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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE VARRIÇÃO

Considerações sobre o processo de varredura

PROPOSTAS PARA VARRIÇÃO NO RIO DE JANEIRO

Conteúdo de relatório para propor melhorias no acondicionamento, armazenamento e transporte do resíduo gerado pela varrição.

Consolidação de propostas
Finalmente podemos consolidar as propostas:

  1. Promover a extinção do uso dos containers na atividade de varrição, pois não são projetados estruturalmente e ergonomicamente para percorrer os dois mil metros diários esperados para um varredor.
  2. Considerar que o uso de sacos plásticos é inerente ao serviço de varrição, seu uso deve ser racionalizado, mas não extinto. É necessário promover uma análise de valor das características do produto como oportunidade de redução do custo unitário para redução do montante disponibilizado em sua aquisição, apesar do custo anual per capta não ser significativo.
  3. Considerar retorno do uso do “Lutocar” como principal equipamento para o acondicionamento de resíduos de varredura, pois são projetados estruturalmente e ergonomicamente para percorrer os dois mil metros diários esperados para um varredor.
  4. Considerar retorno da “remoção rápida” intensificando o uso de minibasculantes ainda mais compactos próximos ao tamanho de uma caminhonete trabalhando de forma combinada os veículos compactadores
  5. Considerar o uso de um carrinho de 500 litros (170Kg), o “Gariquichá”, como uma opção para o acondicionamento de resíduos de varredura. Além de ser uma oportunidade de reduzir o consumo de sacos plásticos na varredura o “Gariquichá” pode ser utilizado para transportar resíduos de limpeza de ralos e roçada. Com modificações em sua caçamba podem ser criadas opções especiais para transporte de roçadeiras ou material de combate a pichação. Existindo “Gariquichás” pode haver a oportunidade de eliminar o custo de fabricação dos atuais carrinhos de mão na IGF.
  6. Considerar o uso de caixas metálicas como uma opção para o armazenamento de resíduos de varredura em áreas públicas com local reservado para acondicionamento de lixo, tipo Ecopontos, e instalações da Comlurb com boa área de serviço. Sua utilização deve ser condicionada a existência de viatura compactadora com guindaste “Cangurú”
  7. Considerar o uso de containers semi-enterrados, “Molok”, como uma opção para o armazenamento de resíduos de varredura em regiões específicas da cidade onde sua presença entre em harmonia com o logradouro, ou em instalações da Comlurb com pouca área de serviço. Sua utilização deve ser condicionada a existência de viatura compactadora com guindaste “munk”.
  8. Desenvolver uma viatura compactadora que combine guindaste “munk” e guindaste “canguru” como objetivo de aumentar a flexibilidade operacional para coleta de resíduos de varredura em caixas metálicas, containers semi-enterrados, vazamento de viaturas “satélite” e também coleta direta de sacos em logradouro.
  9. Estudar para cada Região Administrativa qual o conjunto de equipamentos de acondicionamento, armazenamento e transporte de resíduos de varredura mais adequado do ponto de vista operacional e financeiro.
Conclusão
O assunto não está exaurido, mas espero que estas considerações sejam úteis para encontrar um modelo bom para a Comlurb financeiramente, para os garis operacionalmente e principalmente o Carioca em termos de qualidade dos serviços.
Sugiro ampliar a discussão do assunto abrindo para a participação de garis que normalmente executam o serviço de varredura como forma de obter informações de detalhes operacionais que normalmente os gestores não têm acesso ou conhecimento.

SISTEMA DE MULTIPLAS OPÇÕES PARA VARRIÇÃO

Conteúdo de relatório para propor melhorias no acondicionamento, armazenamento e transporte do resíduo gerado pela varrição.

Apresentação de proposta para “Sistema de Múltiplas Opções”.
Em cenários anteriores tratou-se a diversidade de características da Cidade do Rio de Janeiro como um único pacote. Seja com uso das antigas carrocinhas, “lutocares” ou improvisação dos containers todo o sistema foi visto como uma coisa só, com uma única solução, onde um modelo deveria substituir e extinguir o anterior.

A Cidade do Rio de Janeiro são várias cidades em uma só. Seja por suas Áreas de Planejamento – APs ou por suas Regiões Administrativas – RAs, existem várias oportunidades de combinar o uso do “Gariquichá”, do “Lutocar”, caixas metálicas, containers semi-enterrados, sacos plásticos no meio fio.

