O movimento de tirar uma foto com as escassas lixeiras do bairro teve início no grupo Copacabana Alerta no Facebook. A proposta das fotos é denunciar de forma bem-humorada o problema da falta de lixeiras em Copacabana e divulgar aos integrantes do grupo a localização das poucas unidades. A primeira imagem publicada, no dia 10 de janeiro, foi do personal trainer Bruno Rios.
— O problema das lixeiras vem de muito tempo e tem se agravado a ponto de não acharmos nenhuma. Como todos já reclamaram com a prefeitura e a resposta sempre foi negativa, tive a ideia de chamar atenção de uma forma irreverente. Por mais que seja dever de, quando não houver lixeira, não jogar o lixo no chão, nem sempre vamos para casa ou não tem como guardar um papel de picolé sujo dentro da bolsa, nem dejetos de cachorro. - conta o personal.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos das ruas Domingos Ferreira, Figueiredo Magalhães e Adjacências, Paulo Thoné, diz que o problema se agravou em 2015.
— Quando vieram novas lixeiras, chegaram com defeito. Aos poucos foram retirando das ruas e até hoje a reclamação quanto a isso é grande. Onde antes havia quatro lixeiras, hoje só há uma. E isso deixa a desejar, porque o número é insuficiente. O que acontece hoje em dia é que eles botam mais gente para multar quem joga lixo no chão do que efetivamente colocam mais lixeiras.
O morador da rua Saint Roman, Ivan Leandro, também participou do protesto irreverente.
- A gente passa na rua e não tem mais lixeira, não tem onde jogar lixo. Acho que essa campanha ajuda, é um meio de protestar e as autoridades verem que as lixeiras estão fazendo falta. A gente faz essa campanha para ver se mobiliza o pessoal a botar as lixeiras.
A dentista Simone Fried, que mora próximo ao Posto 5, conta que resolveu aderir ao movimento das fotos por causa da dificuldade de jogar fora as fezes dos seus dois cachorros quando os leva para passear pelas ruas do bairro.
— Nós passeamos com os cachorros por Copacabana e percebemos que tínhamos que andar quadras e quadras com o saquinho de cocô nas mãos, porque é um tipo de dejeto que a gente não joga na bolsa, como uma lata de refrigerante ou um papel de bala, por exemplo.
A massoterapeuta Aline Almeira mora próximo ao Posto 6 e também participou do protesto.
— Realmente a situação está crítica, quase não existem mais lixeiras. Retiraram e não repuseram.
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