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domingo, 16 de setembro de 2018

Devemos cuidar de nossos verdadeiros doentes - do Seculo XIX ao Século XXI


Mutirão de reavaliação de efetivo devolve 398 policiais que estavam de licença às fileiras da PM do RJ

Número corresponde a mais de 70% das 552 reavaliações psiquiátricas realizadas por ordem da intervenção federal no estado.


O mutirão de reavaliação de efetivo em parte do contingente da Polícia Militar fluminense afastado por motivos psiquiátricos devolveu à ativa 398 policiais. Significa que dos 552 policiais reavaliados, 72% foram considerados aptos a trabalhar nas ruas, em serviços internos ou administrativos.

A 1ª fase do "mutirão" realizado por determinação da intervenção federal ocorreu entre os dias 6 e 31 de agosto deste ano. Dados da PM levantados pela corporação a pedido do G1 demonstram que, no início do mês passado, havia 2,5 mil militares afastados por problemas psiquiátricos.

Porta-voz da PM, a major Claudia Moraes disse que a avaliação na corporação sobre o trabalho desenvolvido em conjunto com as Forças Armadas é positiva. Ela também destaca o baixo número de PMs que, após serem reexaminados, ainda precisaram permanecer em LTS (licença para tratamento de saúde).

"(...) Apenas 60 policiais permaneceram nessa condição de LTS. Quer dizer que a gente está conseguindo fazer um acompanhamento desses policiais que estão com problemas psicológicos e está conseguindo retornar com policiais para o efetivo para apoiar a corporação", disse a oficial.

O trabalho de reexame é realizado por juntas de saúde compostas por um policial militar e dois militares das Forças Armadas. Durante 25 dias, quatro equipes de oficiais avaliaram cada um dos casos e chegaram aos seguintes resultados e conclusão:

Resultados

60 policiais (mais de 10%) permaneceram de licença
188 (34%) foram considerados aptos para trabalhar na atividade fim
210 policiais (38%) foram considerados aptos para trabalhar em atividades internas
15 policiais (2,7%) foram indicados para reforma (aposentadoria)
71 (12,8%) não compareceram e serão reconvocados
8 (1,4%) policiais não estavam mais de licença

Conclusão

72% (398) dos policiais reavaliados foram considerados aptos a voltar às atividades
A PM prevê que até o final de novembro o trabalho de reavaliação dos 2,5 mil policiais esteja concluído.


Fraudes

Em meio aos licenciados, a PM, por meio da Corregedoria da corporação, também tenta identificar casos de fraudes em atestados médicos que liberem os policiais de atividades militares. Um desses casos envolve um capitão-médico que, em maio deste ano, chegou a ser conduzido à 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) suspeito de violar conduta disciplinar da corporação.

O oficial, que é urologista, estava afastado das funções na corporação para tratar de problemas psiquiátricos, mas continuava a atender pacientes em quatro consultórios. As informações constam em investigação da Corregedoria da PM.

Em relação a eventuais fraudes, a porta-voz da PM considera que os efeitos de tentativas de burlar a conduta militar são "terríveis". Simular uma doença para não trabalhar, diz a major, "sobrecarrega outros companheiros que estão em condições de apto".

"A ideia de que alguém está simulando doença também tem um efeito negativo em policiais que estão com algum problema e que acabam se sentindo constrangidos em apresentar as suas necessidades por medo de sofrer algum tipo de crítica ou algum tipo de constrangimento."

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