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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

A rotatividade da atual legislatura é um ponto fora da curva se comparada com qualquer uma anterior

fenômeno da patronagem partidária tem sido encarado na literatura como instrumento de recompensa a redes de apoiadores e clientelas, e como estratégia para a formação e manutenção de coalizões. Nessa chave teórica, a patronagem é entendida como mecanismo de troca particularista entre patrões, que oferecem recursos públicos ou o acesso a eles,  e redes de clientes, que em troca têm a oferecer sua militância ou, ao menos, seu voto.

A rotatividade afeta as instituições, pois, é comum cada mudança de Gestor em Cargo em Comissão em nível estratégico, como Secretários Municipais na Administração direta ou Presidentes de empresa na Administração Indireta, ser acompanhada por uma onda de exonerações e nomeações também nos níveis táticos. Pior, o fenômeno chega até nos níveis operacionais, aqueles que detêm o conhecimento do funcionamento da máquina pública. 


Vereadores que votaram pelo impeachment de Crivella perdem cargos

Por: Berenice Seara e Aline Macedo em 08/09/20 16:14  

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo


O Diário Oficial desta terça-feira (8) veio recheado de exonerações. E quem ficou sem espaço foi a turma que votou a favor do malfadado pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) na última quinta-feira (3).

Os principais perdedores são Luiz Carlos Ramos Filho (PMN), Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), Welington Dias (PDT) e Willian Coelho (DC).

Indicados dos quatro nobres receberam o envelope de papel pardo nas Administrações Regionais da Tijuca, Campo Grande e Guaratiba, além da cúpula da Fundação Parques e Jardins — incluindo servidores efetivos, que foram dispensados de cargos comissionados.

Houve uma limpa também na coordenadoria de Ações de Cidadania, conhecida por abrigar cabos eleitorais de quem vota de acordo com os interesses do governo.

A base esperava contar com 33 votos a favor do prefeito. Mas só obteve 25 — apenas dois além do que era necessário para afastar o processo de impeachment.



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