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segunda-feira, 11 de maio de 2015

‘Laranjões’ da Comlurb começam a tomar as ruas da cidade

Mulher usa o novo contêiner da Comlurb na Lapa: até o fim do ano serão instalados 4.800 na cidade

Mulher usa o novo contêiner da Comlurb na Lapa: até o fim do ano serão instalados 4.800 na cidade 

Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
RIO — Desde a última terça-feira, algumas ruas no Centro começaram a receber contêineres laranjas da Comlurb para depósito de lixo doméstico. Depois de uma fase de testes feita no ano passado no Jardim Oceânico, na Barra, e nas comunidades de Manguinhos e do Jacarezinho, a companhia iniciou o programa de expansão dos “laranjões” — que comportam até 900 quilos de lixo —, para mais bairros do Rio. Segundo o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, até o fim de maio, serão 2.000 na cidade, e o número deve aumentar 140% até o final deste ano, chegando a 4.800.

— No Jardim Oceânico, não houve diferença em relação à coleta que já fazíamos antes. Mas os testes em comunidade se mostraram excelentes para o novo modelo. Decidimos, então, privilegiar comunidades e bairros onde há grande circulação de pessoas para continuar o programa — disse Roriz, sem especificar exatamente as áreas que receberão contêineres nas próximas semanas.

As novas lixeiras servem tanto para material descartado em sacolas plásticas quanto para pequenas embalagens. Para abri-la, basta pisar na haste de metal na parte de baixo da lixeira. Caminhões adaptados com um braço mecânico esvaziam os recipientes três vezes por semana, e um veículo especial é responsável por limpá-los a cada sete dias.

De acordo com as pesquisas internas da Comlurb, no Jacarezinho e em Manguinhos o indicador de limpeza passou de 30 para 60 (numa escala que vai de 0 a 100). Nos últimos meses, também receberam contêineres as favelas da Rocinha, Cidade de Deus, Gardênia Azul e Maré. A distribuição foi de acordo com critério de avaliação interno.

— Nossa prioridade será as Zonas Norte e Oeste. Vamos continuar monitorando a cidade, para que a expansão ocorra de forma distribuída e ordenada — completou Roriz.

Mas as novas lixeiras já começam a provocar polêmica. Como alguns contêineres foram instalados sobre as calçadas, em lugares como a Rua do Resende, no Centro, quase não sobra espaço para os pedestres circularem. Ali, o depósito virou um trambolho. A lojista Ilda Gomes, que trabalha na região, diz que depois da instalação do contêiner a limpeza melhorou, mas faz ressalvas em relação ao tamanho da peça.

— Eu achei a nova lixeira muito grande. Mas, pelo menos, resolveu o problema. Como o caminhão do lixo não tem hora para passar, às vezes as sacolas de lixo nas calçadas se abriam. Agora não temos mais esse problema — disse Ilda, contando que prefere ter que desviar da lixeira na calçada a ver o lixo espalhado na rua.

A Comlurb não revela o valor do investimento feito para a instalação dos contêineres. A empresa afirma que o novo sistema vai permitir o ganho de produtividade no recolhimento de lixo, já que exigirá um número menor de funcionários na coleta de sacolas com material descartado.



Foto durante o teste de campo em 2013


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