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terça-feira, 25 de março de 2025

Ecoparque do Caju da Comlurb é destaque em conferência internacional sobre clima

Ecoparque do Caju da Comlurb é destaque em conferência internacional sobre clima

O Banco de Alimentos funciona no antigo refeitório do Ecoparque, que foi totalmente reformado para o projeto - Divulgação

O Ecoparque do Caju, da Comlurb, foi destaque da Conferência Internacional sobre Clima e Ar Limpo 2025, organizada pela ONU. O projeto participou da sessão “Breakthrough Ambitions in Organic Waste”, sendo um modelo de gestão inspirador para outros países. O evento foi realizado em Brasília e contou com diversas autoridades brasileiras e estrangeiras. Os projetos apresentados são exemplos de bom uso de recursos financeiros, de fundos nacionais e internacionais, para a implantação de tecnologias de baixo carbono e alto impacto social.

Dentro do Ecoparque do Caju, a Comlurb promove diversas ações de cunho ecológico, como a operação de uma Unidade de Biometanização, que transforma resíduos orgânicos em biogás e energia elétrica e abastece uma estação de recarga de carros elétricos da companhia. Além disso, no local é realizado um moderno processo de produção e beneficiamento de composto orgânico, insumo que fomenta a Agricultura Urbana no município. O ecoparque também possui um robusto equipamento de Processamento Mecânico de Resíduos de Poda, que produz cavaco de madeira para compostagem e para reaproveitamento energético na indústria cerâmica.

Outra iniciativa de destaque é o Banco de Alimentos, que contribui para a redução do desperdício de alimentos e promoção da segurança alimentar, já que doa o excesso não comercializado em lojas do supermercado Zona Sul, mas em ótimas condições nutricionais de consumo, para famílias em situação de vulnerabilidade social que vivem no bairro do Caju, uma das regiões com menor índice de desenvolvimento humano do Rio.

Os projetos do Ecoparque, apresentados em um stand pelo coordenador de Projetos da Comlurb, Bernardo Ornelas, demonstraram como uma gestão mais sustentável, circular e transversal dos resíduos orgânicos pode ser implementada nos municípios, associando a ação climática à promoção da segurança alimentar, agricultura urbana, geração de energia limpa e melhoria da saúde pública.

O coordenador de Sustentabilidade da Companhia, Marcelo Sicri, também fez uma apresentação na conferência, quando anunciou a adesão do Rio de Janeiro à iniciativa Lowering Organic Whaste Methane (LOW-M), que visa reduzir, em cidades estratégicas, as emissões de metano no setor de resíduos orgânicos. O profissional destacou a Comlurb como protagonista nesta meta, por meio da substituição de parte da frota diesel por caminhões movidos com o biometano produzido no Centro de Tratamento de Resíduos  CTR- Rio, em Seropédica, e também pelo trabalho de compostagem da Companhia, essencial para o desenvolvimento da agricultura urbana e combate à insegurança alimentar.

– Participar de um evento deste porte é muito importante para dar visibilidade às ações da Comlurb, que vão além da limpeza urbana e também porque possibilita atrair investimentos para novos projetos – pontuou.

domingo, 23 de março de 2025

Em dois anos, país aumenta reciclagem de embalagens PET em 14%

Mesmo assim, reciclagem ainda está abaixo do potencial

Bruno Bocchini - repórter da Agência Brasil

Brasília (DF), 24/03/2025 - Centro de reciclagem de garrafa pet. Foto: Edmar Chaperman/Funasa© Edmar Chaperman/Funasa

O Brasil reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET em 2024, montante 14% superior às 359 mil toneladas recicladas 2022, segundo a 13ª edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado nesta segunda-feira (24) pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).

Apesar do resultado positivo, a entidade ressalvou que a falta de políticas públicas de coleta seletiva dificulta a destinação correta das embalagens descartadas pelos consumidores, o que está gerando ociosidade no setor. 

“As empresas recicladoras chegam a atuar com uma ociosidade média de 23%, chegando a picos de até 40%”,  destaca o presidente da Abipet, Auri Marçon. “Com isso, a indústria de reciclagem do PET está chegando no seu limite, por não ter a matéria-prima necessária para seus processos produtivos, ao mesmo tempo em que toneladas de embalagens são destinadas aos aterros comuns ou descartadas incorretamente no meio ambiente”, acrescenta.

Destino das PETs recicladas

De acordo com o censo, em 2024, o principal destino da resina reciclada das PETs – 37% do total – foi a fabricação de uma nova embalagem, utilizada principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas. O setor têxtil vem em segundo lugar, com um consumo de 24% da resina reciclada, seguido pela indústria química (13%), lâminas e chapas (13%), e fitas de arquear, utilizadas em empacotamento e fechamento de caixas (10%).