Translate

terça-feira, 9 de setembro de 2025

O Rio rumo à liderança nacional na recuperação de resíduos

Jorge Arraes - presidente da Comlurb


Como parte do Programa de Governo, a Comlurb assumiu compromisso de até 2028, posicionar o Rio de Janeiro entre as cinco cidades brasileiras com o maior índice de recuperação dos resíduos sólidos urbanos (RSU). Assinar este compromisso é mais do que um desafio técnico ou operacional: é assumir a responsabilidade de transformar a forma como nossa cidade lida com seus resíduos. Estamos plenamente mobilizados para alcançar essa meta ousada.

À frente da Comlurb, sei que essa jornada exige visão de futuro, inovação e, sobretudo, engajamento coletivo. Não se trata apenas de gestão de resíduos, mas de uma mudança de cultura que vai beneficiar o meio ambiente, a economia e a qualidade de vida de todos os cariocas.

Para estruturar essa caminhada, estamos atuando em três projetos estratégicos. O Rio Recicla Mais, com aprimoramento da coleta seletiva, implantando novos Ecopontos, serão 100 até o fim de 2025, apoiando o fortalecimento de cooperativas de catadores e estabelecendo parcerias com a indústria da reciclagem.

No Rio Mais Orgânico, o foco está em transformar resíduos orgânicos – restos de alimentos e resíduos de poda, em energia limpa, biogás, Biometano e eletricidade. Além da compostagem que contribui para a agricultura familiar. O Ecoparque do Caju é um laboratório vivo que demonstra a viabilidade destas soluções.

E por último, o Rio Sem Entulho. Ainda este ano o Rio terá um Aterro em Gericinó dedicado para os Resíduos da Construção Civil, os chamados entulhos. Estamos trabalhando para melhorar a coleta desses materiais, com mais fiscalização e mais ecopontos. Além disso, vamos implantar unidades de processamento, para que eles sejam transformados em insumo.

Para fundamentar nossa caminhada, além de toda a experiência do corpo técnico da Comlurb, estabelecemos parcerias com entidades acadêmicas, organismos multilaterais e o setor privado.

Nosso compromisso é claro: reduzir o envio de resíduos ao aterro sanitário, reaproveitar os materiais e gerar benefícios concretos para a cidade. O que antes era descartado passa a ser insumo valioso para a economia circular. Ao avançarmos nessa direção, além de gerar oportunidades de renda e inclusão social, estamos contribuindo para as metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa, promovendo a resiliência urbana e reforçando o protagonismo do Rio de Janeiro como referência em gestão de resíduos.

Estamos diante de uma oportunidade histórica. Com trabalho sério, inovação e engajamento da sociedade, vamos transformar problemas em soluções e desafios em conquistas. O Rio de Janeiro tem vocação para ser exemplo — e juntos vamos provar que é possível construir uma cidade mais limpa, sustentável e inclusiva.

Jorge Arraes é presidente da Comlurb

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Do compliance à estratégia: como o ESG redefine a gestão de riscos nas empresa

A intensificação dos riscos climáticos no cenário global impõe às empresas a necessidade de revisar suas práticas de gestão e incorporar, de forma estruturada e transparente, critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) à sua estratégia corporativa. Mais do que uma exigência reputacional ou regulatória, trata-se de uma abordagem fundamental para fortalecer a resiliência organizacional, proteger a reputação e preservar o valor econômico de longo prazo.

Nos últimos anos, eventos extremos (enchentes, secas prolongadas, queimadas, ondas de calor ou frio intensas, crises hídricas e energéticas, etc.) têm se tornado mais frequentes e intensos. No Brasil, episódios recentes de desastres ambientais mostraram como falhas na antecipação e na gestão de riscos podem gerar prejuízos financeiros e comprometer a continuidade dos negócios. Nesse contexto, o gerenciamento ativo de indicadores ESG surge como ponto central na mitigação de riscos e na identificação de oportunidades associadas à transição para negócios mais sustentáveis.

A adoção de métricas e práticas alinhadas a ferramentas internacionalmente reconhecidas — como as recomendações do TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures), os padrões setoriais do SASB (Sustainability Accounting Standards Board) e as diretrizes emitidas pelo recém-estabelecido ISSB (International Sustainability Standards Board) — permite às organizações estruturarem processos robustos de divulgação, monitoramento e resposta aos impactos materiais relacionados ao clima e a outros fatores ESG.