O quadro abaixo exemplifica as opções de modelos de acondicionamento e transporte de resíduos de varredura para a diversidade observada em logradouros da Cidade. O objetivo é customizar o modelo de acondicionamento e transporte de resíduos de varredura oferecendo múltiplas opções de equipamentos
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RETORNO DO LUTOCAR E DA REMOÇÃO RÁPIDA

Conteúdo de relatório para propor melhorias no acondicionamento, armazenamento e transporte do resíduo gerado pela varrição.

Apresentação de proposta para retorno do “Lutocar”.

As adaptações desenvolvidas pela IGF e alguma “soluções” criadas pelos garis tentaram fazer com que o container se transformasse em um antigo “Lutocar”. Então se a tendência natural do usuário é ter um “Lutocar” então nada mais natural que fornecer um “Lutocar” de verdade.

Considerando que os sacos plásticos não serão de todo extintos, como era a intenção quando se adotou os containers, propomos reeditar a fabricação do “Lutocar” desenvolvido ergometricamente para movimentação com boa postura do gari, transporte adequado de ferramentas, acondicionamento de resíduos de varredura em sacos plásticos. Equipamento que seja resistente e capaz de transpor obstáculos existentes nos logradouro.

Com um custo de fabricação de R$ 421,00 poderiam ter sido fabricados 2672 novos “lutocares” utilizando os R$ 1.125.000,00 (Um milhão cento e vinte e cinco mil reais) dos 4500 containers distribuídos nos anos de 2009 e 2010 na DSS, mais que suficiente para equipar com folga os garis de varredura da DSS.

Considerando um “lutocar” para cada gari da varredura e estimando exageradamente uma reposição anual de 25% na frota seriam necessárias 1100 novas unidades em dois anos, a um custo de R$ 463.100,00 (quatrocentos e sessenta e três mil e cem reais), inferior ao atual custo reposição de containers já observado em 2009 e 2010 na DSS.



Apresentação de proposta para retorno da “Remoção Rápida”.

Com a extinção dos “Lutocares” também foi extinto o conceito de “remoção rápida” onde caminhonetes executavam a remoção dos sacos de varredura o mais rapidamente possível transportando-os para algum compactador ou caixa metálica. O saco plástico colorido com logo indicava ao motorista e ao gari quais sacos deveriam ser removidos



Uma vez extinto o “lutocar” e a “remoção rápida” surgiu o caminhão compactador com carregamento lateral e dispositivo de elevação de container, o SL-100, que “evoluiu” para o compactador de carregamento traseiro de 6m3 - P5, hoje em dia incorporado à coleta domiciliar e coleta em comunidades.
Utilizando o P5 em roteiros de coleta domiciliar e de comunidades surgiu a necessidade de remover lixo público, de varredura ou não, em locais fora do turno dos roteiros de coleta. O minibasculante 3m3, o P26, apelidado de “satélite”, ocupou este nicho operacional.
Com o retorno do “lutocar” é natural o retorno da “remoção rápida” intensificando o uso de minibasculantes ainda mais compactos próximos ao tamanho de uma caminhonete que trabalhando de forma combinada os compactadores de coleta domiciliar, os compactadores com “Munk” para coleta de “Molok” ou os compactadores “Canguru” de coleta de caixas, realizariam a remoção dos sacos de varredura, e qualquer outro resíduos colocado junto a eles, de forma rápida. Este tipo de remoção é comumente observado em cidades européias como os exemplos abaixo.



As viaturas de “remoção rápida” são flexíveis a ponto de remover lixo eventualmente extravasado de “Moloks”, resíduos de limpeza de ralos, roçada, feira livre ou qualquer outra atividade que necessite remover rapidamente sua produção.

O RETORNO DA CARROCINHA!


Conteúdo de relatório para propor melhorias no acondicionamento, armazenamento e transporte do resíduo gerado pela varrição:

Comentário sobre a proposta do “Gariquichá”.

Nas reuniões de discussão sobre o processo de varredura foi apresentado como opção ao uso dos containers o uso de um carrinho de 500 litros (170Kg), o “Gariquichá”, para acondicionamento do lixo da varredura. Com espaço suficiente para transportar toda a produção diária o gari deverá conduzir o equipamento até a base para um único esvaziamento na jornada sem o uso de sacos plásticos.

