Em 2012, com o
encerramento das operações em Gramacho, a capital do Estado do Rio de Janeiro
deu um grande passo para a destinação adequada dos resíduos sólidos no Estado
do Rio de Janeiro. Nas palavras do Prefeito Eduardo Paes: "A partir de
agora o Rio não vai mais admitir as violências contra o meio ambiente como foi
esse crime ambiental por mais de 30 anos aqui em Gramacho".
Instituído 2007,
o programa “Lixão Zero” não alcançou sua meta de erradicar os lixões no Estado até
2014. Nos últimos anos, resíduos dispostos em aterros sanitários voltaram a ser
jogados a céu aberto sem o devido tratamento causando danos ambientais.
A ausência de
coleta de lixo ou varrição dos logradouros é rapidamente percebida pelos
moradores, diferente da correta disposição final, distante dos olhos de todos.
O que os olhos não veem, o coração não sente, ou melhor o orçamento não
contempla. Da gestão de resíduos sólidos a primeira coisa a sentir as
dificuldades orçamentárias nos municípios é a manutenção de um aterro sanitário.
Apesar de ser
competência municipal a gestão dos resíduos sólidos carece de apoio do Governo
Estadual promovendo organização, planejamento ou até mesmo execução de serviços
na busca de soluções consorciadas ou compartilhadas entre os municípios para
obter o manejo adequado do lixo visando a eliminação dos lixões de forma
permanente.
Integrar os
municípios por si só não garante a sustentabilidade da operação de um aterro
sanitário, também não é prudente ser dependente de subsídios ou repasses
estaduais ou federais, é necessário explorar o potencial econômico dos resíduos
sólidos!
Principalmente
criar condições para o uso de material reciclado pelas indústrias como forma de
garantir o escoamento do material recolhido seletivamente. Também, incentivar a
pesquisa e utilização de tecnologias que ofereçam oportunidades de redução da
quantidade de resíduos destinada a aterros sanitários; regulamentar acordos
setoriais visando uma logística reversa favorável aos diversos atores; e tratar
os catadores como empreendedores na cadeia de valor.
O Estado deve
estar presente promovendo ações para i) Redução da geração de resíduos; ii)
Coleta e utilização industrial de material reciclável; iii) Compostagem da
parcela orgânica; iv) Geração de energia de material não reciclável; v)
Regulamentação de acordos setoriais. Completando, destinar, o que sobrar, aos
aterros sanitários intermunicipais.
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