As pessoas não iam embora, diz Comlurb para explicar acúmulo de lixo no
Rio no Carnaval
O presidente da Comlurb
(Companhia Municipal de Limpeza Urbana), Carlos Vinícius de Sá Roriz, anunciou
nesta segunda-feira (17) que durante o Carnaval do Rio de Janeiro, de 1 até 17
de fevereiro, foram geradas 1.120 toneladas de lixo. A quantidade coletada pela
Comlurb nas ruas da capital fluminense foi de 637 toneladas, um número 14%
maior do que em 2012. A zona sul e o centro foram as regiões que mais geraram
lixo, com 380 toneladas. Na Marquês de Sapucaí, os garis recolheram 461
toneladas.
"Este ano nós tivemos uma
mudança de comportamento. As pessoas ficavam mais tempo nas ruas, depois que os
blocos acabavam. Elas não iam embora e continuavam gerando lixo. O comércio
ficou aberto até tarde, as pessoas ficavam nos bares e isso dificultou o trabalho
da Comlurb", disse o presidente da companhia, ao ser questionado sobre a
grande quantidade de lixo que se acumulou pelas ruas após a passagem dos
blocos.
Limpeza do Monobloco - Foto de Eduardo Senges |
Para o ano que vem, nós vamos
reforçar o número de garis. Testamos com o Monobloco ontem (17) e já deu certo.
Pouco tempo depois que o bloco acabou, a Comlurb já estava terminando de limpar
a avenida Rio Branco. As pessoas não podem esquecer que nós temos que continuar
recolhendo o resto do lixo da cidade", explicou Sá Roriz.
A Prefeitura do Rio de Janeiro
também registrou um número recorde de foliões no Carnaval da cidade em 2013. De
acordo com dados da prefeitura, entre 19 de janeiro e 17 de fevereiro,
5.364.740 pessoas participaram da festa, um número 0,19% maior do que no ano
anterior, gerando uma receita de US$ 848 milhões (R$ 1,66 bilhão).
"O lixo não foi um
problema, e sim um fenômeno novo, que ocorreu devido a uma mudança de
comportamento e nós vamos conversar para o ano que vem. Cada caso é um caso,
precisamos analisar como o acúmulo se deu em cada lugar", disse o
secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello.
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