Passado metade do mandato, a estratégia de patronagem adotada até aqui começa a perder eficácia, pois entra em jogo as expectativas quanto ao próximo resultado eleitoral em outubro de 2020. Candidatos fortes e eleição começam a influenciar, e a possibilidade ou não de uma reeleição passa a ser contabilizada politicamente.
Trabalho de Conclusão de Curso de Especialista em Gestão Pública com ênfase em governo Local:
A estratégia da patronagem consiste principalmente na negociação com membros dos partidos de oposição na busca de mais segurança no apoio parlamentar. No entanto, conforme Santos, a adoção desta estratégia produz uma falta de coesão entre os membros dos partidos da base inicial de sustentação preteridos das oportunidades de indicação de cargos. A construção de apoio através da patronagem é uma atividade renovada a cada votação independente do posicionamento anterior do parlamentar, seja ele dito de oposição ou situação. Santos (1997)
Conforme o tempo passa e novas eleições municipais se aproximam, segundo Santos, existe uma diminuição “do valor da patronagem corrente” e um aumento no valor “da patronagem potencial a ser auferida da adesão a coalizões eleitorais alternativas”. O valor atribuído pelo vereador para a indicação de um cargo oferecido pelo Executivo passa a considerar também expectativas quanto ao resultado eleitoral próximo. A patronagem “está permanentemente exposta a problemas de horizonte temporal dos deputados”. Santos (1997).
Câmara derruba veto de Crivella — e prefeito fica enfurecido com aliados
Por: Berenice Seara
O prefeito Marcelo Crivella (PRB) enviou mensagens bem zangadas por aplicativo, ontem, para mais de 20 vereadores.
Estava furioso com a derrubada de seu veto ao projeto que torna obrigatória a aprovação da Câmara para a venda de imóveis do município transferidos ao Fundo de Previdência (Funprevi).
Agora, para passar qualquer terreno ou prédio nos cobres, o prefeito terá que pedir autorização aos nobres do Pedro Ernesto.
Até tu, PRB!
O prefeito criticou duramente o desempenho do líder do governo, Jairinho (MDB). Desancou o ex-vereador Professor Uóston, recém nomeado seu subsecretário de Acompanhamento Legislativo. Sobrou até para a bancada do seu PRB — que, afinal, também votou a favor da derrubada, com exceção de Tânia Bastos.
Amostra
As péssimas línguas dizem que foi a primeira das derrotas que a Câmara pode impor a Crivella — já que o prefeito andou desrespeitando acordos e demitindo os indicados dos vereadores sem qualquer gentil aviso.
-------------------------------
Continuando...
------------------------------
'Fomos induzidos a erro', diz Jorge Felippe sobre aumento do IPTU
O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe (MDB) Foto: Divulgação / CMRJ |
Autor do projeto para reduzir o imposto predial, depois do reajuste aprovado pela Câmara do Rio em 2017, o presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB) argumenta que o aumento saiu muito acima do esperado.
"Fomos induzidos a erro", diz o moço sobre as apresentações de técnicos da Secretaria municipal de Fazenda aos vereadores. "O aumento foi acima do previsto pelas simulações, absolutamente injusto e atingiu patamares muito elevados", afirma.
Ele não é o único arrependido: junto com o presidente, outros seis nobres que aprovaram a revisão dos valores venais assinam o PL 1193/2019. São eles: Zico (PTB), João Ricardo (MDB), Célio Lupparelli (DEM), Rocal (PTB), Marcello Siciliano (PHS) e Rafael Aloísio Freitas (MDB).
Já Carlo Caiado (DEM), Junior da Lucinha (MDB), Luiz Carlos Ramos Filho (Pode) e Verônica Costa (MDB) se posicionaram contra o aumento — e pagaram o preço por isso. Na época, tanto Caiado como Junior perderam indicações na prefeitura.
Completam o time de autores da proposta Jimmy Pereira (PRTB) e Wellington Dias (PRTB), eleitos como suplentes em 2016 — e que ainda não estavam na Casa quando o novo IPTU foi aprovado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário