Passados dois anos da aprovação da Política Nacional dos
Resíduos Sólidos que prevê a implantação da coleta seletiva em todo o
território nacional até 2014, apenas 14% dos 5.565 municípios brasileiros
adotaram a coleta seletiva.
De acordo com a
Pesquisa Ciclosoft 2012, da Associação Compromisso Empresarial Reciclagem
(Cempre) só seis prefeituras no país conseguiram desenvolver um programa de
coleta capaz de contemplar todo o território de seus municípios e não apenas
alguns bairros. É o caso de Curitiba, Londrina, Porto Alegre, Santo André, São
José dos Campos e Goiânia.
Para
um dos realizadores da pesquisa, o diretor-executivo da Cempre, André Vilhena,
a grande vilã contra a adesão das cidades ao método mais sustentável de
recolhimento de lixo não é o custo da operação (que chega a ser 4,5 vezes maior
que a da coleta tradicional), mas a ausência de políticas públicas.
Principalmente nas grandes cidades do país.
“ Dinheiro não falta. As prefeituras das grandes cidades há
recursos suficientes para a implementação da coleta seletiva. O que eu verifico
é a falta de projetos neste sentido.
Há um grande desinteresse", critica o especialista.
Das 780 cidades que contam com coleta seletiva, em
65% delas a iniciativa é das cooperativas de catadores de lixo e não das
Prefeituras. Isto é, os catadores são, na maioria das cidades, os verdadeiros
executores da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
Novo caminhão de coleta seletiva do Rio de Janeiro
Há
cidades que, apesar de se declararem adeptas da coleta seletiva, cumprem a
medida apenas em alguns bairros. Isto acontece na cidade do Rio. Dos seus 160
bairros, apenas 41 são atendidos pelo programa de coleta seletiva da Companhia
de Limpeza Urbana (Comlurb), o que equivale a 25% do total.
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