Aline Macedo
O prefeito Marcelo Crivella (PRB) e, no canto direito, Rubens Teixeira Foto: Reprodução / Facebook |
Em mais um capítulo do romance de capa e espada em que se transformou a relação entre a Câmara e Rubens Teixeira, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) desferiu novo golpe contra os vereadores — ajudando, de lambuja, o presidente da Comlurb a permanecer no cargo.
Nesta sexta-feira (5), o Diário Oficial publicou um ofício à Procuradoria-Geral do Município solicitando que o órgão prepare uma representação de inconstitucionalidade contra a Lei 6.314/18, que criou novas normas para a nomeação em empresas públicas.
Seguindo vários preceitos da lei federal das estatais, uma das novas regras municipais proíbe a indicação de dirigentes políticos e ex-candidatos que concorreram nos últimos três anos.
A estocada foi precisa ao atingir Teixeira: o moço, que distribuiu presentes de Natal uniformizado com o colete laranja, tentou uma cadeira no Palácio Pedro Ernesto em 2016.
Era uma vez...
O duelo começou depois que ele assumiu a Comlurb e deu ordem a seus superintendentes regionais para acabar com a linha direta com os vereadores, obrigando-os a encaminhar as demandas pela ouvidoria da companhia.
A arma escolhida para o revide foi o projeto de lei elaborado por Júnior da Lucinha (PMDB), que tramitou em regime de urgência e só recebeu dois votos contrários.
Ao saber dos apuros de seu aliado, Crivella vetou integralmente o texto.
Mas a Câmara não se deu por vencida: logo antes do Natal, ao votar a redação final da LOA deste ano, sacou outra espada da bainha e, empunhando o poder de rejeitar os vetos do Executivo, promulgou a lei, por 28 votos a 11.
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