A metodologia do TCFD foca na divulgação de ameaças e oportunidades relacionadas ao clima, com ênfase em quatro pilares: governança, estratégia, gestão de riscos e métricas e metas. Sua aplicação amplia a transparência e oferece aos investidores informações consistentes para avaliação de riscos climáticos.

O arcabouço do ISSB, órgão vinculado à IFRS Foundation e voltado ao mercado de capitais, busca consolidar padrões globais de sustentabilidade, com foco na materialidade financeira e na interoperabilidade com outros instrumentos. Ao equilibrar conceitos e indicadores, o ISSB reduz a fragmentação das informações e facilita a comparabilidade entre empresas de diferentes setores e países.

Já o SASB fornece padrões setoriais específicos, amplamente utilizados por investidores institucionais para avaliação de desempenho ESG, com foco em aspectos materiais que impactam diretamente a performance financeira. Essa abordagem orienta as empresas a reportarem dados relevantes para seu setor, aumentando a utilidade das informações divulgadas.

Integrar essas ferramentas aos relatórios financeiros e contábeis representa um avanço significativo na gestão dos negócios. As informações obtidas expandem a visão dos gestores sobre os fatores que impactam a sustentabilidade da empresa e permitem decisões mais embasadas, antecipação de crises e fortalecimento da confiança de acionistas e de outros públicos. A clareza sobre os riscos não financeiros que podem comprometer o retorno de investimentos é cada vez mais valorizada pelo mercado.

Esses dados, quando incorporados às práticas de compliance, auditoria e controles internos, tornam-se aliados estratégicos da governança corporativa. Em um ambiente em que riscos podem se transformar em crises em questão de horas, antecipar, mensurar e reportar impactos ESG pode ser o fator decisivo entre a sustentabilidade e o fracasso do negócio.

A implementação efetiva dessa agenda exige que a alta liderança esteja engajada e que haja integração entre as diferentes áreas da companhia. Além disso, a tecnologia desempenha um papel essencial, permitindo o uso de sistemas de monitoramento em tempo real, inteligência de dados e modelos preditivos para antecipar riscos climáticos e sociais.

O movimento regulatório também acelera essa transformação. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por exemplo, já avança na direção de exigir divulgações alinhadas ao ISSB. No exterior, normas como a CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), da União Europeia, e a regra de divulgação climática da SEC (Securities and Exchange Commission), nos Estados Unidos, reforçam que a transparência sobre riscos ESG será, em breve, um requisito inegociável para empresas que pretendem acessar capital global.

Em vez de enxergar o ESG como custo ou imposição regulatória, é hora de compreendê-lo como diferencial competitivo. Empresas que adotam estruturas sólidas de gestão de riscos com base nesses critérios fortalecem sua capacidade de adaptação, aumentam sua atratividade junto a investidores e clientes e se posicionam melhor em mercados cada vez mais atentos à sustentabilidade.

O futuro das organizações será moldado pela capacidade de identificar, compreender e responder aos riscos e oportunidades ESG. As companhias que se anteciparem, investirem em governança e integrarem sustentabilidade à estratégia estarão mais preparadas para prosperar em um mundo de mudanças rápidas e incertezas crescentes.


Sergio Volk é membro do Conselho Fiscal do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP), além de membro do Conselho Consultivo da Cogni ESG e professor no MBA da FEI. É economista, cursou doutorado em economia pela EPGE-FGV/RJ, e mestre pela PUC-SP em Contabilidade, Finanças e Auditoria. 

MOMENTO INTEGRIDADE: Responsabilidade na Marcação de PONTO ELETRÔNICO

O correto registro da jornada de trabalho é uma obrigação legal. Cada empregado é responsável pela marcação de seu próprio ponto eletrônico, tanto na entrada quanto na saída da jornada.

O que não é permitido: 

• Solicitar que um colega registre o ponto em seu lugar; 

• Registrar o ponto para outro empregado, ainda que a pedido dele; 

• Anotar marcações antecipadas ou fora do horário efetivamente cumprido.

Exemplos práticos de condutas vedadas: 

• Maria está atrasada e pede para João bater seu ponto para "não se complicar". João atende ao pedido. Ambos incorrem em violação das normas da Companhia. 

• Pedro já saiu mais cedo, mas solicita que Ana registre seu ponto no horário correto de saída. Essa prática caracteriza fraude no controle da jornada.

