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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Aumento de lixo durante o carnaval chega a quase 30%



O evento gigante inflado pelo fenômeno “rave carnavalesca”, com foliões na rua emendando um bloco no outro podem explicar o porquê de a Comlurb não ter dado conta de tanto lixo no carnaval deste ano.

— O primeiro problema foi a dispersão das pessoas, que, este ano, depois do bloco, continuavam nas ruas. Para nós entrarmos com equipamentos, carros-pipas e caminhões-varredeiras, é preciso que as ruas estejam liberadas. E elas demoraram a ser liberadas. Além disso, este ano deve haver um crescimento na geração de lixo no Sambódromo de 10% e de cerca de 28% nos blocos. Os blocos sofreram um impacto muito maior — disse Vinicius Roriz, presidente da Comlurb, reconhecendo ter havido problemas mais graves no Centro, em Ipanema e no Leblon.

Bola Preta



O diretor de Serviços da Comlurb, Luiz Guilherme Gomes, disse que o tumulto durante o Bola Preta ajudou a complicar a situação:

— Houve uma hora em que a Guarda Municipal disse que não havia condições de garantir a integridade física, e nossas equipes deixaram o local. Só retomamos o trabalho de madrugada. Entregamos tudo limpo, mas foi mais demorado. Tivemos que convocar mais homens e atuamos com 160 garis no Centro até o meio-dia de domingo. Enquanto a gente trabalhava, mais gente chegava para o Boitatá e outros blocos no Largo da Carioca e na Praça Quinze. E essas pessoas se somavam às que estavam emendando desde o dia anterior. Na Rua Farme de Amoedo, em Ipanema, alguns bares não fecharam, e havia pessoas o tempo todo.

Sem querer polemizar, responsabilizando o cidadão, a Comlurb, no entanto, diz que trouxe para o Brasil lixeiras de 3200 litros semelhantes às usadas em Roma e Paris. Foram instaladas dez na Cinelândia e dez na Lapa, de acordo com a empresa, mas invariavelmente eram encontradas vazias, com lixo no entorno.

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