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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Resíduos Sólidos e o Estado do Rio de Janeiro




Em 2012, com o encerramento das operações em Gramacho, a capital do Estado do Rio de Janeiro deu um grande passo para a destinação adequada dos resíduos sólidos no Estado do Rio de Janeiro. Nas palavras do Prefeito Eduardo Paes: "A partir de agora o Rio não vai mais admitir as violências contra o meio ambiente como foi esse crime ambiental por mais de 30 anos aqui em Gramacho".



Instituído 2007, o programa “Lixão Zero” não alcançou sua meta de erradicar os lixões no Estado até 2014. Nos últimos anos, resíduos dispostos em aterros sanitários voltaram a ser jogados a céu aberto sem o devido tratamento causando danos ambientais. 

A ausência de coleta de lixo ou varrição dos logradouros é rapidamente percebida pelos moradores, diferente da correta disposição final, distante dos olhos de todos. O que os olhos não veem, o coração não sente, ou melhor o orçamento não contempla. Da gestão de resíduos sólidos a primeira coisa a sentir as dificuldades orçamentárias nos municípios é a manutenção de um aterro sanitário.

Apesar de ser competência municipal a gestão dos resíduos sólidos carece de apoio do Governo Estadual promovendo organização, planejamento ou até mesmo execução de serviços na busca de soluções consorciadas ou compartilhadas entre os municípios para obter o manejo adequado do lixo visando a eliminação dos lixões de forma permanente.

Integrar os municípios por si só não garante a sustentabilidade da operação de um aterro sanitário, também não é prudente ser dependente de subsídios ou repasses estaduais ou federais, é necessário explorar o potencial econômico dos resíduos sólidos!

Principalmente criar condições para o uso de material reciclado pelas indústrias como forma de garantir o escoamento do material recolhido seletivamente. Também, incentivar a pesquisa e utilização de tecnologias que ofereçam oportunidades de redução da quantidade de resíduos destinada a aterros sanitários; regulamentar acordos setoriais visando uma logística reversa favorável aos diversos atores; e tratar os catadores como empreendedores na cadeia de valor.

O Estado deve estar presente promovendo ações para i) Redução da geração de resíduos; ii) Coleta e utilização industrial de material reciclável; iii) Compostagem da parcela orgânica; iv) Geração de energia de material não reciclável; v) Regulamentação de acordos setoriais. Completando, destinar, o que sobrar, aos aterros sanitários intermunicipais.










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