Consequência: 

Essa conduta é considerada grave, podendo gerar a aplicação de sanções disciplinares.

Lembre-se: Seu ponto é sua responsabilidade. Agir com transparência fortalece a confiança e protege a todos nós.

A PRÁTICA DE NOSSOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS




segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Contêineres de alta capacidade chegam à orla da Zona Sul

A instalação de contêineres de alta capacidade na orla não é exatamente novidade. Modelos semelhantes já foram testados em diferentes épocas e locais, com resultados mistos: ajudaram na organização, mas também trouxeram desafios de manutenção, higiene e impacto urbano. O verdadeiro diferencial não está no tamanho do contêiner, mas na gestão eficiente e contínua de sua operação.



Notícia:

A Comlurb segue firme no planejamento estratégico para melhorar o ordenamento e a gestão dos resíduos na cidade.

Na última sexta-feira (22/08), foram instalados 100 contêineres de alta capacidade (1.200 litros) ao longo da orla da Zona Sul, do Arpoador até o fim do Leblon. Dando continuidade à ação, nessa quarta-feira (27/08), a Companhia instalou mais 75 contêineres de alta capacidade e outros 200 de menor capacidade nas areias de Copacabana ao Leme.

Os novos equipamentos vão facilitar o descarte correto de resíduos, ajudando a manter a cidade mais limpa e organizada




Abertura do ciclo 2025/26 do Programa Vivência Profissional

Das iniciativas em gestão de pessoas ocorridas em 2017, o programa "Vivência Profissional" e o retorno do "Educom", são exemplos de sucesso na valorização profissional, iniciadas com a  publicação a Ordem de Serviço “N” 018, de 02 de fevereiro de 2017.

O programa Vivência Profissional surgiu em 2017 em resposta a necessidade de oferecer para os garis que estão cursando graduações de nível técnico e superior oportunidades de viver sua graduação de forma semelhante a um estágio, mas dentro da própria Companhia! 

O Gari consegue atender às exigências de sua graduação participando de uma programação de trabalho relativa à sua área de formação profissional.



Com o recorde de 100 inscritos, foi dada a largada à iniciativa que dá oportunidade aos empregados estudantes de vivenciarem na empresa a rotina de trabalho da sua área pretendida, o Programa Vivência Profissional.

Nesta edição foram implementadas algumas novidades: um grupo de monitoras para acompanhar os participantes e uma autoavaliação. O banco de talentos, onde o empregado fica disponível para eventuais vagas de trabalho, também foi anunciado.

Todos conheceram seus supervisores e foi iniciada ali a construção de uma nova relação que, com certeza, vai mudar a vida dos envolvidos.

O Programa Vivência Profissional, da DGG por meio da GGV, é um sucesso na Comlurb e reafirma o compromisso da Companhia com o crescimento dos seus empregados.

Boa sorte aos novos Viventes!




Comlurb apresenta nova frota para o manejo e cuidados de árvores

A apresentação da nova frota para manejo arbóreo é positiva pelo ganho ambiental e de produtividade, mas não resolve o desafio central: a falta de um modelo estratégico para o serviço. Desde o Decreto 28.981/2008, a Comlurb poderia atuar como reguladora e fiscalizadora, delegando a execução a parceiros privados, com ganhos de escala, inovação e aproveitamento dos resíduos de poda em economia circular. A insistência na operação direta mantém custos elevados e limita o potencial de sustentabilidade. O verdadeiro avanço virá quando o manejo arbóreo for estruturado como concessão bem regulada, integrando tecnologia, cooperação com a concessionária de energia e transparência no planejamento.


A Comlurb apresentou nesse domingo (31/08), no Aterro do Flamengo, 42 caminhões modernos que vão aumentar em 30% a produtividade nos serviços de poda e remoção de galhos.

Mais sustentáveis, os caminhões são equipados com tecnologia Euro 6, a mesma utilizada nos articulados amarelinhos do BRT, que reduz em até 80% a emissão de gases poluentes.

O evento contou a presença do prefeito Eduardo Paes, do vice-prefeito Eduardo Cavaliere, do presidente da Comlurb, Jorge Arraes, e dos secretários Diego Vaz, da Conservação, e Edinho Flat, da Coordenação Governamental, além do coordenador de Articulação Social, Leonardo Pavão, e o subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião.