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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Grama e canteiros viram mato alto pela cidade


Terreno ao lado da prefeitura, no Centro: mato toma conta
Terreno ao lado da prefeitura, no Centro: mato toma conta Terreno ao lado da prefeitura, no Centro: mato toma conta Foto: Márcia Foletto / Extra


A Estrada do Mato Alto fica na Zona Oeste. Mas o nome cairia bem em várias vias das zonas Norte e Sul ou do Centro, a julgar pelo serviço de capina da prefeitura. A responsabilidade é da Comlurb, que, para justificar o matagal, alega passar por reestruturação para rever métodos de trabalho adotados por antigas diretorias, formadas por indicações políticas do prefeito Marcelo Crivella.

Canteiro central da Avenida Rio Branco, no Centro
Canteiro central da Avenida Rio Branco, no Centro Canteiro central da Avenida Rio Branco, no Centro Foto: Márcia Foletto / Extra

Sem citar o economista e pastor evangélico Rubens Teixeira, um de seus antecessores, o atual presidente da Comlurb, Tarquínio Almeida, funcionário de carreira, disse que as gestões anteriores foram ineficientes.

— Essa administração assumiu no fim de fevereiro com o objetivo de restabelecer o trabalho de gestores técnicos na Comlurb. Tivemos, no passado recente, pessoas que vieram de fora, indicações políticas que não tiveram desempenho adequado. Agora, a gestão conta com profissionais da casa.

O fato é que a falta de conservação de áreas públicas virou alvo de reclamação da população.

— Os garis só capinam o Aterro do Flamengo de vez em quando, demoram muito para voltar. O parque é enorme. Capinam de um lado, e o outro fica com aspecto de abandono — queixa-se a aposentada Maria Almeida.

Tarquínio é o 4º presidente da companhia na gestão Crivella. Em 2017, o comando da empresa foi entregue ao funcionário de carreira Gustavo Puppi, substituído em outubro por Teixeira, que em janeiro foi afastado por ordem judicial, já que não poderia comandar a empresa por ter sido candidato a vereador. Sérgio Martins de Oliveira o substituiu até Tarquínio assumir. Procurado, Teixeira rebateu as críticas:

— Os currículos e a experiência falam por si só.

Segundo a Comlurb, 900 garis trabalham diariamente com ceifadeira mecânica e equipamentos manuais, como enxadas. O atual presidente da Comlurb diz também que, além de questões administrativas, as chuvas constantes do último verão atrapalharam:

— As chuvas deslocaram muita terra das encostas. As equipes de manutenção priorizaram a remoção dessa terra para evitar que os ralos entupissem — afirmou Tarquínio, acrescentando que as equipes passaram a trabalhar em três turnos.

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