Translate

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Garis da Comlurb divergem sobre gratificação e enquadramento de funções


Os garis de varreção não vão ganhar gratificação
Os garis de varrição não vão ganhar gratificação Foto: Gustavo Miranda / 06.09.2018

A Prefeitura do Rio liberou, no último dia 11, R$ 5,4 milhões em favor da Comlurb, e isso agitou os funcionários da companhia. Alguns alegam que algumas funções serão mais beneficiadas na fase final da implantação do plano de cargos. Os garis de varreção, por exemplo, não vão receber adicional nos vencimentos como os que atuam no corte de grama, os alpinistas (que trabalham na limpeza das encostas) e aqueles que fazem arborismo (corte e poda das árvores).

O secretário-geral do sindicato da categoria, Siemaco-Rio, Antonio Carlos da Silva, explicou que esses garis atuam em dupla função e, por isso, serão enquadrados de forma diferente dos demais.


— Por terem uma segunda função, esses funcionários passaram para as classes gari II e gari III, porque se especializaram em fazer rapel e alpinismo, por exemplo. E o gari de coleta também vai ganhar o adicional de coleta, porque ela é a parte mais pesada. Dentro do plano de cargos, o gari que faz a varredura, trabalha em escola e em outros locais de limpeza, assim como todos os funcionários da Comlurb, têm direito a 1,68% de reajuste do salário. A partir do ano que vem, a progressão horizontal será anual — explicou Silva.

Um grupo de trabalhadores da Comlurb chamado de "Círculo Laranja" discorda da visão do sindicato e avalia que todos os garis são igualmente capacitados.

— A maior insatisfação é que o PCCS não será contemplado na sua totalidade, porque favorece uns e deixa outros de fora, e isso cria um desconforto dentro da categoria. O gari que vai pra rua está capacidado para outras frentes, como a poda, a ceifadeira, a encosta... O trabalhador varredor se sente menosprezado por não receber o PCCS, que está sendo aplicado de cima para baixo — disse um dos integrantes.

Plano de cargos

O secretário-geral também comentou o avanço nas negociações para a etapa final do processo de implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), que custará aos cofres municipais R$ 7,5 milhões mensais, ao final da efetivação. Um termo aditivo ao acordo coletivo de trabalho de 2019 foi assinado entre o sindicato e a Comlurb, no dia 2 de outubro, resultado de uma assembleia da categoria com a direção da companhia. De acordo com o documento, o realinhamento de todas as funções será feito até janeiro, assim como o pagamento dos atrasados (retroativos a outubro de 2018).

— Está faltando adequar todas as categorias. O plano de cargos visa a ajustar as funções. Em 2014 a prefeitura deu um aumento para a base maior do que a inflação, e isso criou um desalinhamento entre os cargos. Agora, um grupo vai ser adequado em novembro, que são os agentes do preparo de alimentos (APA's) e os alsus. Sabemos que a prefeitura está com dificuldade no caixa. Agora, se chegar em janeiro e não tiver adequado todo mundo — a data-base da categoria é em março —, aí complica — alertou.

Em nota, a Comlurb respondeu que "está pronta para cumprir tudo o que ficou acordado em assembleia dos funcionários no dia 26 de setembro".

Nenhum comentário: