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quinta-feira, 31 de maio de 2012
Para ser um gari de coleta... na Califórnia
O texto a seguir é uma tradução de uma interessante descrição da profissão do trabalho em coleta domiciliar feito pela "secretaria do trabalho" ( Employement Develpment Departament) do Estado da Califórnia
"Coletores de Resíduos que ainda trabalham em caminhões sem
elevadores hidráulicos têm de levantar manualmente recipientes com peso entre 18 e 45 Kg, ou às
vezes rolam contentores metálicos grandes, que pesam tanto quanto 360Kg a partir de um ponto para o caminhão. Esses trabalhadores têm que sair de seu
caminhão com freqüência e trabalhar em várias condições climáticas. Coletores
geralmente trabalham turnos de 8 horas a partir de 5 ou 6 da manhã, embora
turnos mais longos não são incomuns. Eles também podem trabalhar em feriados ou
fins de semana quando necessário. Coletores geralmente usam roupas de proteção
que a sua empresa oferece, mas ainda podem ficar sujos. Eles provavelmente vão
encontrar odores, poeira e insetos. Eles também podem estar expostos a doenças,
bem como materiais perigosos, incluindo substâncias químicas, agulhas
hipodérmicas, vidros quebrados e objetos que caem. O risco é reduzido por
treinamento de segurança e do uso de máscaras, luvas, coletes de segurança,
botas de segurança, capacetes e óculos de proteção.
O salário médio em 2011 para Coletores de lixo na Califórnia foi 42.379 dólares por ano (um pouco mais de 3.200 dólares de salário por mês).
Coletores geralmente aprendem o trabalho dos trabalhadores mais experientes ou seus supervisores. Muitos empregadores preferem candidatos com diploma de ensino médio, mas a maioria simplesmente exige que os trabalhadores tenham pelo menos 18 anos de idade e sejam fisicamente capazes de executar o trabalho. Coletores devem ser capaz de ler, escrever e falar Inglês bem o suficiente para fazer a papelada necessária e conversar com os clientes. Os empregadores preferem trabalhadores com experiência anterior de condução do caminhão. Coletores precisam de força física, agilidade e capacidade de levantar e transportar até 45 quilos, mas o uso de caminhões com elevadores hidráulicos eliminou essa exigência física em algumas empresas".
“Líderes Cariocas”
"Em uma iniciativa inédita no poder
público, a Prefeitura do Rio lançou o programa Líderes Cariocas, focado em
formar um time de elite entre os servidores municipais. A ideia é aplicar na
prefeitura as melhores práticas internacionais na gestão de pessoas e encontrar
talentos entre os servidores.
Elaborado em parceria com Hay Group (uma das maiores empresas de RH do mundo) e
o Coppead/UFRJ, o Líderes Cariocas vai capacitar um grupo de 149 funcionários
para que eles possam exercer funções de liderança, ter ideias inovadoras e
ocupar cargos-chave no município.
Em cerimônia realizada no Palácio da Cidade, em Botafogo, o prefeito Eduardo
Paes falou da importância de desenvolver o programa vai melhorar o desempenho
da administração pública.
- O Rio está vivendo um momento decisivo e temos uma chance de virada
fantástica. Neste cenário, temos que consolidar ainda mais a administração
pública para que o processo virtuoso seja irreversível.
Mais de 1.300 servidores se inscreveram no programa, passaram por processos
seletivos e estão no processo de capacitação. Também estão previstos cursos no
exterior para a complementação da formação. O passo seguinte foi a
identificação de 300 cargos estratégicos da prefeitura, para criar um
planejamento de sucessão que priorize os líderes, de acordo com as habilidades
de cada um e as necessidades de cada desafio".
Olha a mão levantada!
segunda-feira, 28 de maio de 2012
LIXO PÚBLICO E LIXO DOMICILIAR
Um caminhão coletor de 15m3 manobra em uma rua
para coletar lixo público acumulado em um ou dois sacos verdes pelo gari de
varrição. Algum tempo depois, iniciado um novo turno de trabalho outro caminhão
exatamente do mesmo tipo manobra na rua para, desta vez coletar os sacos de
coleta domiciliar dispostos no calçamento pelos moradores.
Dois caminhões passando no mesmo logradouro com diferença de
poucas horas, um para coletar lixo público e outro para coletar lixo
domiciliar. Não seria melhor um caminhão passando somente uma vez para coletar
todo o resíduo do logradouro?
A coleta de lixo, sendo ele público ou privado, é uma
operação logística, trata de trazer o resíduo de inúmeros pontos para poucos
pontos, as centrais de compactação, estações de transferência ou direto para o
aterro sanitário.
A dinâmica da separação do lixo público e lixo domiciliar
parece com uma empresa de logística passando em um ponto de entrega para deixar
um pacote azul para depois passar novamente para deixar o pacote vermelho. Parece
que em nome da diferenciação lixo público e lixo domiciliar oportunidades melhorias
na eficiência da frota.
Como opção poderia haver diferenciação baseada no tipo de
equipamento: "Lixo Compactável" como sendo todo aquele, público ou domiciliar,
que pudesse ser transportado em caminhões com compactação dentro de suas características
operacionais. "Lixo não compactável" como sendo todo aquele, público ou domiciliar,
que devesse ser transportado em caminhões sem compactação (basculantes,
poliguindastes, carroceria fixa).
Sabendo o histórico de “lixo compactável” podemos quantificar
frota de caminhões coletores, por sua vez, com o histórico de “lixo não
compactável” decidimos pela frota de basculantes ou poliguindastes.
Outro aspecto é que quanto mais ordenado é o lixo, público
ou domiciliar, maior será o uso de caminhões coletores com compactação, mais
produtivos em peso e volume que os sem compactação. O ordenamento do lixo não compactável fica por conta da
remoção programada de entulho e bens inservíveis em basculantes e a remoção de
caixas metálicas com os poliguindastes. O uso de basculantes para cata a cata
em logradouro ou remoções mecanizadas (uso de pás mecânicas) em pontos de
despejo irregular é a medida da desordem no sistema.
domingo, 27 de maio de 2012
PROGRAMA DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO
No Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da Fundação
Nacional da Qualidade (FNQ) os Fundamentos da Excelência encontrados em organizações líderes de Classe Mundial são
abraçados pelos gestores e suas ações avaliadas por meio de oito Critérios para Excelência. As
avaliações realizadas em ciclos periódicos garantem a aplicação do conceito de aprendizado e melhoria contínua, segundo o
ciclo de PDCL (Plan, Do, Check, Learn).
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) foi utilizado durante algum
tempo como benchmarking para o desenvolvimento de um Modelo de Gestão da
Limpeza Urbana – MGED. Alguns produtos evidenciam a experiência
adquirida na época:
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Critérios de Postura Para Liderança
Precisava dizer aos encarregados sob minha responsabilidade qual seria a
conduta profissional esperada para que fossem reconhecidos como líderes no
comando dos empregados.
Os critérios de postura para liderança (triviais mas facilmente esquecidos) representaram durante algum
tempo uma referência para essa conduta profissional:
- Usar diariamente o uniforme com crachá, inclusive com calçado fechado (tênis, sapato, borzeguim). Na falta de uniforme usar preferencialmente calça jeans e camisa sem botões.
- A relação chefe subordinado se inicia duas horas antes do inicio da jornada de trabalho e termina duas horas depois de término da jornada de trabalho. Neste período o líder não deve confraternizar com os subordinados em bares e restaurantes.
- Estar sempre preparado para anotar informações pertinentes à atividade portando lápis, caneta, caderno ou agenda.
- Retornar no término da jornada de trabalho para gerencia transmitindo ao superior a sua avaliação do dia.
- Conhecer os serviços e procedimentos da organização e estar preparado para informar e orientar os moradores, portando panfletos.
- Portar sempre a lei de limpeza urbana, para consulta, informação e aplicação.
- Praticar junto a sua equipe a ginástica laboral.
- Identificar todas as ferramentas de sua equipe, garantindo também sua guarda, manutenção e troca.
- Reunir os empregados no inicio e final do expediente. Acompanhar ou autorizar os deslocamentos de inicio, fim do expediente e almoço.
- Conhecer os procedimentos administrativos da organização, e atender prontamente as solicitações administrativas e principalmente executar procedimentos sob sua responsabilidade.
(*) Como o encarregado de Coleta Domiciliar, apesar de função gratificada, usa
o mesmo uniforme que os garis seus subordinados, foi apresentada a sugestão de
que usassem braçadeiras diferencia-los. Esta braçadeira, além de ser um símbolo
de autoridade (inclusive para o motorista terceirizado) facilitaria à população
identificar o responsável pelo serviço no caminhão.
Fazer fazer...
sábado, 19 de maio de 2012
Uso de Varredeira Mecânica
Um trabalhador usando uma vassoura onde haja razoável quantidade de
lixo ou folhas na calçada e ausência de obstáculos consegue conduzir os
resíduos para a sarjeta em uma velocidade compatível com uma varredeira operando
logo atrás.
Este conceito deveria ser mais explorado no Rio de Janeiro, pois a varredeira mecânica é um
equipamento que oferece muitas oportunidades de limpeza além da simples
varrição de sarjetas por vezes leves demais para justificar seu uso.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Prática da Análise SWOT
"Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional". – Wikipedia
A sigla SWOT é uma abreviação de palavras significando que serão
considerados na análise do ambiente interno da organização seus pontos Fortes (Strengths) e pontos Fracos (Weaknesses) e para o ambiente externo serão
consideradas Oportunidades (Opportunitiee) Ameaças (Threats). Em português o SWOT passa a ser conhecido por FOFA
(Fortes, Oportunidades, Fracos, Ameaças).
A combinação da analise dos ambientes interno e externo sugerem
prioridades para o planejamento estratégico conforme o quadro abaixo:
No final da década de 1990 tive a oportunidade de desenvolver o projeto CIDADÃO 2000 que utilizou a ferramenta SWOT para montar um plano
estratégico para uma gerência de Limpeza Urbana. O quadro na época difere muito
pouco do atual e essencialmente sugere a proteção onde existe fraqueza e a o
avanço onde existe força.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Capina Mecanizada
Notas sobre estratégia
"Às vezes, fico pensando se outras gerações teriam assistido a uma revolução de valores e de fatos tão completa quanto a que atravessamos. Praticamente, nenhuma das noções estabelecidas, que me haviam ensinado a considerar permanentes e vitais, ficou de pé. Em compensação, tudo o que eu considerava impossível, ou me ensinaram a considerar impossível, veio a acontecer.
Nas batalhas o outro participante intervém a todo instante perturbando as coisas, e os melhores generais são os que chegam aos resultados do plano sem de escravizar ao plano.
É preferível que críticos amistosos indiquem pontos fracos antes da publicação da obra do que surgirem críticas hostis quando já é tarde para modificações.
Citando Mr Chamberlain:
De que adianta dar o toque de carga se ninguém nos acompanha!"
Minha Mocidade - Winston Churchill
Editora Nova Fronteira
domingo, 13 de maio de 2012
País muçulmano...
Independente do credo, raça, convicção política,
sempre há necessidade de alguma gestão de resíduos...
Mutirão no Morro dos Macacos recolhe 55 toneladas de lixo
Reportagem G1
Reportagem RJ-TV
"Desta vez estamos com uma adesão fantástica por parte dos moradores, mais do dobro de participantes locais. Isso mostra a vontade da comunidade de participar e de melhorar as condições da região, o que é fantástico", disse o secretário municipal de Conservação, Carlos Osorio.
"É mais um passo para garantir cidadania a essas pessoas. O trabalho da polícia com as UPPs propicia isso. Abrimos caminho para que o poder público, as ONGs e outros setores da sociedade possam fazer um trabalho de integração com a comunidade", disse O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame
Não há liderança sem exemplo:
Divisões Administrativas Operacionais
A garantia um sistema de coleta e tratamento de lixo eficaz
e universalizado na Cidade do Rio de Janeiro deveria ser sustentada por uma
estrutura operacional dos serviços de limpeza urbana que espelhasse a divisão
administrativa da cidade e alocasse gestores com qualificação compatível com a
complexidade de cada situação.
Nos bairros,
deveria haver uma unidade operacional mais simples responsável pela presença do
gari no logradouro junto à população caracterizada pela execução os serviços de
varrição, capina, limpeza de ralos.
Nas Regiões
administrativas, deveria haver uma unidade operacional de média
complexidade responsável pela eficácia das unidades operacionais dos bairros e
também pela execução dos serviços de coleta domiciliar, remoção de lixo público
e limpeza de feiras livres.
Nas Áreas de
Planejamento, deveria haver uma unidade operacional mais complexa capaz de
coordenar as unidades operacionais de menor complexidade, executar iniciativas
estratégicas, além de gerir serviços comuns à Área de Planejamento como uso de
equipamentos de varrição e lavagem, limpeza de praias e grandes vias.
Do conjunto das unidades operacionais das áreas de
Planejamento surgiria a unidade
operacional estratégica capaz de desenvolver diretrizes e planejar
melhorias operacionais contínuas. Executivamente seria responsável pelo
planejamento e execução de operações em grandes eventos ou atividades
especializadas.
Divisão Administrativa
|
Unidade
Operacional de Limpeza Urbana
|
Objetivo
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Gestor
|
Bairro
|
Setor de Limpeza
Urbana
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Ênfase na
presença de garis nos logradouros realizando varrição capina, limpeza de
ralos
|
Encarregado de
Nível Médio com treinamento específico
|
Região
Administrativa
|
Regional de
Limpeza Urbana
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Ênfase na
presença de viaturas nos logradouros realizando Coleta Domiciliar, Remoção de
lixo público e limpeza de feiras livres.
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Encarregado de
Nível Médio com treinamento específico e experiência como Encarregado de setor
|
Área de
Planejamento
|
Gerência de
Limpeza Urbana
|
Ênfase na
presença de equipamentos nos logradouros realizando Varrição e lavagem mecanizadas,
limpeza de praias, roçada e limpeza de grandes vias.
|
Gerente de Nível
Superior com treinamento específico
|
Conjunto de Áreas
de Planejamento
|
Diretoria de
Limpeza Urbana
|
Desenvolver
diretrizes e planejar melhorias operacionais contínuas. Planejar e executar
operações de limpeza em Grandes eventos e atividades especializadas
|
Diretor de
Limpeza Urbana
|
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Triciclo elétrico Chinês
O triciclo elétrico
LS8088-B01 da chinesa Wuxi Hongtian Plastics Sanitation Equipment pode transportar 420 litros de resíduos em uma carga máxima de 150Kg. Seu motor
elétrico tem autonomia de até 80 km com velocidade máxima de 25 km por hora.
Na china, onde o
uso de bicicletas faz parte da cultura um equipamento deste tipo entre em
harmonia com o dia a dia das pessoas e serviços. Em algum outro lugar acostumado
em relacionar eficiência com força e tamanho imagina-se que um triciclo
elétrico é uma coisa frágil e desnecessária.
No entanto,
devemos ter em mente que o futuro deverá ser limpo! A equação ciclismo +
elétrico + serviço poderá ser uma boa opção.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
Embarcação de limpeza de espelho d´água
Com um custo de U$ 600 mil o Scavenger 2000 é uma embarcação pode recolher por volta
de 2000 Kg de resíduos em um dia típico de trabalho. O barco também libera
150.000 litros de oxigênio para a água contribuindo para sua descontaminação.
Eventualmente pode até combater incêndios com seu canhão d’água.
Container Musical na Tijuca
Containers são roubados, vandalizados, abduzidos, mas temos
que nos surpreender quando encontramos um dispositivo tão curioso como um
container transformado em carro de som, melhor, bicicleta de som...
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Hierarquia na Gestão de Resíduos Sólidos
Muitas pessoas entendem
o conceito de reduzir, reutilizar e reciclar como três opções de igual valor, no
entanto, são opções que tem uma hierarquia entre si por ordem de importância. Este
detalhe é esquecido por muitas pessoas que concentram toda atenção à reciclagem
quando esta deve ser uma das ultimas opções. A reciclagem deve entrar na
equação do manejo de resíduos somente quando há resíduo. Se não houver geração
de resíduo então não há porque discutir como maneja-lo. Não devemos esquecer
que se houver redução na quantidade de resíduos gerados, ou ainda a
reutilização de materiais, então haverá menos coisa para reciclar ou destinar
ao aterro.
Existe uma
hierarquia na gestão dos resíduos sólidos, uma ordem de prioridade incluída também
no art. 9º da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
Art. 9º Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Não
Gerar: Modificar projetos e processos de forma a não haver geração de resíduos.
Reduzir: O primeiro dos 3Rs. Modificar
padrões de consumo de forma a haver menos desperdício.
Reutilizar: Mais um dos 3Rs. Não
considerar resíduo o que ainda tem utilidade. Encher a garrafa vazia com mais
líquido!
Somente
daqui para frente é que existe manejo de resíduos
Reciclar: A vedete! O mais popular
e menos importante que os 3Rs. Recuperar materiais reintroduzindo-os no
processo de fabricação.
Tratar:
Principalmente promover a recuperação energética dos resíduos
Dispor:
Não havendo outra opção então o resíduo deve ser tratado como rejeito e
disposto em aterro sanitário.