O Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana - ISLU combina uma série de indicadores para gerar o resultado de cada cidade.
Os indicadores são:
1. Porcentagem da população atendida pelos serviços de limpeza urbana
2. Recuperação de materiais reciclados coletados
3. Destinação incorreta sobre população atendida
4. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
5. Cobrança do serviço em relação à despesa
Embora esta coleção de indicadores possa gerar um número capaz de comparar municípios sobre a universalização do serviço e manejo de resíduos sólidos utilizando os três primeiros, alguma reserva deve ser feita ao afirmar, por exemplo, que uma cidade é mais limpa que a outra.
O IDHM considera renda, educação e saúde, parâmetros com pouca gerência dos responsáveis pela limpeza urbana, exceto que haveria alguma relação entre população mais abastada e ambiente limpo. O Índice de Desenvolvimento Humano IDHM em Niterói é 0,886 e no Rio é 0,7999, Niterói seria mais limpo que o Rio de Janeiro por isso?
O indicador relativo à cobrança do serviço em relação à despesa, chamado Sustentabilidade Financeira, é a meu ver o de maior risco de distorcer o ISLU. A Comlurb, por exemplo, realiza uma série de serviços urbanos que não são inerentes ao que se chama de Limpeza Urbana, entre eles, limpeza de escolas, hospitais e prédios públicos, controle de vetores, manutenção de praças. Isso é considerado despesa com manejo de resíduos na apuração do ISLU? Outra coisa é que é possível somente estabelecer cobrança por serviços públicos divisíveis como é a coleta domiciliar, e os serviços de limpeza urbana não divisíveis, como ficam na Sustentabilidade Financeira?
Para não cometer o erro de apregoar que uma cidade é mais limpa que a outra por causa da diferença entre o Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana – ISLU, este índice deveria se chamar algo como Índice de Sustentabilidade de Manejo de Resíduos – ISMR utilizando somente os três primeiros indicadores da coleção. Desta forma, diferenças do imaginário ISMR poderiam inferir que uma cidade tem um destino de resíduos mais sustentável que outra.
Quando a Prefeitura do Rio utilizou o ISLU divulgou a cidade como “exemplo nacional na gestão do lixo urbano”, não que era a mais limpa!
DO OUTRO LADO DA PONTE, UMA CAMPEÃ 🏆 | Niterói ganhou o título de cidade mais limpa do país, após a prefeitura, por meio da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin), ficar em primeiro lugar na edição 2023 de um ranking que avalia a qualidade do serviço em nível nacional, o Índice Sustentar de Limpeza Urbana (Islu). A avaliação, realizada pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e pela PwC, leva em consideração critérios como impacto ambiental e destinação e gestão correta do lixo. De acordo com a Prefeitura de Niterói, mais de 20 mil toneladas de lixo são recolhidos pela Clin todos os meses. Entram na conta, por exemplo, resíduos orgânicos e recicláveis domiciliares, o resultado da varrição, galhos e lodo. O município garante que toda a coleta tem destinação final adequada. O índice analisa ainda como as cidades investem recursos na execução de ações que contribuem para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cujo objetivo é o gerenciamento correto desse tipo de descarte; a quantidade média de resíduo por habitante; a despesa total com a limpeza urbana; e a quantidade de trabalhadores empregados na atividade. Foram avaliados os 115 municípios brasileiros com pelo menos 250 mil habitantes.
Niterói é a cidade mais limpa do Brasil, segundo o Índice Sustentabilidade de Limpeza Urbana
Foram avaliadas 115 cidades brasileiras, com pelo menos 250 mil habitantes. Niterói alcançou 0,748 pontos, ultrapassando Londrina e Rio de Janeiro
Por Patricia Lima -9 de dezembro de 2023
A cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, é a mais limpa do Brasil, de acordo com o Índice Sustentar de Limpeza Urbana (Islu), divulgado nesta quinta-feira (7). Com a premiação, a Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) foi alçada ao primeiro lugar na avaliação do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e da PwC. Para fazer a avaliação, as instituições levaram em consideração critérios, como destinação e gestão adequada do lixo, além do impacto ambiental.
O Islu também avaliou a aplicação dos recursos na execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) por parte dos municípios. A PNRS considera o gerenciamento adequado desse tipo de descarte, a despesa total dos municípios com a limpeza urbana, a média de resíduos por habitante, e o número de trabalhadores empenhados na atividade de limpeza urbana.
No estudo foram avaliadas 115 cidades brasileiras, com pelo menos 250 mil habitantes. Niterói alcançou 0,748 pontos, ultrapassando Londrina, e Rio de Janeiro, com 0,747 e 0,742 pontos, respectivamente. Os três municípios ficaram à frente de Blumenau, Vila Velha, Campinas, São Vicente, Praia Grande, Santos e Recife, que figuram entre os dez primeiros colocados.
Para ajudar a população a monitorar o grau de limpeza de Niterói, a Clin lançou um painel virtual de gestão de resíduos, no qual são informados o volume de resíduos descartados na cidade, o mapa com dia e hora de coleta, gráficos com o percentual de coleta do município, além de informações sobre coleta seletiva, pontos de entrega de resíduos recicláveis e eletrônicos. Os interessados podem acessar as informações no site da Clin.
Mensalmente a Clin recolhe mais de 20 mil toneladas de lixo, incluindo produtos da varrição, galhos, lodo, recicláveis domiciliares e resíduos orgânicos, segundo a Prefeitura da cidade.
Informações: O Globo.
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