Com um projeto positivamente considerando questões ergométricas e estéticas o “Gariquichá” é uma abordagem “retrô” da antiga carrocinha com os prós e contras históricos de sua utilização. Sua dimensão (2,65m x 0,90m) não é recomendada para logradouros de grande fluxo e a necessidade de estabelecer pontos fixos de vazamento pode aumentar o tempo de deslocamento do gari na atividade.


O “Gariquichá” é uma opção e definitivamente não é “a” opção. Sua utilização em logradouros amplos próximos as bases da Comlurb, ou como substituto aos atuais carrinhos de mão, pode ser facilmente explorada.
Comentário sobre a proposta do “Molok”.

Como complemento a “Gariquichá” para solucionar a necessidade de estabelecer pontos fixos de vazamento foi proposta a instalação de uma malha de containers semi-enterrado conhecidos por “Molok
Posicionar um conjunto de containers semi-enterrados exige negociação do uso do espaço para enfrentar o “não em meu quintal” (NIMBY - Not In My Back Yard). Além disso, uma vez fixada a malha não será possível sem investimento alterar o plano de varredura em resposta a novas demandas ou alteração de características do logradouro.

A viatura utilizada para a coleta dos “Moloks” atualmente em uso na DSS não tem compactação e nem flexibilidade para usos alternativos. A viatura dos “Moloks” é somente para os “Moloks” independentemente da produtividade ou disponibilidade do equipamento. A necessidade de uso de guindaste “Munk” exige que a viatura permaneça parada por algum tempo, o que prejudica o seu uso em vias de algum trafego.
Apesar da experiência com as unidades atualmente instaladas não ser de todo positiva, o sistema de acondicionamento com containers semi-enterrados pode trazer benefícios em áreas praças e parques, principalmente os com queda intensa de folhas, em pontos de intensa geração de lixo público onde o varredor ande pouco e colete muito, e, também como opção de acondicionamento em instalações da Comlurb com pouca área.

Importante destacar que a viatura de coleta dos containers semi-enterrados seja de utilização flexível, preferencialmente um caminhão compactador equipado com dispositivo “Munk” como a foto em anexo:



É interessante considerar nos custos de instalação do container semi-enterrado a necessidade de tratamento urbanistico que harmonize sua presença no logradouro com o objetivo de minimizar o NIMBY.
Como opção para o container semi-enterrado em instalações da Comlurb com boa área de serviço e áreas públicas com local reservado para acondicionamento de lixo existe o uso de caixas metálicas rampas de acesso para seu enchimento e alça para coleta tipo “canguru” em caminhões compactadores ou, se necessário, poliguindaste. Seria como trazer para o serviço de varredura o conceito de ECOPONTO
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QUANTO CUSTA O SACO PLÁSTICO?

Conteúdo de relatório para propor melhorias no acondicionamento, armazenamento e transporte do resíduo gerado pela varrição: 

Uso de containers plásticos como equipamento de varrição. .

Em um cenário anterior, com o objetivo de eliminar o uso de saco plástico em logradouro decidiu-se utilizar para varrição os containers plásticos até então exclusivos para acondicionamento de coleta domiciliar. Os containers então substituíram as “gaiolinhas” utilizadas com sacos plásticos. 

Por razões diversas os containers passaram a ser usados com sacos plásticos e o que aconteceu efetivamente foi somente a extinção das “gaiolinhas”. Comparando os dois equipamentos, “gaiolinhas” e containers, fica evidente o improviso do segundo, pois não são projetados estruturalmente e ergonomicamente para percorrer os dois mil metros diários esperados para um varredor. Seus rodízios quebram com facilidade e os garis trabalham em posições prejudiciais a boa postura corporal.

Deixar de usar o container na varredura é uma oportunidade de melhorar as condições de trabalho dos garis e eliminar o custo de reposição de unidades quebradas. Nos anos de 2009 e 2010 foram distribuídas 4500 unidades para varredura a um custo aproximado de R$ 1.125.000,00 (Um milhão cento e vinte e cinco mil reais) – considerando custo unitário de R$250,00.

Consumo de saco plástico.

A DSS trabalha com cota mensal de 207.500 sacos plásticos que a um custo unitário de R$ 0,62 chega a um valor anual de consumo de sacos plásticos de R$ 1.543.800,00 ( Um milhão quinhentos e quarenta e três mil e oitocentos reais). 

Certamente é um montante significativo, principalmente se acrescentarmos o custo da reposição dos containers danificados, no entanto, relativamente é apenas um saco plástico para cada 16 habitantes no mês na área da DSS. Fazendo os cálculos são R$ 0,47 (quarenta e sete centavos de real) para comprar anualmente sacos plásticos para cada Carioca morador na área da DSS.

Nas reuniões foi apresentada a possibilidade de reduzir o custo unitário do saco plástico de R$ 0,62 para R$ 0,54 se não for utilizado pigmento verde (saco preto) e estampa do logo COMLURB. Isso possibilitaria reduzir o custo anual de compra de sacos plásticos para R$ 0,41 (quarenta e um centavos) para cada Carioca morador na área da DSS, ou, considerando o consumo total, uma economia anual de R$ 199.200,00 (cento e noventa e nove mil e duzentos reais).

Existe oportunidade de redução do custo unitário do saco plástico através de uma analise de valor das características atuais do produto. Considerando o custo per capita podemos considerar que o montante utilizado com saco plástico é inerente ao processo de varredura assim como o montante utilizado para locação de compactadores é inerente à coleta domiciliar.

BARREIRA PARA SEGURAR GIGOGAS


TESTE DE TRATOR COM CAÇAMBA COMPACTADORA





O teste de trator com caçamba "compactadora" foi realizado no Leme na praia de Copacabana. Os pneus especiais garantem a manobrabilidade necessária para o uso em areia. O dispositivo hidráulico da caçamba na verdade não compacta o lixo, somente o arruma no espaço de transporte, mas isso jáé alguma vantagem.

Houve dificuldade na hora de vazar no compactador pois o trator não se aproximou o suficiente do caminhão devido aos fifters na parte traseira. Algum dispositivo deverá ser criado para solucionar esta dificuldade como forma de garantir a flexibilidade do trator.

Encontrei mais vantagem em utilizar este trator em comunidades da zona Norte e Oeste da cidade em substituição aos antigios micro tratores que rebocam caçambas basculantes.

TESTE MINI VARREDEIRA GREEN MACHINE



Segundo teste da Greenmachine no Jardim de Alah. Aparentemente é a vencedora como mini varredeira para uso em calçadas e sarjetas como opção as "laranjinhas" e as varredeiras em chassi de caminhão.

Seu braço articulado favorece a varrição em descontinuidades do meio fio, sua velocidade e deslocamento fora de opração é superior e tem o grande diferencial de poder fazer lavagem a jato em pontos de concentração de urina.




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DUELO DE TITÃS





De um lado temos as mini-varredeiras “laranjinhas” em uso na cidade do Rio de Janeiro, do outro lado uma outra mini não tão mini varredeira Karcher recebida para teste. A primeira certamente vence em termos de manobra, mas fica atrás em flexibilidade, produtividade e conforto do operador. As duas empatam em visibilidade.
Por sua aparência, sinalização e segurança do operador em uma cabine a mini varredeira testada pode ser usada em sarjetas como uma varredeira de chassi. Tem uma capacidade de varrição e sucção maior com 500 litros de armazenamento em compartimento basculante.
O calcanhar de Aquiles da Karcher é a necessidade de pulverizar água na área varrida da mesma forma que uma varredeira de chassi. Durante o teste na Praça XV a vassoura escovou a sarjeta, mas, por falta de pulverização, o equipamento expeliu uma nuvem de poeira que parecia uma chaminé causando transtornos aos pedestres.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO








É sedutor utilizar na Cidade do Rio de Janeiro equipamentos semelhantes aos europeus que automatizam alguns serviços nos logradouros. Normalmente são visualmente atrativos e mechem com nossa imaginação.

Ao testar algum equipamento primeiro devemos nos convencer se sua real utilidade: O equipamento chega aos lugares que queremos? Sobe uma sarjeta? É manobrável? Varre realmente? Coleta realmente?
Estamos convencidos que o equipamento é bom então vamos para a parte de manutenção: Existem peças de reposição ou teremos que esperar sua importação da Lua? A manutenção é simples ou exigirá especialização dos mecânicos? O operador que temos conseguirá mexer em todos os botões, ler os relógios, completar os fluidos?
Finalmente a pergunta derradeira para a realidade tupiniquim tropical: Não é melhor fazer manualmente? Não é mais barato fazer manualmente? Alguns garis trabalhando com vassouras e pás não seriam tão produtivos quanto o equipamento?
O “Elefantinho” e a “varredeira” das fotos perderam em quase todos os critérios...