Além do financiamento direto, o Estado também oferece às legendas amplos espaços para o sustento e formação de seus militantes e apoiadores, e para a obtenção de outros recursos organizativos importantes, por meio de mecanismos de patronagem partidária. Somente o governo federal possui 21 mil cargos de livre nomeação, espalhados por todo o país; segundo dados de Praça et al (2012), cerca de 14% desses cargos eram ocupados por filiados a partidos em 2010.
O fenômeno da patronagem partidária tem sido encarado na literatura como instrumento de recompensa a redes de apoiadores e clientelas, e como estratégia para a formação e manutenção de coalizões (Kopecký e Mair, 2012). Nessa chave teórica, a patronagem é entendida como mecanismo de troca particularista entre patrões (individuais ou coletivos), que oferecem recursos públicos ou o acesso a eles, e redes de clientes (apoiadores, eleitores etc.), que em troca têm a oferecer sua militância ou, ao menos, seu voto .
RIBEIRO, Pedro Floriano; LEVENGUEN, Brina Deponte. Elites partidárias no Brasil: dados preliminares. UFPR, Curitiba, Seminário “Elites em diferentes escalas: teoria e metodologia no estudo de grupos dirigentes, 2013.
Texto excluído da versão final do TCC: Agência Municipal Reguladora de Serviços Operacionais Urbanos
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