Em períodos de prosperidade, é fundamental exercer cautela para não nos deixarmos seduzir excessivamente pelas oportunidades. Por muito tempo, a operação náutica enfrentou desafios, conseguindo entregar resultados notáveis apesar das limitações de suas embarcações. Atualmente, assistimos ao surgimento de uma expressiva "marinha laranja", composta por nove novas embarcações.
Posso falar com segurança apenas sobre as destinadas à Lagoa Rodrigo de Freitas. Dentre todas, a mais crucial – e talvez a única verdadeiramente indispensável – é a embarcação tipo ceifador, usada para cortar vegetação aquática. Contudo, os dois catamarãs de pequeno porte, embora equipados com um sistema eletromecânico para a elevação do cesto dianteiro, e uma chata parecem ter pouca utilidade. Isso se deve ao fato de que quase não há resíduos flutuantes na lagoa. Quando tais resíduos surgem, eles são geralmente levados pelo vento até as margens, onde podem ser coletados sem a necessidade de uma embarcação.
Resta a questão da mortandade de peixes, um fenômeno cada vez mais raro (a última ocorrência significativa foi há mais de quatro anos). Portanto, se a justificativa para estas embarcações é a prevenção de mortalidade de peixes, a flotilha laranja se assemelha aos carros de bombeiros em aeroportos: embora raramente usados, são justificados pela potencialidade de prevenir uma catástrofe. A diferença é que, enquanto os carros de bombeiros nos aeroportos mantêm sua justificativa por poderem salvar vidas, a relevância de uma grande parte desta frota náutica permanece questionável.
Embarcação circula numa das ilhas da Barra - William Werneck / Comlurb |
Nove embarcações recém-adquiridas pela Comlurb entraram em operação no complexo de sete ilhas da Barra da Tijuca, na Lagoa Rodrigo de Freitas e nas áreas costeiras do Museu do Amanhã. Os equipamentos são usados no transporte de resíduos sólidos e flutuantes removidos das águas e, ainda, em coleta domiciliar. Com o novo material, os serviços passam a ter mais agilidade e eficiência.
As ilhas da Barra ganharam quatro embarcações para a coleta domiciliar. São três catamarãs de pequeno porte, com sistema eletromecânico de elevação do cesto dianteiro, além de um equipamento tipo chata, usado em locais de difícil acesso.
A limpeza na Lagoa é feita com dois catamarãs de pequeno porte, equipados com sistema eletromecânico para elevação do cesto dianteiro; uma embarcação tipo ceifador para o corte de vegetação aquática (como as gigogas) abaixo da lâmina do espelho d’água e uma chata.
No entorno do Museu do Amanhã está sendo usado um catamarã de grande porte, equipado com sistema eletromecânico para elevação do cesto dianteiro.
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