Visando
criar uma Zona
de Economia é necessário questionar
procedimento e conceitos que não oferecem mais atributos tangíveis e
intangíveis e/ou redução de custos, ou seja, que não agrega valor.
Tradicionalmente
o resíduo é classificado conforme sua origem em “Lixo Domiciliar” e “Lixo
Público”: o primeiro como o resíduo gerado em unidades habitacionais e disposto
em logradouro em uma rotina pré-definida, e o segundo como aquele resíduo gerado
pelo serviço de varrição ou disposto em logradouro aleatoriamente sem gerador
identificado. Coisas como limpeza de praia, de encostas, de cursos d’água, de
manejo arbóreo podem ser interpretadas como subclassificações de lixo público. Coleta
em Comunidades e coleta em hospitais podem ser interpretadas como subclassificações
de lixo domiciliar.
Temos
exemplos que ilustram a falácia desta classificação:
Quando
eu gerenciava uma unidade regional de limpeza urbana, um colega gerente de uma
regional vizinha estava com problemas de acondicionamento de resíduos em um
ponto formador de opinião.
Ele
disse que precisava de alguns containers emprestados para condicionar o resíduo.
Ofereci emprestar uma caixa metálica com dispositivo de içamento que poderia
ser utilizado em um caminhão compactador.
Meu
colega recusou a ajuda do empréstimo da caixa metálica alegando que o caminhão
compactador com guincho para içamento era um compactador de “lixo público” isso
afetaria a relação percentual entre lixo público e domiciliar. Precisava dos
containers, pois o compactador que os coletaria seria um de “lixo domiciliar”
.
A
solução do problema de acondicionamento de lixo em um ponto formador de opinião
ficou totalmente em segundo plano por causa de uma classificação que em nada
agregou valor ao serviço!
O
que pensar de um compactador de “lixo público” que percorre um logradouro
coletando somente sacos de varrição e deixando para o compactador de “lixo
domiciliar” os sacos de resíduos das residências?
Ou
ainda a imagem abaixo onde o caminhão compactador de “lixo domiciliar” não
coleta o resíduo, pois parece um “lixo público”, embora o caminhão tenha
condições operacionais de remover todo o acúmulo. Depois um caminhão basculante
terá que ser programado para o mesmo local.
Lixo compactável não coletado por caminhão compactador |
Parece
ser mais vantajoso classificar o resíduo segundo o equipamento capaz de coleta-lo,
classifica-lo em “lixo compactável” e “lixo não compactável”.
Se
o caminhão compactador tem capacidade operacional para coletar determinado
resíduo, então colete o resíduo! Independente se gerado em unidades
habitacionais, veio da praia, de uma vala ou disposto em logradouro por um
disco voador! Para que esperar outro caminhão?
Percebe
a vantagem logística e a oportunidade de redução de custos?
A
satisfação do morador é garantida pela classificação do resíduo ou por sua
pronta remoção?
Outra
vantagem desta classificação é que conhecendo o histórico de “lixo compactável”
podemos quantificar de forma mais apurada a frota de caminhões coletores, por
sua vez, com o histórico de “lixo não compactável” decidimos pela frota de
basculantes ou poliguindastes. Mais uma oportunidade de eliminar algumas antigas sentinelas!
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