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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Crivella usa máquina pública para fazer campanha eleitoral


Um ouvinte da BandNews FM, que é funcionário Comlurb, denunciou que funcionários concursados e terceirizados da empresa foram coagidos a comparecer num evento político de candidatos do PRB na noite desta quinta-feira (13), à pedido do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que é do mesmo partido. Entre os políticos presentes estava Marcelo Hodge Crivella, que é candidato à deputado federal.

O funcionário, que teve a identidade preservada, afirma que todos tinham que estar presentes para “prestigiar” o evento, que aconteceu na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no Centro do Rio. 

No local, além de Marcelo Hodge Crivella, estavam presentes os seguintes candidatos: Alessandro Silva da Costa, que é candidato à deputado estadual, e Eduardo Lopes, candidato ao Senado. Todos do PRB.

O prefeito do Rio, que chegou ao local por volta das sete e meia da noite, discursou por cerca de 30 minutos e questionou o fato de ter sido proibido pelo Supremo Tribunal Federal de fazer campanha para o filho.

No evento aproximadamente 200 pessoas estiveram presentes. A grande maioria com crachá da Comlurb. No local, recebiam adesivos de candidatos do PRB. Inclusive, os nossos repórteres receberam o material. Em uma roda de conversa uma funcionária disse “tem que estar aqui”, “tem que estar aqui”.



Dois microônibus, duas vans e um carro da Comlurb, caracterizados, estavam em frente ao Centro de Operações da Prefeitura. Eles levaram parte dos funcionários ao evento. Os veículos pertencem à empresa JSL, que tem cinco contratos de prestação de serviço com a Comlurb.

Um dos candidatos, que estavam no palco com Crivella e contaram com o apoiado do prefeito no evento de ontem, era Alessandro Costa. Ele foi subsecretário da Casa Civil na gestão de Crivella e atualmente é sócio administrador da empresa Crivella Produções Artísticas e Culturais, que pertence à Raquel Crivella, filha de Marcelo Crivella.

Já Eduardo Lopes e Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito, são investigados pelo MP Eleitoral por suspeita de abuso de poder religioso. Eles são acusados de favorecimentos após um culto religioso no Templo da Glória do Novo Israel, em Del Castilho, dia 26 de agosto.

Ao fim do ato, os funcionários recebiam santinhos de campanha dos três candidatos do Partido Republicado Brasileiro. Até o momento, a Prefeitura do Rio, o Tribunal Regional Eleitoral e os demais citados não se pronunciaram sobre o caso.

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