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quarta-feira, 17 de abril de 2019

CPI da Comlurb: Autoridades se contradizem sobre evento com Crivella


  
O prefeito do Rio Marcelo Crivella
O prefeito do Rio Marcelo Crivella Foto: Pedro Teixeira

Depois de ouvir três superintendentes regionais, os membros da CPI da Comlurb encerraram a reunião desta quarta-feira com um nó na cabeça maior do que quando a oitiva começou. É que os moços juraram de pés juntos que não sabiam do que se tratava o evento político promovido pelo prefeito Marcelo Crivella na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no ano passado.

Na ocasião, o alcaide pediu votos para seu filho, o então candidato a deputado federal Marcelo Hodge Crivella, para servidores da companhia de limpeza urbana, que foram levados ao local em veículos oficiais da empresa.

Dizem os superintendentes que achavam que o evento era uma reunião de trabalho.

No entanto, o depoimento dos moços foi rebatido pelo atual diretor de Limpeza Urbana da companhia, Paulo Mangueira, que afirmou que deixou "muito claro" ao trio que se tratava de uma reunião político-eleitoral, na qual outros candidatos do partido de Crivella também aproveitariam para pedir votos.

Agora a comissão vai ter que quebrar a cabeça para descobrir qual dos lados tem a perna curta.

O que os olhos não veem...

Mas, para o grupo, uma coisa está clara: nem toda a fala de Mangueira deve ser levada em consideração.

É que o diretor garantiu não ter visto nenhum carro da Comlurb nas imediações do evento.

Só que a investigação descobriu que o sistema de GPS de 54 veículos oficiais mostram que eles estavam próximos à quadra da Estácio no dia da reunião. Além disso, a CPI ouviu motoristas da companhia no mês passado. E eles confirmaram que levaram servidores ao encontro por ordem da chefia.

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