de fazer, ainda que em breves momentos.

É a busca do bom senso!

Ajudando na Limpeza de um Bloco de Carnaval

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