Entrevista de Carlos Brito, de 50 anos, presidente da AB Inbev.
“Não temos orgulho de demitir ninguém. Mas uma das responsabilidades sociais de uma empresa é obter lucro. Sem o lucro, todos os funcionários e famílias que dependem da companhia cedo ou tarde estarão na rua.”
“Cheguei lá e disse que as pessoas talentosas gostam de três coisas: meritocracia, honestidade e um ambiente informal. O sujeito talentoso é a favor da meritocracia e não gosta de senioridade.”
“Se você promover o Mike, que está a vinte anos na companhia, é porque o “Mike merece”. Mas se promover o John, que chegou há um ano, desafiará um monte de gente. Só que se você promover os Mikes por senioridade, os Johns talentosos se mandam, e a empresa não vai a lugar nenhum”.
“Aqui, quando uma pessoa apresenta baixa performance temos de procurar ajudá-la a cobrir aquela deficiência, dar uma segunda chance. Se a pessoa não está mesmo dando certo aqui, achamos que é a nossa obrigação, porque a vida é muito curta, dizer: você pode ser muito bem sucedida em outras companhias, mas aqui não tem jeito. Prefiro dizer isso logo, quando o profissional é jovem, a ficar dez anos enrolando”.
“Acredito que ser justo é tratar pessoas diferentes de formas diferentes. Tratar todo mundo igual é injusto. Aquelas pessoas que são apaixonadas, se dedicam mais à empresa, dão mais resultados – essas merecem mais oportunidades que as outras, mais atenção, mais treinamento. E elas têm de ganhar mais dinheiro também. Já que é impossível agradar a todos, vou agradar àqueles com maior talento. Sinto muito pelos menos talentosos, mas…”
“(…) a repetição funciona.”
Fonte: Veja, edição 2179 – ano 43 – nº 34, de 25 de agosto de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário